Capítulo 62

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Emanuelle 💗

Entramos na salinha e fiquei assustada com o silêncio que imperava alí.

O Veiga estava sentado em uma cadeira, cabisbaixo; o Kant e os outros meninos estavam em pé, segurando seus fuzis.

Olhei pra Camile e ela apontou a cabeça pro Kant, eu olhei pra ele, que ficou paralisado me encarando.

Eu não estava com coragem de falar com ele, então o ignorei.

Manu: Posso falar com o Veiga? - Perguntei pra Mike.

A Camile me beliscou, mas eu ignorei e fiquei esperando o Mike responder.

Ele olhou pro Kant, esperando que ele que respondesse.

Kant: Aqui tá cheio de arma, vai querer ficar aqui sozinha com ele? - Perguntou sério.

Meu coração começou acelerar, minha mão começou a tremer e meu olho lacrimejar.

Fiquei calada encarando ele.

O Kant deu o fuzil dele para o Mike segurar e começou a se aproximar.

Olhei pra Nanda e ela sorriu de lado, eu confirmei e fui abraçar ele.

Fazia muito tempo que eu não sentia tão confortável com um abraço, esse com certeza, é a melhor prova que eu poderia ter para saber se ele realmente era o meu irmão.

Aquele abraço me deu muito mais que conforto, ele me deu segurança, algo que eu só conseguia sentir ao lado da minha mãe.

Kant: Me desculpa, me desculpa, me desculpa - Disse repetidas vezes.

Manu: Meu irmão... - Segurei o seu rosto com as minhas duas mãos.

Comecei a acariciá-lo, enquanto suas lágrimas escorriam pelo o seu rosto.

Kant: Se eu tivesse ciência dessa parada, nada disso estaria acontecendo contigo. - Eu neguei.

Manu: Tu não tem culpa. - Abracei ele forte.

Kant: Tu tá bem? - Me afastei.

Manu: Uhum. - Enxuguei as lágrimas do meu rosto. - Eu preciso falar com ele.

Kant: Melhor não, deixa que eu resolvo isso. - Olhei pro Veiga e ele continuava olhando pro chão.

Manu: Veiga... - Me aproximei dele. - A verdade tu já sabe, o que tu vai fazer? - Kant puxou o meu braço.

Camile: Emanuelle... NÃO! - Ignorei.

Manu: Se tu quer que eu fique aqui, eu fico, fico pra sempre, faço o que tu quiser... - Me abaixei e levantei a sua cabeça. - Mas não mata eles. - Comecei a chorar. - Eles tem família...

Kant: Emanuelle, sai daqui. - Me puxou novamente e eu empurrei ele devagar.

Manu: Não era isso que você queria? Pois então. - Ele não olhava no meu olho. - Olha pra mim, Veiga... - Segurei na bochecha dele. - Eu faço o que tu quiser, mas deixa o Kant em paz.

A FILHA DO CHEFE - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora