Capítulo 23

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Maria Eduarda 🩰

Bia: O Juca não vai. - Revirei os olhos.

Duda: só porque ele não vai, você também não vai querer ir? Ahhhh, não fode. - Sair do quarto dela.

Nem adianta chamar a Beatriz pra sair, ela só quer ficar em cima desse chamo véio.

Bia: Chama a Emanuelle. - Gritou.

A chance da Emanuelle ir, é zero; mas o não eu já tenho.

Entrei no quarto dela e ela tava dormindo, como sempre.

A pobi não sai pra nada, nunca vi uma mãe tão chata como a Beatriz.

Duda: Manu. - Balancei a perna dela.

Ela acordou toda assustada, parecia que tava devendo.

Manu: Hummmm. - Coçou os olhos.

Duda: O Barreto me chamou pra uma festa fora do morro, vamos? - Ela sentou na cama e me olhou por baixo.

Manu: É sério que você tá me perguntando isso? - Deitou na cama de novo.

Duda: Eu peço pra pai, se ele deixar, nem vai adiantar sua vai falar que não pode.

Manu: Que dia é?

Duda: Hoje, começa umas 22h, mas nós só vamos depois das 23h.

Manu: Se você conseguir falar com ele, eu vou. - Me joguei na cama dela.

Dudu: Te amo, Manu! - Beijei na bochecha dela.

Manu: Bia vai?

Duda: Vai não, aquela cachorra. - Manu começou a rir.

Manu: Eu tô me sentindo tão feia. - Choramingou.

Duda: Por que não muda esse cabelo? Sai dessa cama, Emanuelle.

Manu: Vou pintar de verde.

Duda: Vai ficar linda, parecendo uma árvore de natal; pai nem precisa comprar a árvore pro natal, já que tá perto, coloca você como enfeite. - Gastei ela

Manu: Agora falando sério, o que tu acha de eu escurecer? - Encarei o cabelo dela.

Duda: Joga um preto ou um castanho nele, tu combina. - Pisquei pra ela. - Se tu quiser, nós vamos pra um salão que tem aqui no morro; coisa fina. - Soltei um beijo no ar.

Manu: "Coisa fina" quando for olhar... - Deu risada.

Duda: Tô falando, pô...

Deixei ela no quarto dela e fui falar com pai.

[...]

Cheguei na boca e entrei na salinha.

Ele tava sozinho, fazendo umas contas lá.

Duda: Oi... - Fechei a porta devagar.

Ele me encarou e voltou a atenção aos papéis que segurava.

Duda: Por que não pede ajuda pra Manu? Ela é boa em contabilidade, nessas paradas tudo aí. - Me sentei em frente a ele.

Coringa: Quem era pra tá aqui era você, não ela. - Falou todo grosso.

Duda: Não sou boa em exatas. - Peguei um dos papéis que estava em cima da mesa e tinha o nome do Tubarão com um pequeno risco e ao lado escrito "Veiga".

Coringa: Se for pra olhar por esse lado, tu não é boa em nada; só serve pra abrir as penas pra esses vagundos. - Pressionei o maxilar.

Duda: Agora quer jogar isso na minha cara? Não esqueça que quem nos propôs essa vida foi você! - Apontei o dedo na cara dele. - Se você tivesse trabalho honesto a gente não precisaria viver essa vida de merda! Você tá fazendo com a Emanuelle a mesma coisa que fez comigo e com a Beatriz. - Ele se levantou e se aproximou de mim.

Coringa: Não joga a culpa das merdas que você faz em mim, sua putinha de merda. - Me levantei.

Duda: Não ache que a Emanuelle vai ser diferente de nós prendendo ela, quando ela sair daquele quarto e descobrir o real prazer da vida, você vai ver ela se virar contra você. - Me calei quando sentir a mão dele na minha cara.

Coringa: Nunca mais abre a boca pra falar assim comigo. - Puxou o meu cabelo.

Duda: Você tem medo dela ver o Lobato porque sabe que ela te odeia e na primeira oportunidade vai botar pra fuder com você, seu bandido de merda!

Ele me jogou no chão e começou a me chutar.

Coringa: Quando eu chegar em casa, eu não quero ver nada seu lá.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora