Capítulo 77

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Suponho que eu forcei a barra no final do capítulo, mas é o que é.

P.S.: Spider Dance porque essa coisa é muito hipnótica.

Harry acordou, tão quentinho, tão sonolento, que nem abriu os olhos, sentindo vontade de adormecer outra vez. Ficara até tarde demais contando para Dumbledore e Tom o que houve; sua cabeça latejava tanto que Madame Pomfrey teve que dar-lhe uma Poção do Sono para adormecer. Seus amigos o fizeram companhia, e os Potter só saíram porque Dumbledore pediu a Lilian para ir avaliar Adrien (que também esteve no cemitério) com ele e pediu a James para ir com Sirius e Kingsley vigiar o exterior.

Harry ouviu cochichos à sua volta.

—Vão acordá-lo se não calarem a boca!

—Por que é que estão gritando? Não pode ter acontecido mais nada ou pode?

Harry abriu os olhos borrados. Alguém tirara seus óculos. Viu os contornos difusos da Sra. Weasley e de Will ali perto. A bruxa estava em pé.

—É a voz de Fudge – sussurrou Daphne, que estava do outro lado. Hermione e Theo estavam ao lado dela. - E a outra é da prof.ª McGonagall, não é? Mas por que estão discutindo?

Agora Harry os ouvia, também; gente gritando e correndo em direção à ala hospitalar.

—Lamentável, mas, mesmo assim, Minerva... - dizia o ministro em voz alta.

—O senhor nunca deveria tê-lo trazido para o interior do castelo! - berrou a professora. - Quando Dumbledore descobrir...

Harry ouviu as portas da enfermaria se escancararem. Sem as pessoas ao redor de sua cama notarem, pois fixaram o olhar na porta quando Will afastou os biombos, Harry se sentou e tornou a colocar os óculos. Fudge entrou em grandes passadas pela enfermaria. Os Profs. McGonagall e Snape vinham em seus calcanhares.

—Onde está Dumbledore? - Fudge interpelou a Sra. Weasley.

—Não está aqui – disse a senhora zangada. - Isto é uma enfermaria, ministro, o senhor não acha que faria melhor...

Mas a porta se abriu e Dumbledore entrou decidido.

—Que aconteceu? - perguntou energicamente, olhando de Fudge para McGonagall.

—Por que estão incomodando estas pessoas? Minerva, você me surpreende, eu lhe pedi para ficar vigiando Bartô Crouch...

—Não há necessidade de vigiá-lo mais, Dumbledore! - gritou ela. - O ministro já providenciou isso!

Harry nunca vira a professora se descontrolar daquele jeito. Havia manchas vermelhas de raiva em seu rosto, as mãos estavam fechadas em punhos; ela tremia de fúria.

—Quando informei ao Sr. Fudge que tínhamos apanhado o Comensal da Morte responsável pelos acontecimentos desta noite – disse Snape, em voz baixa –, parece que ele achou que sua segurança pessoal estava ameaçada. Insistiu em chamar um dementador para acompanhá-lo até o castelo. Levou-o para a sala em que Bartô Crouch...

—Avisei a ele que você não concordaria, Dumbledore! - vociferou a Prof.ª Minerva. - Avisei a ele que você não permitiria que dementadores entrassem na escola, mas...

—Minha cara senhora! - rugiu Fudge, que parecia igualmente mais zangado do que Harry jamais o vira. - Como Ministro da Magia, sou eu quem decide se quero trazer uma proteção pessoal quando vou entrevistar alguém possivelmente perigoso...

Mas a voz da Prof.ª McGonagall abafou a de Fudge.

—No momento em que aquela... aquela coisa entrou na sala – berrou ela, apontando para Fudge, o corpo todo tremendo – o dementador avançou para Crouch e... e...

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora