Capítulo 16

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Dois dias depois...

Lobato ☠️

📍Rocinha, terça-feira, 18:20.

Fiquei sem entender com o que a Camile ms falou pela ligação.

Só quando eu cheguei no morro, que ela me explicou direito.

Fiquei sem reação quando ela me falou o que tinham feito com a Emanuelle.

Camile: O que foi que tá com essa cara? - Ignorei a pergunta.

A Camile tá muito diferente, parece que virou outra pessoa.

Camile: Ela tentou matar o meu irmão. - Se abaixou e levantou o meu rosto.

Lobato: Por que não me falou antes? - Tirei a mão dela do meu rosto.

Camile: Eu te liguei, mas você não me atendeu. - Se levantou.

Ela foi até a mesa do pai e ascendeu um cigarro de maconha.

Lobato: Ela só fez isso por causa de mim. - Passei a mão no rosto. - Você não pode continuar com isso. - Ela me olhou boquiaberta.

Camile: Cé só pode tá maluco. Mano, que parte da história você não entendeu? Ela atirou no Veiga, porra! Ninguém sabe dizer se ele tá vivo. - Bateu na mesa.

Lobato: Isso só aconteceu porquê ele não quis falar a verdade pra ela. - Me levantei.

Camile: Você é um pau no cú mesmo, hein. - Assoprou a fumaça na minha cara.

Eu peguei no braço dela e joguei contra a parede.

Lobato: Eu só me escondi esse tempo todo por causa do Veiga, porquê ele pediu; se fosse por mim, eu já teria dado as caras a mó cota, então não vem com gracinha pá cima de mim, entendeu? - Coloquei o dedo na cara dela. - Não tenho medo de peixe grande pô, tá achando que eu vou ter medo de tu? - Sair de lá e deixei ela chorando.

[...]

Pedir pro Magrão me trazer até onde a Emanuelle tava, já que ninguém queria me contar.

Cheguei em frente a um galpão e fiquei parado observando, enquanto o Magrão abria a porta.

Magrão: Pode entrar! - Abriu a porta.

Lobato: Valeu. - Falei entrando.

Magrão: Eu vou ficar aqui na frente te esperando. - Confirmei e entrei.

Quando eu entrei, não acreditei no que estava vendo... a Emanuelle tá irreconhecível.

O cheiro do lugar também estava horrível.

Emanuelle não olhou pra ver quem era, continuou com a cabeça baixa.

Quando a Camile me falou que ela não estava dando comida pra Emanuelle eu fiquei cheio de ódio, papo reto.

Lobato: Manu... - Falei me aproximando.

Ela continuou de cabeça baixo em silêncio.

Eu cheguei na frente dela e me abaixei, ficando de frente pra ela.

Ela estava com o rosto muito inchado e roxo. Também estava com mau cheiro.

Lobato: Fala comigo... - Coloquei o cabelo dela detrás da orelha e levantei o seu rosto.

Ela me olhou seria, como não tinha me olhado antes.

Manu: Vai embora. - Falou baixo.

Lobato: Me desculpa. - Ela cuspiu na minha cara.

Manu: Filho da puta! - Começou a chorar. - Como você pode fazer isso comigo? Eu sempre fiz de tudo por você... eu vivia chorando por você, seu desgraçado. Enquanto isso, você comia a irmã do Veiga. - Me levantei.

Lobato: Eu não podia te falar. - Ela negou. - Eu tô falando sério. Não é sobre mim, até porquê se fosse, eu tava pouco me fudendo... eu ia trás de você pra dizer que eu tava vivo. - Passei a mão no rosto.

Manu: Eu atirei em um cara por causa de você, agora eu que estou aqui, preste a morrer. - Deu um sorriso sarcástico.

Lobato: Eu vou tirar você daqui. - Ela me olhou por baixo.

Manu: Vai embora, não quero sua ajuda! - Gritou.

Lobato: Para com isso, eu tô tentando tirar você daqui... mas o Tubarão quer teu pai de todo o jeito. - Ela negou com a cabeça.

Manu: Quero que se foda você, o Veiga e o Tubarão. Agora sai daqui, e enfia essa sacolas no cu da sua namorada.

Eu tinha levado comida pra ela comer.

Pedir pro Magrão pra ele desamarrar ela e deixar as comidas lá, uma hora ela come.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora