Capítulo 37

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Luiza 🎀

Chegamos na casa do Veiga e ela estava cheia de caras armados e uma moça loira.

Veiga: Subam pra lá pra cima, o terceiro quarto a direita são o de vocês. - Falou seco.

Luiza: Eu quero falar com a minha avó. - Veiga olhou pra Emanuelle.

Manu: Não podemos ligar pra ninguém de lá.

Luiza: Eu não quero ficar aqui! - Gritei.

Manu: Eu também não, porra!

Luiza: Eu vou embora. - Emanuelle veio pra cima de mim.

Manu: Você não vai pra a lugar nenhum. - Puxou o meu cabelo. - Eu tô nessa por causa de você, então para de falar merda e só faz o que a gente da pedindo. - Me soltou.

Luiza: Eu não te pedir para matar ninguém. - Empurrei ela.

Manu: Filha da puta!

Veiga: Olha só, se quiser ir embora, vá! Mas se você citar o meu nome, eu faço contigo o mesmo que eu fiz com o tal do Murilo.

Nessa hora a minha vontade era de quebrar uma cadeira na cabeça dela, até sair o crânio pra fora.

Camile: O que aconteceu? - Perguntou olhando pro Veiga.

Veiga: O cara tava armado. - Ela olhou assustada. - Os vizinhos ligaram pra polícia quando ouviram o primeiro tiro.

Camile: Como assim o primeiro tiro? Você tava maluco? Óbvio que os vizinhos iam chegar.

Veiga: Não fui eu quem atirou. - Deu uma leve pausa. - A gente tava vasculhando o apartamento, eu tava na cozinha quando ouvir o barulho de um tiro, quando fui ver de onde vinha que cheguei na porta de um dos quartos, o Lobato tava morto. - A moça gritou. - O desgraçado deu um tiro na testa dele.

Camile: Não, veiga... - Se ajoelhou perto dele. - Por favor, diz que é mentira.

Manu: Vem, vamos subir. - Puxou pelo o meu braço.

Entramos no quarto e ele era enorme; tinha duas camas de casal e um closet.

Luiza: Ela vai te matar. - Olhei pra Emanuelle.

Manu: A Camile? - Assenti. - Também acho. - Ela sentou na cama.

Luiza: Manu... - Ela me olhou e começou a chorar. - Foi você que pediu pra matar ele? - Comecei a chorar também.

Manu: Elas deram a ideia e eu concordei. - Neguei com a cabeça. - Na hora parecia que eles estavam certo.

Luiza: Você confia no Veiga? - Ela ficou calada. - Sobre aquela história que você me contou, de quando vocês se viram pela primeira vez... - dei uma leve pausa. - Por que ele atirou em você?

Manu: O Coringa mandou ele levar eu e mãe de todo o jeito pro Alemão... quando ele nos encontrou, eu tentei fugir, aí ele atirou. - Olhei pra ela assustada. - Eu não sei o que eu acho dele.

Luiza: Não tem como nós ir pra casa do seu pai? - Ela negou. - Nós estamos fudidas. - Afundei o meu rosto no travesseiro da cama e comecei a chorar ainda mais.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora