Capítulo 82

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Essa música Vocaloid porque ela é muito animada, e ser 360° dá uma boa experiência pra quem acaba remexendo as mãos com a música (como eu).

Me avisem se tiver algum erro, por favor.

- Ordem da...?

- Aqui não, garoto! – Moody o calou rapidamente, de maneira ríspida. – Espere até chegarmos lá dentro! – E, puxando o pedaço de pergaminho da mão de Harry, ateou fogo nele com a ponta da varinha.

Enquanto a mensagem se crispava em chamas e flutuava lentamente até o chão, Harry tornou a examinar as casas. Estavam parados diante do número onze; ele olhou para a esquerda e viu o número dez; para a direita, no entanto, o número era treze.

– Mas onde...?

– Pense no que você acabou de ler – disse Lupin em voz baixa.

Harry pensou e, mal chegara à menção do número doze da praça, uma porta escalavrada se materializou entre os números onze e treze, e a ela se seguiram paredes sujas e janelas opacas de fuligem. Era como se uma casa extra tivesse se inflado, empurrando as suas vizinhas para os lados. Harry boquiabriu-se. A música no número onze continuava a tocar com força.

Aparentemente, os trouxas que estavam ali dentro não haviam percebido nada.

– Vamos, Harry – rosnou Moody, empurrando-o pelas costas.

O garoto subiu os degraus de pedra gastos, olhando fixamente para a porta que acabara de aparecer. A tinta preta estava desbotada e cheia de arranhões. A maçaneta de prata tinha a forma de uma serpente enroscada. Não havia buraco de fechadura nem caixa de correio. Lupin puxou a varinha e deu uma batida na porta. Harry ouviu uma sucessão de ruídos metálicos que lembravam correntes retinindo. A porta abriu rangendo.

– Entre depressa, Harry – cochichou Lupin –, mas não se afaste nem toque em nada.

O garoto cruzou a soleira da porta e mergulhou na escuridão quase absoluta do hall. Sentiu o cheiro adocicado de decomposição, poeira e umidade; o local dava a impressão de ser um prédio condenado. Ele espiou por cima do ombro e viu os outros se enfileirarem às suas costas, Lupin e Tonks trazendo o malão e a gaiola de Edwiges. Moody estava parado no último degrau, devolvendo as bolas de luz que o apagueiro roubara dos lampiões; elas voaram de volta às lâmpadas e a praça brilhou momentaneamente com uma claridade laranja, antes de Moody entrar coxeando na casa e fechar a porta da frente, de modo que a escuridão no hall se tornou completa.

– Agora...

Ele bateu a varinha com força na cabeça de Harry; o garoto desta vez teve a sensação de que uma coisa quente escorria por sua coluna e percebeu que o Feitiço da Desilusão se desmanchara.

– Agora fiquem quietos, todos, enquanto providencio um pouco de luz aqui – sussurrou Moody.

Os murmúrios dos outros estavam dando a Harry uma estranha sensação de agouro; era como se tivessem acabado de entrar na casa de um moribundo. Ele ouviu um assobio suave e em seguida candeeiros antiquados, a gás, ganharam vida ao longo das paredes, lançando uma luz tênue e bruxuleante sobre o lindo papel (infelizmente) descascado e o magnifico tapete (infelizmente) puído de um corredor longo e sombrio, em cujo teto refulgia um lustre de cristal coberto de teias de aranha e, nas paredes, quadros tortos e escurecidos pelo tempo. Harry ouviu uma coisa correr pelo rodapé. O lustre e os castiçais sobre uma mesa desengonçada ali perto tinham a forma de serpentes.

Reconhecera imediatamente onde estava, tanto pelo nome que surgiu magicamente em suas memórias bem como o que Bellatrix lhe contara algumas vezes antes.

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora