Capítulo 43

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Camile 💋

Estava de saco cheio de Natália. Eu até entendo ela não gostar da Emanuelle, mas porra, não tira o nome da garota da boca.

Eu também não sou muito chegada nela, mas nem posso reclamar, o Veiga é dez vezes pior que ela.

E vamos colocar "um ponto no i", o Lobato foi safado, enquanto a garota tava sofrendo, quase matou o Veiga por isso, a gente tava ficando.

Sei que quando eu torturei ela, eu não pensei nisso, mas era ciúmes.

Vir pra cara de novo, não tô com paciência pra ouvir mimimi de mulher emocionada.

Tava no meu quarto mexendo no celular e ouço o Leonardo me chamando por detrás da porta.

Léo: Camileee! - Gritou.

Camile: indo! - Me levantei e fui abrir a porta.

Abrir a porta e Léo veio junto, indo de arrasta pra baixo.

Cair na gargalhada vendo ele esparramado no chão e ele começou a chorar.

A Luiza veio correndo ver o que tinha acontecendo e ficou parada na porta sem entender nada.

Luiza: Tá fazendo o que no chão, Léo? - Ele apontou pra mim.

Camile: Vem, se levanta. - Puxei ele pelo o braço. - Ele tava encostado na porta, quando eu abrir, ele veio junto e caiu no chão. - Luiza começou a rir.

Luiza: Tadinho, gente. - Passou a mão no rosto dele, enxugando as lágrimas.

Léo: Tô com fome. - Cruzou os braços.

Camile: Vamos pra cozinha, vou fazer alguma coisa pra ti. - Descemos pra cozinha.

Léo: Cadê a Manu? - Olhou pra Luiza.

Luiza: Ela foi falar com o seu pai, até agora não voltou.

Camile: E onde o Veiga está? - Encarei ela.

Luiza: Parece que é na salinha.

Entramos na cozinha, coloquei o Léo sentado no banco do balcão e fui ver o que tinha pra cozinhar.

Léo: Eu quero lasanha! - Gritou.

Camile: Eu não sei fazer lasanha.

Luiza: Você comeu lasanha ontem.

Camile: Quem fez?

Luiza: Manu. - Assenti.

Camile: Tu sabe cozinhar? - Falei com Luiza. - Sou péssima na cozinha.

Luiza: Só sei algumas coisa que Manu me ensinou enquanto estávamos na casa da minha vó. - Abriu o armário.

Camile: O máximo que eu sei fazer é fritar um ovo e cozinhar miojo. - Ela começou a rir. - É sério.

Luiza: Tem coisa aqui pra fazer empadão, vocês gostam? - Assenti.

Camile: Faça, Leonardo come de tudo.

Léo: Como não. - Encarei ele.

Nunca vi uma criança que gosta de perturbar igual a essa.

Camile: Vai pro baile? - Luiza negou. - Por que? A Emanuelle não vai?

Luiza: Acho que ela nem sabe. - Pegou uma forma no armário.

Camile: Apois, já que tu sabe, vai. Não é a melhor festa, mas sempre gera um entretenimento. - Ela sorriu.

Luiza: Como tu tá em relação ao Lobato? - Me encarou e eu fiquei paralisada.

Camile: É... eu queria muito que ele estivesse aqui, sabe? Mas sei lá, eu sentia um vazio perto dele, como se a qualquer momento eu iria perder. - Meu olho começou a lacrimejar.

Luiza: Engraçado, primeiro foi Manu e depois foi você que perdeu ele. Não que isso seja engraçado, pelo o amor de Deus... mas quero dizer que, vocês duas sentiram a mesma dor, pela a mesma pessoa, e no final, o mesmo sentimento. Quando eu perguntei a Emanuelle sobre isso, nem ela sabia o que estava sentindo.

Camile: Eu acho que ela também já esperava. - Cruzei os braços.

Luiza: Eu sei que vocês não se dão bem... - Começo a chorar. - Mas, a Manu é uma menina incrível, sério mesmo. - Eu não me segurei e comecei a chorar também. - Não deixa o seu o seu irmão fazer nada com ela. - Assenti.

Camile: Tem muita coisa que tu não entende. - Ela negou.

Luiza: Não mesmo. Usar Emanuelle como arma para atingir o Coringa, seria o mesmo de usar o Leonardo para atingir o Veiga. Emanuelle tem esse jeito dela, mas ela não passa de uma menina ingênua.

Camile: Essa guerra não é de agora.

Luiza: Eu sei. Mas mano, seja sincera comigo... você acha mesmo que Manu deve pagar pelo os problemas do pai? Velho, a gente tem 16 e 15 anos, e não podemos estudar, trabalhar, passear, ter uma vida normal, porque o seu irmão fudeu tudo. Eu não quero ser grossa contigo, nem ofender a sua família, mas não dá pra falar a verdade sem ser desse jeito, até porque o real causador de todo esse problema é eles, seu pai e seu irmão. - Fiquei em silêncio, sem saber o que falar.

Camile: Eu não posso fazer muito por vocês, mas vou dar o meu melhor. - Ela me abraçou.

Luiza: Obrigada!

Léo: Tô com fome! - Gritou e eu revirei os olhos.

Camile: Vou dar um tapa na sua boca, pra vc parar de ser chato. - Ele me deu língua. - Acho melhor você adiantar, se quiser ir pro baile. - Luiza assentiu e foi fazer o empadão.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora