Capítulo 44

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📍Rocinha, sábado, 00:50

Veiga 🦖

Estava brincando com o Léo, até a Emanuelle terminar de se arrumar.

O moleque tá ligado nos 220, não vai dormir tão cedo.

Léo: Vai, pai, me pega... - Falou correndo.

Peguei um travesseiro e fui atrás dele, só dei uma travesseirada e ele voou longe.

Veiga: Se levanta. - Estendi minha mão pra ele.

Léo: Não... machucou.... - Falou chorando.

Manu: Tá batendo o menino, Victor? - Olhei pra trás e era a Emanuelle, toda gostosa.

Veiga: An? - Perdi até o foco.

Manu: Vem, vamos pro quarto da sua tia. - Pegou o Léo no colo.

Veiga: Foi a roupa que a Fernanda trouxe? - Ela assentiu. - Bom gosto o teu.

Manu: Eu sei. - Mandou beijo e eu revirei os olhos.

Mulher é assim, se der muita ousadia, tu perde a moral.

Léo: Eu quero ir com vocês. - Deitou a cabeça no ombro de Emanuelle.

Manu: Seguinte, hoje você vai ficar com a Camile, mas amanhã eu e seu pai te levamos pro park, que tal? - Ele assentiu.

Chequei pra ver se tava tudo ok e fui atrás da Emanuelle.

Manu: Deita aí. - Colocou Léo na cama de Camile.

Camile: Vem, deita aqui comigo. - Ele pegou a chupeta e deitou ao lado dela.

Veiga: Tira essa chupeta da boca. Quem te deu isso? - Ele apontou pra Emanuelle. - Por que você deu isso a ele?

Manu: Ontem ele só dormiu depois que eu dei a chupeta. Deixa o menino, ele só tem quatro anos, vai ficar pegando no pé? - Passei a mão na cabeça.

Veiga: Só hoje, viu, Senhor Leonardo? - Ele assentiu, já pegando no sono.

O segredo pra criança dormir mais rápido é fazer chorar, confia no pai.

Esperei Emanuelle chamar Luiza e fomos pro baile.

Emanuelle queria de todo jeito ir a pé, ela queria que eu mostrasse o morro todo pra ela.

[...]

Chegamos, e o baile estava muito lotado, mais que o normal.

Entrelacei minhas mãos na de Emanuelle e sair puxando ela pro camarote.

Fiz o toque com o toque com os caras e Emanuelle foi falar com a Fernanda.

Kant: A sua fiel, Veiga? - Assenti.

Quando olhei para Emanuelle, ele já estava me encarando surpresa.

Sentei com os caras e fiquei observando a Emanuelle de longe.

Kant: E a outra? - Olhou pra Luiza.

Veiga: A prima dela. - Olhei pro Kant e ele continuava encarando a Luiza. - Pode tirar o olho, já tô cheio de problema, não me arruma mais um.

Kant: Colfoi, Veiga? Só perguntei, pô. - Sorriu malicioso.

Caveirinha: Confia nesse daí, daqui a pouco tá nos almoços de família. - Neguei com a cabeça.

Os caras brinca muito, pô.

Kant: E a Natália? - Olhei pra ele sem entender. - Ela já está sabendo?

Veiga: Desde quando ela precisa saber de alguma coisa?

Kant: Só perguntei, pô, tá nervoso? - Negou com a cabeça.

Agora deu o caralho, tenho que dar satisfação do que faço pra Natália.

Fiquei observando a Emanuelle dançando com as meninas.

Tava entretido quando o Caveirinha me dar um toque e manda eu olhar pra o lado, quando eu olho, adivinha...

O filho da puta do Kant beijando a Luiza.

Neguei com a cabeça doido pra jogar ele lá embaixo, daqui de cima do camarote.

Caveirinha: Jotappê, se eu fosse tu, ficaria de olho na sua mulher, essas meninas são ligeiras. - Olhei feio pra ele.

Veiga: Tá querendo dizer o quê com isso, Caveirinha? Tô entendendo legal não essas histórias tuas. - Bati a mão no copo dele, fazendo voar longe.

Jotappê: Esquenta a cabeça não, Veiga, o cara tá com o cú cheio de droga. - Segurou o meu braço.

Veiga: Amanhã nós conversa. - Apontei o dedo na cara dele.

Caveirinha: Tenho nada pra conversar contigo não, parceiro. - Se levantou.

Nessa hora eu já não respondi por mim, não pensei duas vezes eu dei um murro na cara dele.

Ele ainda tentou vir pra cima de mim, mas o Jotappê segurou ele.

Todo mundo ficou olhando e minha vontade era só de apagar esse arrombado.

Mike: Tira ele daqui, Jotappê. - Passei a mão no rosto.

Manu: O que tá acontecendo? - Se aproximou.

Segurei o braço dela e sair arrastando ela pro lugar que ela estava.

Veiga: Pega a sua prima e vamos embora. - Ela puxou o braço.

Manu: Por que?

Veiga: Não faz pergunta, Emanuelle. Chama ela pra nós ir. - Ela negou. - Não tira a minha paciência.

Manu: O que tá pegando? Você me chama pra vir, depois surta querendo ir embora? Vai a merda! Se quiser ir, vai, mas vai sozinho. - Me deu as costas.

Todo mundo combinou de tirar a minha paciência, só pode.

Emanuelle saiu do camarote e ficou no meio da multidão.

Papo reto, nunca sentir tanta vontade de enforcar alguém, como eu tô de enforcar ela.

Fui até o Mike e peguei o lança-perfume que ele tava segurando e fiquei baforando.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora