Capítulo 49

750 39 2
                                    

Emanuelle 💗

Acordei e quando olhei para o lado, o Veiga estava dormindo todo encolhido no sofá.

A minha cabeça ainda doía um pouco, eu mal conseguia me mover, estava literalmente toda dolorida.

Tentei me levantar mas acabei soltando um gemido, acordando o Veiga.

Veiga: O que foi? Tá sentindo o quê? - Passou a mão no rosto.

Manu: Nada, só queria me levantar pra ir no banheiro. - Ele começou a procurar o celular.

Veiga: Que horas são? - Ligou o celular.

Era 06:20 da manhã.

Veiga: Vem, devagar... - Se levantou. - Cuidado com o braço. - Coloquei o meu braço direito ao redor do seu pescoço.

Ele me guiou até o banheiro.

Entramos dentro do banheiro e  ele ficou me encarando.

Veiga: Consegue levantar o vestido? - Olhei pra ele assustada.

Manu: Como assim?

Veiga: Ué, tu não tava com vontade de ir no banheiro? - Assenti. - Então.

Manu: Vai ficar me olhando? - Ele arqueou a sobrancelha.

Veiga: Ué?

Manu: Não vou mijar na sua frente.

Veiga: Eu fecho os olhos. - Revirei os olhos. - Tá bom, eu te espero lá fora. - Quer que eu ajude com a roupa? - Apontou pro meu vestido.

Manu: Só baixa a minha calcinha, deixa que eu levanto o vestido, quando tu sair. - Ele baixou a minha calcinha.

Eu fiquei olhando pra ele totalmente desconfortável.

Veiga: Precisa ficar com vergonha não, Manuzinha, esqueceu que eu já te vi nua? - Olhei feio pra ele. - Senta aqui. - Me ajudou a sentar no vaso. - Cuidado com o vestido.

Manu: Relaxe. - Levantei a parte detrás do vestido e o Veiga ficou me encarando. - Sai! - Levantou a mão em forma de rendição.

Veiga: Quando acabar, me avisa. - Assenti.

Fiz meu xixi em paz, depois chamei o Veiga pra me levar pro quarto. Muita intimidade pra uma pessoa só.

A Luiza estava dormindo no nosso quarto, então o Veiga teve a "brilhante" ideia de me levar pro quarto dele.

Manu: Tô com fome. - Ele sentou na minha cama.

Veiga: Tu come o quê? - Me encarou.

Manu: Esquenta aquela sopa que a Nanda trouxe pra mim? - Ele assentou.

Veiga: Me espera aí. - Se levantou e saiu do quarto.

Peguei o meu celular e fiquei procurando no que mexer, mas não tinha nada.

Eu não podia entrar no Instagram, não tinha o contato de quase ninguém... enfim, só tinha celular de enfeite.

Joguei o celular de lado e fechei os olhos, pra ver se a dor de cabeça melhorava.

Já estava cochilando, quando ouço passos de alguém entrando no quarto.

Veiga: Demorei um pouco porque estava lutando pra ligar o fogão. - Dei risada. - Fica rindo, sua palhoça. - Dei língua pra ele.

Se aproximou com o prato de sopa.

Manu: Não quer? - Ele negou.

Veiga: Isso é lá comida de gente. - Deu de costa.

Enquanto eu comia a sopa, o Veiga ficava vidrado conversando com alguém no celular.

Manu: Acabei. - Ele colocou o celular no bolso e pegou o prato da minha mão.

O semblante da cara dele já não era mais o mesmo, é sempre a mesma coisa;

Manu: O que foi que já está com essa cara? - Ele negou. - Do nada tu fica estranho.

Veiga: Não é nada demais, só uns bagulho que eu tenho que resolver. - Deu de costa e caminhou em direção a porta.

Manu: Veiga? - Olhou pra mim. - Vem cá.

Ele ficou parado me encarando por uns segundos e depois veio até mim.

Colocou o prato em cima de uma mesinha que tinha e sentou do meu lado.

Veiga: O que é? - Desviei o meu olhar do dele. - Fala.

Manu: Tenho um negócio pra te perguntar. - Ele assentiu. - Mas você tem que prometer que vai ser sincero comigo.

Veiga: Colfoi, fala essa porra logo, deixa de enrolação. - Falou estressado.

Manu: Se começar com seus estresse, pode ir. - Fechei a cara.

Veiga: Fala logo, Emanuelle. - Passou a mão no rosto, sem paciência.

Manu: Eu não ia te falar isso, mas é que eu espero que você seja sincero e me conte a verdade nem que seja uma vez na sua vida... - Fez sinal pra eu continuar. - Sexta-feira, quando eu estava te ajudando nas contas dos seus negócios eu achei um papel. - Ele me olhou curioso. - Estava anotado um valor que meu pai tinha emprestado. - Ele franziu a testa.

Veiga: Que papel é esse? Eu nunca vi esse papel. - Olhei desconfiada. - Tô falando, pô. - Onde tá esse papel?

Manu: Tá comigo.

Veiga: Tu pegou sem minha ordem? - Assenti. - Cara de pau.

Manu: Tu falou que o Coringa nunca mais falou com o Tubarão depois que ele matou o "meu avô" - Fiz aspas com a mão. - E ele também não entrou em contato contigo quando soube que tu era o verdadeiro filho do Tubarão.

Veiga: E não falou mesmo. Mano, me mostra esse papel. - Neguei. - Como não? - Neguei novamente. - Tá de brincadeira com a minha cara? - Neguei. - Para de graça, Emanuelle. - Gritou.

Manu: Se vier gritando, é que eu não mostro mesmo. - Coçou a cabeça. - Me fala a verdade e eu te devolvo.

Veiga: Pode ficar com essa porra, mas fique sabendo que se eu descobrir pra quem o Coringa emprestou esse dinheiro, eu não vou te contar.

Manu: Eu não posso me estressar, Veiga. - Coloquei a mão no braço dele.

Veiga: Dormiu com o patati e patatá, engraçadinha? - Se levantou.

Manu: Vai pra lá, mal humorado. Aliás, a Carla vem pra cá? - Assentiu. - Me ajuda a tomar banho.

Veiga: Toma banho sozinha, também. - Saiu do quarto todo putinho.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora