Capítulo 24

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(N/A: Demorei para postar por eu ter que arrumar umas coisas aqui, mas aí tá o capítulo. Eu também tenho que falar algumas coisas, por questões que considero importantes:

Tudo que acontecer nesse capítulo é mera ficção. Podem haver elementos reais, mas não devem levar a sério;

O conteúdo aqui vai ser muito pesado, então devo aconselhar pessoas sensíveis a não lerem;

Se precisarem de ajuda, se se sentirem maus ou se só quiserem conversar, existe algo chamado Centro de Valorização da Vida (CVV). É gratuito, então basta ligarem que deram atendidos. É 24 horas. O número para ligar é 1-8-8;

Se vocês de alguma forma se sentirem mal enquanto lêem o capítulo eu devo insistir para pararem. Não se forcem a ler, e se precisarem liguem para o CVV. Espero que não precisem...)

Aquela foi uma noite difícil para Harry; ele sempre controlou bem suas emoções, sempre as teve bem guardadas e a sua sobriedade mental era constante. Nem mesmo quando bebia ele perdia o controle de suas faculdades mentais.

Contudo, aquela discussão na sala dos professores o perturbou de maneiras que nem ele nem qualquer outra imaginava. Ele liberou tudo que sentia, tudo que queimava em seu coração; sentia muito alívio, é fato, mas ao mesmo tempo sentia uma enorme dor. Não física, óbvio, mas mental.

Ele estava tão visivelmente abatido que os sonserinos, muito impassíveis mesmo entre os seus e os ajudando sem expressão, o encaravam preocupados. Até Malfoy o encarava com preocupação.

Tentaram se aproximar, mas com um olhar de Daphne eles se afastavam. Ela deixava claro que eles não deveriam se meter, que deviam dar espaço para Harry. Entenderam isso, entenderam tanto que ninguém reclamou quando Hermione Granger entrou junto aos garotos no salão comunal da Sonserina e seguiu junto deles para o quarto de Harry. Todos sabiam o quão amiga ela era deles e o quão digna de confiança ela era (mesmo sendo uma nascida-trouxa).

Harry se virou de um lado para o outro em sua cama, afastando os amigos que estavam deitados ao seu redor. Ele suava bastante, e lágrimas escorriam de seus olhos. De repente se ergueu na cama, acordando assustado. Sua respiração estava descompassada, e as lágrimas ainda escorriam de seus olhos.

Viu Daphne deitada junto a Hermione a sua esquerda e Theodore a direita, e bem lentamente ele deslizou da cama pela ponta dela. Tocou o chão e vacilou levemente; seu corpo tremia. Sua mente estava pesada.

Andou em silêncio até o banheiro de seu quarto, entrando nele e encostando a porta. Ligou a lâmpada dele e ficou de frente ao espelho fixo acima da pia, na parede. Se encarou atento; cabelos desgrenhados, olhos vermelhos e lábio inferior machucado. Ele, quando estava nervoso, tinha a mania de morder ele para tentar se acalmar.

Começou a lembrar do que causara seu nervosismo, e quando as memórias vieram a sua mente ele começou a respirar de forma pesada. Sentido uma grande tensão lhe atingir algo veio a sua mente. Estava receoso (a ideia lhe dava nojo), mas não pensava em outra coisa.

Pegou uma pequena caixa cilíndrica em cima de uma das prateleiras presas à direita do espelho e pegou entre os algodões guardados ali dentro dela um pequeno objeto, meio prateado e retangular, afiado de um lado.

(N/A: eu peço enormemente que aqueles mais sensíveis não continuem a partir daqui. Não vai ser muito bonito, seja o ato ou os pensamentos.)

Olhou o objeto por muito tempo; não deveria fazer isso, ele sabia. Não é bom, mas ele não tem o que fazer.

Se sentou na tampa do vaso sanitário (que estava abaixada) e, respirando fundo e tremendo, esticou seu braço direito e apertou o pequeno retângulo prateado entre o indicador e o polegar da mão esquerda, causando certa sensação de raspagem neles.

Nem sempre a melhor escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora