Capítulo 62: Sempre desejei você.

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Acordei sentindo uma mão acariciando meus cabelos. Aquela sensação dolorosa que senti antes tinha abandonado meu corpo, apesar de eu ainda sentir os efeitos nos meus ossos. Abri os olhos e encarei o teto da cabine onde eu estava. O cheiro de Fedra estava ao meu redor, me dando certeza de que era ela que estava ali, me tocando daquela forma.

—As vezes eu tenho a sensação que você deseja morrer. —Sussurrou, me fazendo engolir muito lentamente, sentindo o efeito daquelas palavras em mim. —E sei que vai fazer de novo, assim que encontrar Hunter. —Os olhos dela se encontraram com os meus quando virei o rosto e encontrei deitada do meu lado. O rosto uma máscara perfeita de cansaço, como se ela não tivesse dormido nas últimas horas. —Já estamos sobre o navio dele. Daren ordenou que mantivessem distância, até você estar bem o suficiente para ir até lá enfrentá-lo.

Fechei meus olhos e soltei um suspiro, sentindo ela se inclinar sobre mim para beijar meus lábios de leve, antes de se afastar de novo. Podia ouvir o som do meu coração martelando na minha garganta. O sangue correndo nas minhas veias, fervendo à medida que eu percebia que estava chegando a hora.

—O que você estava fazendo com Daren? —Indagou, soando um pouco hesitante, como se não tivesse certeza de que queria mesmo saber. —Como pretende trazer Sebastian de volta?

Abri os olhos e umedeci os lábios com a língua, respondendo aquelas perguntas dela na minha cabeça. Fedra arfou quando me virei e a puxei para baixo de mim. Meu corpo esmagando o dela sobre a cama macia. Tinha achado que ia morrer a primeira vez que a toquei, sentindo meu corpo entrar em combustão quando me deixei levar pelo seu encanto. Agora sentia que ia morrer se não fizesse aquilo de novo.

—Harper? —Fedra chamou baixinho, enquanto eu afastava seus cabelos e depositava um beijo no seu ombro. Ela suspirou, agarrando o lençol embaixo dela, enquanto fechava os olhos com força.

A beijei de novo, deixando a pele marcada com meus lábios, enquanto seguia a linha até o decote do vestido. A pele macia sobre meus lábios parecia estar queimando e ela suspirava e estremecia a cada beijo que eu dava, como se estivesse começando a ficar ansiosa pelo que viria a seguir.

—Não. —Segurei a mão de Fedra quando ela tentou me tocar, sentindo meu coração disparado, enviando ondas de calor por todo meu corpo. Meus lábios pairaram sobre os seios cobertos, antes de eu ergueu os olhos e fitar a confusão em seu rosto. —Você sempre precisou se preocupar com o prazer dos outros, não é? Então hoje isso vai ser sobre você. —Fiquei de joelhos na cama, puxando-a junto comigo, até ela estar de joelhos na minha frente. —Vire-se.

Ela fez o que eu pedi, parecendo anestesiada com meus toques lentos e premeditados. Comecei a abrir os botões do vestido, deixando uma trilha de beijos pela coluna até embaixo, quase na linha do quadril. Observei ela apertar o lençol com mais força, com a pele completamente quente e arrepiada.

—Sempre a considerei tão linda. —Sussurrei, subindo os beijos até os ombros dela, afastando os cabelos roxos do caminho, enquanto ouvia a respiração dela falhar. —Você merece ser venerada. —Puxei as alças do vestido ao dizer aquilo, e Fedra me deixou tirá-lo sem qualquer hesitação, enquanto minha pulsação acelerava e minha calça se tornava apertava demais. —Merece ser amada e protegida.

—Harper... —A voz dela falhou quando puxei o vestido pelos quadris, a obrigando a erguer as pernas para me deixar tirá-los, junto com a pequena peça íntima que ela usava.

Afundei as mãos no quadril, sentindo-a oscilar com a bunda tentando alcançar meu quadril. Mas eu ainda estava completamente vestido e continuaria assim até que Fedra não conseguisse pensar em mais nada além do meu nome. Me inclinei sobre ela, deslizando as mãos pela pele macia, enquanto voltava a depositar beijos na sua coluna.

—Desde quando você me deseja? —Indaguei, deslizando meus lábios e meus dentes até o ombro dela, sentindo seu corpo tremer por inteiro, causando uma onda de eletricidade que varreu meu corpo.

—Desde o momento que entrou no fosso e o desafiou por mim. —A voz dela soava como um sussurro do vento em meio a escuridão. O corpo se inclinando na tentativa de ela conseguir mais contato comigo. —Desde quando...

—Sempre. —Sussurrei, deslizando meus dedos pelos quadril de Fedra, até seu umbigo, subindo em linha reta até o vale dos seios. Ela arfou, parecendo nem mesmo estar respirando, enquanto eu engolia o próprio caos que estava acontecendo dentro de mim. A vontade de me esfregar nela. —Sempre desejei você.

Deslizei os dedos ao redor dos seios macios, sentindo os efeitos que minhas palavras causaram nela. Seu corpo ondulando a procura do meu, enquanto eu me inclinava para que ela não tivesse o que queria. Ainda não. Eu me afastei, escutando o suspiro trêmulo que ela soltou, como se estivesse desesperada.

Fedra se virou por contra própria, se sentando na cama, enquanto eu permanecia de joelhos entre as pernas dela. Levei minha mão até sua garganta e a puxei, até que seu corpo se erguesse. Meus lábios afundaram nos dela, devorando cada fôlego que ela tinha, enquanto eu sentia o calor atravessar meu corpo ao sentir o gosto dela.

Fedra se demorou tirando minha camisa e depois minha calça. Dessa vez deixei que fizesse isso, sentindo as ondas de calor que percorriam meu corpo toda vez que sua pele roçava em alguma parte da minha. Meu corpo estremeceu e vibrou quando a puxei pra mim, fazendo suas pernas rodearem meu quadril, antes de me deitar sobre ela, sem nunca desconectar nossas bocas. Precisava dela naquele momento, tanto quanto precisava respirar.

A beijei com força, enquanto puxava seu quadril em direção ao meu, até deslizar para dentro dela com um impulso firme que fez nós dois gemermos. Então me afastei, deslizando a mão até e nuca dela, segurando seus cabelos para que ela não desviasse os olhos de mim um único segundo sequer. Da outra vez eu queria fugir de tudo. Dessa vez eu quero tudo.

—Sorria pra mim. —Pediu, soando um pouco desesperada, como se precisasse muito disso. Cada movimento meu arrancando o ar de nós dois, fazendo pontadas de prazer atravessarem minha coluna até a porte que estávamos ligados um no outro. —Sorria pra mim.

Observei seus olhos brilhantes banhados de prazer e de uma centelha de ansiedade, enquanto suas bochechas eram pintadas de vermelho a cada deslizar meu sobre ela. Nossas peles se incendiando em todos os pontos em que nos ticávamos. Então abri um sorriso para Fedra, observando seu rosto se iluminar e ela sorrir de volta, revirando os olhos de prazer, como se isso fosse tudo que ela precisasse.

Fechei meus olhos, sentindo meu corpo inteiro gritar o nome dela. Implorar por ela. Qualquer coisa que ela quisesse, eu a daria. Até mesmo meu maldito coração quebrado, seria dela se ela quisesse. Mas não acho que precisava dizer isso a Fedra, porque pela forma que ela me encarava, tinha certeza que ela sabia o poder que tinha nas mãos.


Continua...

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