Capítulo 36

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Beatriz 🌸

📍São Paulo, segunda-feira, 05:01.

Raquel: Beatriz! - Entrou gritando no quarto.

Me acordei desnorteada, sem saber onde tava.

Beatriz: Que foi?

Raquel: O que você fez? A polícia federal tá atrás de ti. - Olhei pra ela assustada.

Beatriz: Como assim? - Me levantei rápido. - Eles estão aí? - Ela assentiu. - Avisa que eu tô indo.

Coloquei um roupão e fui ver o que eles queriam.

Cheguei na sala e tinha vários policiais, meu pai conversava com um deles.

Beatriz: Oi... - Me aproximei.

XXX: A senhora que é Beatriz... - Olhou para um papel que ele segurava. - Guimarães?

Beatriz: A própria. - Olhou pra pai.

XXX: A senhora precisa nos acompanhar até a delegacia. - Franzi a testa.

Beatriz: O que tá acontecendo?

XXX: Lá você vai saber. - Olhou para outro policial. - Preciso que vista uma roupa agora, se você quiser, pra irmos.

Beatriz: Tudo bem, me der cinco minutos. - Fui em direção do quarto e uma policial me seguiu.

[...]

Cheguei na delegacia sem entender absolutamente nada do que tava acontecendo.

Eles me colocaram em uma sala vazia, só tinha uma mesa e duas cadeiras.

Fiquei acompanha com dois policiais até uma mulher chegar.

A mulher entrou na sala e os dois policiais saíram, nos deixando sozinhas.

Ela sentou na cadeira, ficando em frente a mim; Cruzou as pernas e ficou me encarando.

Beatriz: O que eu tô fazendo aqui? O que tá acontecendo? - Ela começou a rir debochada.

XXX: Beatriz, Beatriz... - Entrelaçou as mãos. - Você é mesmo tão inocente assim?

Abriu uma pasta e jogou várias fotos em cima da mesa.

XXX: Conhece essas pessoas? - Meu coração começou a acelerar. - Já que você não lembra, eu vou te fazer lembrar. Essa daqui é a Emanuelle, sua filha aliás. - Apontou pra foto. - Essa é Luiza, sua sobrinha. - Esse é o Murilo Gonçalves, Victor Mendes Veiga e Pedro Lobo. - Mordi meu lábio inferior.

Beatriz: O que a foto de Emanuelle e Luiza estão fazendo aí?

XXX: Nesse último sábado, você veio aqui acompanhar sua sobrinha para prestar uma queixa contra Murilo, certo? - Assenti. - Agora a pouco por volta das quatro da manhã, Veiga foi visto no hospital em que Luiza está internada, pra falar com sua filha. - Eu neguei.

Beatriz: Isso é impossível. - Interrompi.

XXX: Não, não é impossível. Questão de minutos, ele, acompanhado do seu parceiro Pedro Lobo, foram até o apartamento assassinar o Murilo. De imediato a polícia foi assinada, quando chegamos no local do crime, havia dois cadáveres, o do Murilo e do Pedro. - Engoli seco. - A pergunta é "e cadê o Veiga?", quando recebemos a informação que o último lugar que eles tinham ido era o hospital, entramos em contato com a segurança de lá, e adivinha? Sua filha e a sua sobrinha não estavam lá. - Comecei a tremer desesperada.

Beatriz: Eu tenho certeza que a Emanuelle não tem nada haver com isso.

XXX: Eu também, tenho a certeza que ela como a sua sobrinha são cúmplices do Veiga.

Beatriz: Não fala assim da minha filha. - Me levantei.

XXX: Abaixa o tom antes que você fique por aqui mesmo. Eu só quero que você me responda, onde tá a Emanuelle e a Luiza?

Ela abriu a pasta novamente e mostrou umas fotos do Murilo morto, o rosto estava deformado.

XXX: Imagina se fosse a sua filha no lugar desse garoto.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora