Capítulo 47

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(N/A: mentirei não, capítulo praticamente Ctrl + C, Ctrl + V do livro.)

Harry respirou fundo e sacudiu a cabeça, igual um passarinho. Piscou algumas vezes e ajeitou os óculos na ponta do nariz, vendo o lugar em que estavam a seguir. Parecia um trecho deserto de uma charneca imersa em névoa. Mais a frente do grupo havia dois bruxos cansados, com cara de rabugentos, um dos quais segurava um grande relógio de ouro, e o outro, um grosso rolo de pergaminho e uma pena. Ambos estavam vestidos como trouxas, embora sem muita habilidade; o homem do relógio usava um terno tweed com botas de borracha até as coxas; o colega, um saiote escocês e um poncho. 

-Bom dia, Basílio – cumprimentou o Sr. Weasley, apanhando a bota que os transportara e entregando-a ao bruxo de saiote, que a atirou em uma grande caixa de chaves de portal, a um lado. Harry viu algumas de diferentes formas: um pião, uma bola furada, uma camisa velha e surrada... 

-Olá, Arthur – disse Basílio em tom entediado. - Não está a serviço, não é? Tem gente que se dá bem... estivemos aqui a noite toda... é melhor você desimpedir o caminho, temos um grupo grande vindo da Floresta Negra às cinco e quinze. Espere um pouco, me deixe ver onde é que você vai ficar... Weasley... Weasley... - ele consultou a lista no pergaminho. - A uns quatrocentos metros para aquele lado, primeiro acampamento que você encontrar. O gerente é o Sr. Roberts. Diggory... segundo acampamento... pergunte pelo Sr. Payne. 

-Obrigado, Basílio – o Sr. Weasley agradeceu e fez sinal para todos o acompanharem. 

Saíram andando pela charneca deserta, incapazes de distinguir exatamente as coisas nela por causa da névoa. Andaram uns vinte minutos até avistarem uma casinha de pedra ao lado de um portão. Mais além, Harry pôde distinguir mal as formas fantasmagóricas de centenas de barracas, montadas na ondulação suave de um grande campo, no rumo de uma floresta escura no horizonte. Eles se despediram dos Diggory e se aproximaram da casa. 

Havia um homem parado à porta, contemplando as barracas. Harry percebeu com apenas um olhar que o homem era um trouxa, o único em quilômetros de área. 

–'dia! – cumprimentou o Sr. Weasley animado. 

–'dia – disse o trouxa. 

–O senhor seria o Sr. Roberts? 

–É, seria – respondeu o Sr. Roberts. – E quem é o senhor? 

–Weasley, duas barracas reservadas há uns dois dias? 

–Certo – confirmou o Sr. Roberts, consultando uma lista pregada à porta. – O lugar é lá perto da floresta. Só uma noite? 

–Isso – respondeu o Sr. Weasley. 

–O senhor vai pagar agora, então? – perguntou o Sr. Roberts. 

–Ah... certo... é claro. – O Sr. Weasley se afastou um pouco da casa e fez sinal a Harry para acompanhá-lo. – Me ajude, Harry – murmurou, puxando do bolso um rolinho de dinheiro de trouxa e começando a separar as notas. – Está aqui é de... de... de dez? Ah é, vejo agora que tem um numerosinho... então esta é de cinco? 

–De vinte – corrigiu-o Harry falando baixo, incomodamente consciente de que o Sr. Roberts estava tentando ouvir cada palavra que diziam. 

–Ah é, é mesmo... Não sei, esses pedacinhos de papel... 

–É estrangeiro? – perguntou o Sr. Roberts, quando o Sr. Weasley voltou com o dinheiro certo. 

–Estrangeiro? – repetiu o bruxo, intrigado. 

–O senhor não é o primeiro que se atrapalha com o dinheiro – disse o gerente, observando o Sr. Weasley atentamente. – Tive dois querendo me pagar com grandes moedas de ouro do tamanho de calotas de automóvel faz uns dez minutos. 

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora