Capítulo 18

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Lobato ☠️

📍Rocinha, sábado, 08:13.

Tava com a cabeça explodindo; todo mundo tava caindo pra cima de mim.

O Tubarão quer que eu tire o Veiga do Alemão de todo jeito.

A Emanuelle não quer falar com ninguém, nem mesmo comigo.

Ela já sabe que eu fiquei com a Camile; ela não vai me perdoar por isso.

E namoral mermo, eu tava gostando pá caralho da garota... mas a Camile é diferente, faz mais meu tipo e pá.

Tatui: Aê Lobato. - Encarei ele. - Conseguimos entrar em contato com o Coringa pelo radinho. - Estendeu o radinho.

Eu tinha mandado o Tatui arrumar o jeito de acionar o Coringa por algum radinho de lá de dentro.

Peguei o radinho da mão do Tatui e fiquei encarando.

Radinho on

Lobato: Coringa? - Ninguém respondeu. - Estamos com a sua filha.

Coringa: O que vocês querem?

Lobato: O papo é o seguinte, solta o Veiga e a gente solta a Emanuelle.

Coringa: Você acha que eu acredito em você, filho da puta? Você é igual o seu pai, traída do caralho! - Encarei o Tatui; o Coringa ainda não estava sabendo que eu não sou o filho do Tubarão.

Lobato: O papo tá dado, solta o Veiga e ninguém se machuca.

Coringa: Faz o que você quiser com a Emanuelle. Vocês querem o Veiga? Então venham pegar

Radinho off

Tatui: Filho da puta. - Se sentou na cadeira.

Lobato: Porra... - Cocei a cabeça. - O Tubarão vai matar ela.

Tatui: Mano, se a garota quisesse contar que o Veiga é o filho do Tubarão, ela já tinha falo. - Encarei ela.

Lobato: O que você quer dizer com isso? - Arqueei a sobrancelha.

Tatui: Alguma coisa prende ela.

Lobato: O menino? - Levantou os ombros.

Tatui: A pirralha tem 16 anos, se ela ver o moleque, vai ficar comovida. - Eu assenti.

[...]

Pedir pros cara pegar trazer o Leonardo sem que ninguém soubesse.

Aproveitei que o Tubarão tinha aproveitado pra resolver uns negócio fora, e levei Emanuelle pra salinha.

Tava em um barraco que os caras arrumaram pra mim, até o Veiga voltar; quando ele for solto, quero sair fora da Rocinha.

Ouço alguém chamar na porta e vou olhar.

Abro a porta e era o Nando e o Tatui com o garoto.

Nando: Aí o moleque. - Deu um tava de leve na cabeça dele.

Lobato: Vamo. - Fechei a porta e fomos pra salinha.

Coloquei o capuz do casaco na cabeça do Leonardo e peguei ele no colo, para que ninguém conseguisse ver ele.

Ele não falava nada; na verdade, o menino sempre foi assim, de poupas ideias.

Entrei na salinha e coloquei o moleque sentado no sofá, em frente a Emanuelle que estava sentada em uma cadeira, amarrada.

Lobato: Emanuelle? - Levantei a cabeça dela.

Manu: Pegou mais um inocente como refém? - Neguei.

Lobato: Vou deixar você um pouco com o moleque. Faz ele se abrir com você, aí você vai saber o motivo de você tá aqui. - Deu uns tapas no ombro dela, de leve.

Deixei o Leonardo na sala com a Emanuelle e fiquei do lado de fora, assegurando que ninguém ia entrar.

Nando: Tu não achava melhor ter colocado alguma coisa pá nós ouvir o que eles tão falando? - Eu neguei.

Lobato: Vamo passar confiança pros dois.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora