Capítulo 50

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Personagem

Maurício Dantas (Kant), 19 anos

Maurício Dantas (Kant), 19 anos

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Kant 🚀

Mal cheguei em casa e já briguei com a coroa.

Mano, eu até tento manter a paciência, mas ela fica entrando na minha mente, todo dia é a merma coisa.

Eu cresci sem pai, sempre foi ela pra tudo.

Se pá que o Tubarão sempre nos ajudou, com escola, alimentação, aluguel, essas paradas toda.

Por isso, eu considerava ele um paizão pra mim.

Ele sempre dizia que se ele morresse, eu que ficaria no comando do morro, mas nunca me importei com isso; tanto que, quando o Veiga apareceu e ficamos ciente que ele seria o novo chefe, fiquei de boa.

Eu só quero o que é meu, e namoral mermo, não preciso ser chefe pra ter o respeito da comunidade.

Geral sempre me respeitou pra caralho, desde novin, todo mundo dizia que eu tinha potencial pra liderar essa porra toda, mas se pá que eu nunca botei fé.

Mas fiquei feliz quando o Veiga me chamou pra ser braço direito dele, querendo ou não, eu tenho mérito pra isso.

A coroa não ficou nenhum pouco feliz, disse que a qualquer momento eu vou morrer e várias merdas.

Mas a vida é uma só e eu não vou desperdiçar a minha servindo playboys pra ganhará mixaria.

Tava almoçando quando o Veiga me acionou, dizendo quer falar comigo.

Kant: Aqui ó, compra os bagulho que tiver faltando aqui em casa. - Joguei dois mil reais na mesa.

Lurdes: Pega essa merda e entrega pro seu chefe, eu trabalho pra sustentar a minha casa, não preciso do seu dinheiro sujo. - Jogou o dinheiro na minha cara.

Fiquei olhando as notas cair uma por uma no chão.

Pensei em falar muita merda, mas preferi ficar calado.

Não peguei o dinheiro de volta, deixei lá e sair de casa.

[...]

Entrei na salinha e o Veiga já tava fumando um.

Kant: Qual a boa? - Sentei em frente a ele.

Veiga: Qual a boa? - Jogou um monte de bagulho que tava na mesa dele, no chão.

Kant: Colfoi, parceiro? - Encarei ele sério.

Veiga: Que porra de dinheiro foi esse que o Coringa emprestou pro Tubarão? - Encarei ele sem entender. - Hein?

Kant: Do que tu tá falando? - Ele colocou a mão na cabeça.

Veiga: A Emanuelle disse que pegou um papel, onde tinha um bagulho anotado, dizendo que o Contigo tinha emprestado um dinheiro. - Falou nervoso.

Kant: Que porra tu tá falando? - Rir. - Que papel? Onde ela pegou?

Veiga: Na sexta-feira, quando ela tava aqui fazendo os cálculos dos bagulho, ela achou o caralho do papel e pegou escondido.

Kant: Mas cadê o papel? - Ele negou. - Ela entregou pro Coringa?

Veiga: Não, tá com ela.

Kant: Ué, então porque tu não pegou?

Veiga: Ela não quer me dar. - olhei pra ele incrédulo.

Kant: Nem fudendo. - Comecei a rir. - Tu não vai pegar o papel, porque a mina não quer dar? - Ele me olhou cheio de ódio. - Mano, não dá pra eu te ajudar, se eu não sei que papel é esse.

Veiga: Fala com a Luiza, pede pra ela achar o papel e te dar.

Kant: Eu? - Apontei pra mim. - Ela não vai fazer isso, nem fudendo. - Neguei.

Veiga: Claro que vai. - Neguei. - Fala com ela, mano.

Kant: E por que tu não fala com a Emanuelle? - Ele fez não com o dedo. - Vai tomar no cú!
Por que não?

Veiga: Ela tá doente, não vou ficar mexendo com a mente dela.

Kant: Tu é um fodido mermo, viu? - Neguei com a cabeça. - Vou ver o que posso fazer e te aviso.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora