Capítulo 56

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-Krum, Harry, é Vítor Krum! – Theodore fala enquanto puxava de um lado para o outro o braço de Harry.

-Theo, se aquiete – Harry ordenou, enquanto dava um peteleco na orelha esquerda de Theo.

Quando eles atravessaram o saguão com os demais alunos de Hogwarts, a caminho do Salão Principal, Harry viu Lino Jordan pulando nas pontas dos pés para conseguir ver melhor a nuca de Krum. Várias garotas do sexto ano apalpavam freneticamente os bolsos enquanto andavam:

– Ah, não acredito, não trouxe uma única pena comigo... Você acha que ele assinaria o meu chapéu com batom?

Francamente! – exclamou Hermione com ar de superioridade, ao passarem pelas garotas, agora disputando o batom.

Vou pedir um autógrafo a ele se puder – disse Theo –, você tem uma pena, Harry?

--Tenho uma caneta – Harry disse, pegando uma caneta dentro do blazer e dando ela para Theo, que estava muito animado. Hermione encarou o garoto de cabelos castanhos com um olhar severo.

Entraram no Salão Principal e os sonserinos se despediram de Hermione, seguindo para a mesa da Sonserina e a leoa seguindo para a da Grifinória. Harry viu que os estudantes de Beauxbatons escolheram lugares na mesa da Corvinal, enquanto os de Durmstrang pareciam sem saber onde se sentar. Olhou de relance Fleur e seus colegas encararem o Salão Principal parecendo meio tristes, e uns três ainda seguravam os echarpes e os xales que enrolavam as cabeças.

-Ele está vindo, ele está vindo – Theodore falou, mais animado que nunca.

Os alunos de Durmstrang se dirigiram a mesa da Sonserina, se sentando com as cobras, que pareciam excitadíssimas. Vítor Krum fora o primeiro a se sentar à mesa, com seu grosso casaco esfiapado dificultando um pouco para poder se sentar no segundo banco, entre a parede de pedra do salão e a mesa.

-Não perturbe nosso convidado, Draco – Harry pediu, de olhos fechados e levando uma taça de ouro cheia de água que acabara de invocar. Havia visto Malfoy se inclinar para cumprimentar Krum. O loiro corou enormemente, e se aquietou em seu lugar.

Os alunos de Durmstrang tiraram seus grossos casacos de pele, observando o teto escuro e estrelado do salão interessados; uns também examinaram os pratos e taças de ouro, parecendo admirados.

Na mesa dos funcionários, Filch, o zelador, acrescentava cadeiras. Estava usando a velha casaca mofada em homenagem à ocasião. Harry ficou surpreso de ver que ele acrescentara duas cadeiras de cada lado de Dumbledore.

– Mas só tem mais duas pessoas – disse Harry. – Por que Filch está colocando mais quatro cadeiras? Quem mais vem?

– Eh? – respondeu Theo vagamente. Ainda olhava com avidez para Krum.

Depois que todos os estudantes tinham entrado no salão e sentado às mesas das Casas, vieram os professores, que se dirigiram à mesa principal e se sentaram. Os últimos da fila foram o Prof. Dumbledore, o Prof. Karkaroff e Madame Maxime. Quando a diretora apareceu, os alunos de Beauxbatons se levantaram imediatamente. Harry, percebendo quase imediatamente o que aquilo queria dizer, se levantou também. Daph e Theo se levantaram juntos, assim como todo o resto da Sonserina. Mione também se levantou de seu lugar na Grifinória, ganhando olhares curiosos de seus colegas. Os de Beauxbatons pareceram surpresos com a ação dos alunos de Hogwarts, mas pareceram satisfeitos também. A delegação de Beauxbatons não pareceu se constranger nem um pouco e não tornou a se sentar até que Madame Maxime estivesse acomodada do lado esquerdo de Dumbledore. Este, porém, continuou em pé e o Salão Principal ficou silencioso.

– Boa noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes – disse Dumbledore sorrindo para os alunos estrangeiros. – Tenho o prazer de dar as boas-vindas a todos. Espero e confio que sua estada aqui seja confortável e prazerosa.

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora