Capítulo 12

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O tempo voou em Hogwarts, e quando todos se deram conta já era abril.

O recesso de Páscoa não foi tão divertido; os exames estavam para ser realizados em dez semanas, e os professores estavam passando uma grande quantidade de atividades para serem respondidas. Era provável que os alunos tivessem passado pelo menos metade do recesso respondendo-a, e no caso grifinório era provável que estavam respondendo até agora.

– Rúbeo! Que é que você está fazendo na biblioteca? – Harry perguntou. Ele estava sentado em uma das poltronas da biblioteca, com um livro no colo e um pires com uma xícara de chá no braço retangular e bem firme da poltrona. Ele está junto de Theodore e Daphne, que estão fazendo atividades passadas há pouco por Flitwick. Harry as faria a noite.

Hagrid veio arrastando os pés, escondendo alguma coisa às costas. Parecia muito deslocado com o seu casaco de pelo de toupeira.

– Só olhando – disse numa voz insegura que imediatamente despertou o interesse deles. – E o que é que vocês estão armando? – Ele pareceu repentinamente desconfiado.

-Estamos só fazendo a atividade que o prof. Flitwick passou – Daphne disse carrancuda. – Inferno, para que passar tantas atividades assim? Se estamos fazendo elas, não tem como estudar! – choramingou.

Hagrid riu com gosto, e recebeu um olhar severo de madame Pince e uma livrada leve no braço de Harry, que fez sinal para ele fazer silêncio. O gigante ficou bem vermelho, e murmurou, muito envergonhado, “Mil perdões”.

--E você, o que está aprontando? – Harry pergunta e Hagrid ajeitou a coluna, escondendo melhor algo atrás de si.

-O que está escondendo, Hagrid? – Theodore pergunta, esticando o pescoço para ver o que o homem escondia. Eles haviam ficado mais próximos; Harry estava indo a cada três dias na cabana do gigante para tomar chá. Ele conseguiu arrastar Theodore consigo uma vez. O clima entre o outro sonserino e Hagrid ficou meio tenso, mas se amenizou ao longo da hora do chá e das outras visitas que Theodore fez com Harry. Ele havia gostado bastante de Canino, que sempre o babava por completo quando ia na cabana. O garoto dizia não gostar, mas não afastava o cão.

-Chhhhi! – Hagrid fez, e olhou de um lado para o outro, vendo se alguém estava ouvindo. – Venham na minha casa de noite, vou mostrar algo a vocês.

Então, o gigante foi, escondendo de forma bem rápida o que estava em suas mãos.

– Que é que ele estava escondendo às costas? – perguntou Theodore pensativo.

– Vou ver em que seção ele estava – prontificou-se Daphne, que já estava farto de trabalhar. Voltou um minuto depois com uma braçada de livros e largou-os em cima da mesa. – Dragões! – cochichou. – Rúbeo estava procurando coisas sobre dragões! Olhem só estes: Espécies de dragões da Grã-Bretanha e da Irlanda; Do ovo ao inferno, guia do guardador de dragões.

– Rúbeo sempre quis um dragão, ele me disse isso da primeira vez em que nos vimos – comentou Harry.

– Mas é contra as nossas leis – argumentou Theodore. – Criar dragões foi proibido pela Convenção dos Bruxos de 1709, todo o mundo sabe disso. É difícil evitar que os trouxas reparem em nós se criarmos dragões no quintal. Em todo o caso, não se pode domesticar dragões, é perigoso.

– Mas não tem dragões selvagens na Grã-Bretanha? – perguntou Harry.

– Claro que tem – respondeu Daphne. – Os dragões verdes galeses e os negros das ilhas Hébridas. O Ministério da Magia tem um bocado de trabalho para mantê-los em segredo, posso lhe garantir. O nosso povo vive enfeitiçando trouxas que os viram, para fazê-los esquecer.

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora