Capítulo 53

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Emanuelle 💗

Estava morrendo de fome, me sentindo suja pra caralho.

Passei o dia esperando o Veiga chegar, pra ele me ajudar.

Não queria que a Carla fizesse esse trabalho pesado, até porque ela está grávida, óbvio que eu não ia pedir pra ela me carregar.

Não consigo nem me mover para o lado sozinha, o corpo todo dói pra caralho.

A Camile saiu com o Léo e a Luiza não voltou até agora.

Estava olhando para o teto, como se estivesse paralítica, não me movia por nada nesse mundo.

Olho para a porta quando ouço umas vozes se aproximando do quarto.

Veiga: Eu não quero saber desse rato vivo, tá me ouvindo? - Abriu a porta. - Já dei a ordem, porra, apaga esse pau no cú! - Falou no radinho.

Tirei o olhar dele e voltei a encarar o teto.

Veiga: Tu tá bem? - Ignorei.

Ele se aproximou de mim e pôs a mão na minha testa.

Veiga: Caralho, achei que essa febre já teria passado. - Puxou o coberto e eu me encolhi, gemendo de dor. - Não tomou banho, ainda? - Neguei. - Que porra a Carla veio fazer aqui se ela você continua do mesmo jeito?

Manu: Não ia pedir pra ela me dar banho, ela está grávida, esqueceu?

Veiga: Foda-se. - Falou estressado. - Cadê a sua prima? - Fiquei calada. - Ela não voltou? - Sentou na cama. - Kant... vou matar esse filho da puta!

Manu: Deixa eles em paz, eu tô aqui, não tô? - Ele me olhou estranho.

Veiga: Como assim? Que papo é esse?

Manu: Depois você vai saber do que eu estou falando. - Ele segurou o meu braço.

Veiga: Que merda tu tá falando? Tem haver com o papel, não tem? - Neguei.

Manu: Aliás, a Luiza te deu? - Assentiu. - O que você vai fazer com ele? É impossível tu descobrir pra quem o Coringa emprestou, se ele realmente emprestou.

Veiga: Eu sempre descubro. - Olhei debochada. - Colfoi, carai, tá duvidando?

Manu: Falei nada.

Veiga: Deixa de conversa, vem, vamos tomar esse banho logo. - Pegou o braço com força.

Manu: AI CARALHO! - Gritei. - Sai daqui, deixa que eu me viro.

Veiga: Desculpa, foi sem querer. - Me soltou.

Manu: Só faz as coisas com mau gosto. - Resmunguei.

Veiga: Ah, deixa de coisa, Emanuelle, eu falei que foi sem querer. - Falou todo sem jeito. - Vem, vamos logo. - Revirei os olhos.

Manu: Não consigo ficar em pé.

Veiga: Confia em mim, eu te sustento. - Rir. - Tá rindo por quê?

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora