Capítulo 61

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Emanuelle 💗

Manu: Como assim, meu Deus? - Coloquei a mão na cabeça.

Camile: A gente queria te contar na hora certa, mas... - Comecei a andar de um lado pro outro.

Manu: Mas como vou saber se vocês estão falando a verdade? - Perguntei desconfiada.

Nanda: Pronto, já terminei. - Ela estava fazendo um curativo onde a bala de pego.

Camile: Fizemos o DNA escondido de você. - Arqueei a sobrancelha. - Meu fios de cabelo que estava na sua escova.

Manu: Não consigo acreditar que eu sou irmã do Kant. - Nanda colocou a mão no meu ombro.

Nanda: Tu precisa conversar com ele. - Olhei pra ela.

Camile: Nanda tá certa, o Kant não demostrou muita reação quando a mãe, avó, sei lá, disse... isso é preocupante, porque só Deus sabe como tá a cabeça dele. - Concordei.

Manu: Mas o que eu vou falar pra ele? - Meu olho começou a lacrimejar.

Camile: Primeiro tu tem que falar com o Veiga. - Encarei ela, sem entender. - Se ele já queria matar o Kant antes, imagina agora.

Manu: O Jotappê, O Mike e o Caveirinha sabia disso tudo?

Camile: Souberam hoje, quando pegamos o exame.

Manu: Apois, prepare o caixão pros quatro. - Nanda se benzeu.

Camile: A única pessoa que vai conseguir falar com ele é você. - Neguei. - Emanuelle, todo mundo se tocou que o Veiga se importa com você. Se ele fosse outro cara, já teria se livrado de você há muito tempo.

Nanda: Também acho.

Manu: Você acha tudo. - Falei estressada.

Nanda: Colfoi, pirralha, tá com medo do Veiga? Pra tá estressada assim, só pode. - Olhei feio pra ela.

Manu: E tu tá com medo dele matar seu macho. Se bem que seria um alívio pra você. - Ela me deu dedo.

Camile: Olha só, você não tem escolha... - Me levantei.

Manu: Que história é essa? - Cruzei os braços.

Camile: De uma coisa é certa, seu caixão também está garantido. - Cocei a cabeça. - Você precisa falar com ele, Emanuelle. - Neguei com o dedo. - Claro que vai! - Afirmou com a maior convicção.

Manu: Vocês estão maluca... o Veiga vai arrancar minha cabeça e mandar pro Coringa. Não vou de jeito nenhum.

Camile: Filha da puta... - Olhou pra Nanda.

Nanda: Emanuelle... - Continuei negando.

Tá doido? Se o Veiga ameaçou o Kant, imagina o que ele não vai fazer comigo.

De uma coisa eu sei, que vou rodar também. Mas prefiro esperar ele vir atrás de mim, do que ir atrás dele.

Camile: Confia em mim, caralho!

Manu: Tá bom, tá bom. - Falei nervosa.

Já comecei a chorar, com medo.

Imagina tu saber que tem um irmão e ao mesmo tempo, saber que vocês estão a um passo da morte.

Camile: Vamos pra salinha. - Puxei o braço dela. - O que é?

Manu: Mas o que eu falo? - Ela coçou a cabeça.

Camile: Ah, mano... não sei; fala o que tu achar melhor, se joga pra cima dele, sei lá. - Nanda riu.

Nanda: "Se joga pra cima dele" como se ele quisesse comece a Emanuelle agora.

Manu: Cala a boca, cú de hemorroida.

Camile: Vamos logo. - Assenti.

Vestir a minha blusa, cheia de sangue mesmo e saímos do postinho.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora