A FILHA DO CHEFE - Complexo do Alemão

Capítulo 28

Beatriz 🌸

Eu não aguento mais essa vida.

Todo dia é um novo problema, todo dia é alguém morrendo, alguém no hospital, alguém fugindo.

O Caio foi o homem que eu mais amei em toda a minha vida, mas também, é a pessoa que mais me trás problemas.

Mesmo antes da Emanuelle vir ao mundo, eu comia o pão que o diabo amassou, literalmente.

O Caio é um homem incrível, pra quem entende o jeito dele;

Parece maldição, algo quer nos separar.

Eu faço de tudo pra não deixar as coisas saírem do controle, mas não adianta, do outro lado e está Emanuelle e as irmãs.

Manu é uma menina incrível, tinha um brilho extraordinário; o que estragou tudo foi a descoberta que ela seria filha do Caio.

Sempre criei ela livre pra fazer o que quisesse, mas com responsabilidade.

Ser filha do chefe do Complexo do Alemão é difícil pra ela, ela ter que se limitar pra não morrer, é como uma me ver um bebê chorar só por ela ter salvo ele é não ter deixado beber sabão.

Eu tento e tentei até hoje ser a mãe perfeita, a mãe que protege... mas talvez, esse não seja tento o problema.

Fazer um filho feliz é também abrir mão de lugares, pessoas...

Eu faria tudo pela a minha filha, e pela a felicidade dela, eu vou morar no exterior, mas não quero ver ela autodestruindo dessa forma.

Tudo que está acontecendo é também minha culpa; eu sou a mãe dela, eu era quem deveria está protegendo ela.

Quando entrei no quarto em que a Emanuelle estava internada, meu mundo desabou.

Bia: Calma, ela vai ficar bem. - Me abraçou.

Beatriz: É tudo culpa minha, era pra eu ter ido embora, quando ela me pediu.

Duda: Eu que levei ela, a culpa não é sua.

Coringa: É melhor você ir embora. - Puxou o braço de Duda.

Beatriz: Caio, pelo o amor de Deus, até quando você vai ser esse cavalo até com as suas próprias filhas? Você é a única pessoa que pode proteger elas, você é o único que é amigo delas de verdade... e o que é que você tá fazendo? Humilhando, batendo, dando ordem como se elas fossem um dos seus vapor... colocar postura de marrento, falar frio e dar ordem não é disciplina! Não ache que você vai ganhar respeito delas assim. Agora vai embora e aprende a ser pai. E não se preocupa, eu já arrumei um lugar seguro pra ficar com às meninas.

Coringa: Então é isso? Tua filha faz a merda e eu que sou o culpado? Ela faz isso você é mimada. - Não aguentei ouvir tudo isso sem fazer nada e dei um tapa na cara dele.

Beatriz: Me respeita que eu não sou a Bárbara, que passou um inferno na sua mão. E como você falou, ela é A MINHA FILHA - Bati a mão no peito. - Não pisa os pés naquele morro. E as meninas vão comigo, elas quererem e também são maior de idade.

Coringa: Já que é assim, podem irem, mas quando vocês estivem se fudendo, não vem falar que eu sou o pai de vocês. - Saiu e bateu à porta

Maria Eduarda e Ana Beatriz começaram a chorar, sentadas em um sofá que tinha no quarto.

Eu tentava ligar pra minha mãe, mas ninguém atendia.

Mãe sempre foi contra disso tudo, até mesmo de eu ter vindo morar aqui no Rio.

Quando ela soube que eu estava grávida e de quem, quase surtou.

Mas mesmo assim, me acolheu com o maior amor do mundo.

Beatriz: E esse cabelo de Emanuelle? - Perguntei pra descontrair.

Duda: Eu levei ela em um salão, hoje.

Beatriz: Eu sempre falava pra ela que ficaria linda morena. -Elas começaram a rir.

Bia: Beatriz. - Olhei pra ela. - Você sabe dizer por onde é minha mãe está. - Neguei.

Beatriz: Podem ficar tranquilas. Ela cuidou de Emanuelle, agora é minha vez de cuidar de vocês. - Sentir meu celular vibrar no meu bolso.

Pego o celular pra ver o que era, e era a minha mãe me ligando.

Beatriz: Licença, eu preciso atender. - Sair da sala.

Whatsapp on

Beatriz: Mãe?

Raquel: Oi, Bia! Tá tudo bem por aí?

Beatriz: Mais ou menos. Mãe, posso passar um tempo aí na casa da senhora?

Raquel: Que pergunta mais besta, claro que pode. Cadê Manuzita, tá bem?

Beatriz: Eu tô aqui no hospital com ela.

Raquel: O que aconteceu com ela? Beatriz, minha filha, o que tá acontecendo? Vocês tão bem?

Beatriz: Não dar pra eu explicar agora.

Raquel: Venham minhas filhas, pode vim!

Beatriz: Vou tá levando duas meninas, ver se consegue arrumar um lugar pra elas também.

Raquel: Pode trazer, vocês estão bem mesmo? Quer que eu mande o seu pai ir buscar vocês?

Beatriz: Não, mãe, assim que Manu receber alta, a gente vai. Cadê Luiza?

Raquel: Tá certo. Luiza tá aqui dormindo.

Beatriz: Ok. Quando eu chegar aí, a gente conversa melhor.

Whatsapp off