Capítulo 21

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Harry estava meio frustrado e animado.

Ele já lera sobre a Câmara Secreta; sabia sobre a lenda dela. Já lera Hogwarts, uma história.

Contudo, nada mencionava onde a Câmara poderia estar escondida; em lugar algum havia algo que ao menos sugerisse o que tinha na Câmara.

Suspirando frustrado, deixou seus pensamentos sobre a Câmara de lado e voltou a se concentrar em seu caldeirão. Estava treinando poções, realizando testes e experiências. A matéria o fascina muito, então quanto mais souber sobre ela, melhor.

Estava há cerca de duas horas trancado em um dos laboratórios exclusivos da Sonserina. Estava preparando Veritaserum. Lera em um livro que era uma das poções mais difíceis de se realizar. Ele comprovou que estava certo; ele por várias vezes quase explodira o caldeirão, só não o fez porque ele havia pesquisado formas de anular os efeitos dos ingredientes da poção. O problema dessa animação é que ele deveria reiniciar o processo sempre.

Jogara fora pelo menos seis litros de poção falha. Já estava ficando irritado, então recorreu a livros avançados de poções. Releu todas as instruções (que seguiam por oito páginas) e começou novamente a separar os ingredientes. Tinha sido muito inteligente em comprar seis vezes mais de ingredientes do que o necessário para esse ano.

Jogou água no caldeirão limpo e acendeu o fogo alto. Dobrou a folha de Acônito lapelo e começou a socá-la com um pilão. Jogou a folha moída na água e deixou o líquido que saiu dela escorrer também.

Continuou a mexer nos ingredientes e a adicioná-los, mas logo a poção começou a se remexer para explodir. Muito frustrado, Harry jogou sal nela, que fez ela se acalmar. Furioso, virou o caldeirão no chão, provocando um alto barulho metálico e derramando o líquido quente. Usou as mãos nuas para virar o caldeirão, então elas estavam ardendo muito e bem vermelhas, mas Harry ignorou. A raiva que sentia nublava qualquer dor e ardência.

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Harry deslizou em silêncio pela biblioteca, em direção ao fundo dela. Olhou em volta para ver se não há ia ninguém, então usou a ponta da varinha para alisar a parede da biblioteca em linha reta. De repente, a parede começou a se mover bem lentamente, e logo uma porta ficou visível. Harry observou atento novamente para ver se não havia ninguém e abriu a porta, cruzando-a. A parede voltou para seu lugar, e Harry fechou a porta.

Estava em um local escuro, muito escuro. Ergueu a varinha e disse Lumus. Uma bolinha branca e brilhante surgiu na sua frente, iluminado o seu entorno. Começou a andar pelo local, que se mostrou ser um corredor de pedra meio cinza.

Saiu dele e desceu um grande lance de escada aparentemente de algum metal, já que fazia um grande barulho metálico. Continuou descendo, até que parou em um chão duro e cimentado.

-Lumus Máxima – falou e balançou a varinha, com a bolinha branca saindo voando dela e indo para o ar e logo crescendo e aumentando muito a intensidade, iluminando todo o ambiente.

Harry observou tudo; estava perfeitamente em ordem, como havia visto da última vez.

O local onde estava era uma grande câmara, com chão cimentado e paredes de pedra. Havia. Centenas de tipos de bocais espalhados pelo local, e Harry bateu palmas. As lâmpadas presas neles se acenderam, e o Lumus que flutuava sobre si desapareceu.

Haviam várias mesas espalhadas pelo local, juntas a várias cadeiras e vários sofás, poltronas e puffs. Haviam enormes fileiras de prateleiras com inúmeros livros. Em um canto havia um tipo de espaço protegido por um véu azul-bebê. Dentro desse espaço havia um tipo de maquete gigante do espaço sideral.

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora