Capítulo 58

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Fernanda 🫦

Nanda: O Veiga é muito cara de pau mesmo, hein? - Falei enquanto cortava os temperos pra por na comida.

Manu: Se é? Aquele lá desconhece a palavra "senso". - Rir.

Léo: Manu, me dá o seu celular. - Falou com a voz manhosa.

Manu: Toma. - Pegou o celular do bolso. - Agora senta lá. - Apontou pro sofá.

Nanda: Eu te mandei mensagem pra você vir ontem e você nem visualizou.

Manu: Passei o dia dormindo. - Revirei os olhos. - Quer ajuda aí? - Se levantou.

Nanda: Quero. - Dei uma faca pra ela. - Corta aquele peito de frango alí. - Apontei pra o peito que estava em cima do balcão.

Manu: É pra lasanha? - Assenti.

Nanda: Me responde um negócio... - Ela olhou pra mim. - E Camile?

Manu: Igão me disse que ela estava dormindo na casa do Kant? - Fiquei boquiaberta. - Pois é, filha... DO NADA! Falo isso, porque com certeza, não é só amizade.
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Nanda: Também acho. E logo quem? Kant.

Terminei de cortar os temperos e fui fazer o arroz.

Nanda: Sim, e tu vai pro baile? - Negou. - Como assim? Sabe quem vai tocar lá, hoje?

Manu: Hum?

Nanda: Não vou te falar não, quero só ver tua cara amanhã quando tu souber.

Manu: Sabe nem mentir a otaria.

Nanda: Vamo, mona, A Natália vai tá lá, imagina quando ela ver você e o Veiga juntos? - Fez cara de nojo.

Manu: Tá maluca? Se eu fosse, nunca que eu iria com o Veiga.

Nanda: Por que não? - Coloquei a mão na cintura.

Manu: Tu acha que vou tá fazendo papel de corna mansa na frente de todo mundo? Vou nada!

Nanda: 01 é 01, amiga. - Joguei o pano na cara dela.

Manu: "01 é 01" é por isso que tu leva chifre do seu macho até hoje? - Olhei pra incrédula.

Nanda: Olha que filha da puta. - Ela riu.

Manu: Tô brincando. - Lavou as mãos. - Mentira, tô falando sério mesmo. - Dei o dedo do meio pra ela.

Nanda: Mas ele está melhor, comparado a antes. - Manu me olhou debochada.

Manu: Corna mansa é a peste, viu?

Nanda: Acontece. Mas namoral mesmo, vamos. - Ela negou. - Eu prometo que vai ser o menor baile da sua vida.

Manu: Tu também falou isso da última vez que eu fui.

Nanda: Hoje é diferente.

Manu: Uhum, sei... - Falou desconfiada.

Nanda: Tu bebê um whiskyzinho, bafora um lancinha... em um instante tu tá soltinha soltinha. - Pisquei pra ela.

Manu: Tá bom, fique esperando que eu vá fazer isso.

Nanda: Pega a receita, Manu. Olha só, já já tu volta pras asas do teu pai, vai ficar fazendo só o que eles querem... então, aproveita.

Manu: Falou como se eu fizesse tudo que quisesse. - Falou desanimada.

Nanda: Amiga, tu tem a receita na mão, tá passando por isso porque quer. O Veiga é um gostoso, quer te comer, amiga, é só dar.

Manu: Tenho cara de puta?

Nanda: Ahhhhhh, me poupe, Emanuelle. Vai dizer que não pegaria ele.

Manu: Já peguei, mas não pegaria de novo. - Olhei chocada.

Nanda: Já pegou? - Ela assentiu. - Quando?

Manu: Tu não sabia? - Neguei. - Foi quando a gente morava no Alemão.

Nanda: Ele fode gostoso? - Sorrir maliciosa.

Manu: Vai a merda, Fernanda. - Riu.

Nanda: Safadinha. Se foi bom, por que não um replay?

Manu: E como tu sabe se foi bom ou não?

Nanda: Tá escrito na sua cara, sonsa. - Deu a língua. - Agora para de cú doce, Emanuelle. - Falei estressada. - Você vai de todo jeito agora.

Manu: Ié assim é?

Nanda: É! Ou eu falo pro Veiga que você disse que ela fode gostoso. - Ela me olhou assustada. - Dúvida?

Manu: Tu não é doida...

Nanda: Fala dúvida. Melhor, fala "não vou" - Sorrir.

Manu: Tu tem alguma blusa de manga longa aí? Meu braço ainda tá com umas manchas roxas.

Nanda: Eu acho que ainda tenho, vou olhar daqui a pouco. - Assentiu. - Tá rica, né?

Manu: Eu não... você que lute pro Veiga te pagar.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora