cap 108

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Narrado por Fernando

As duas semanas passaram lenta , esse foi o prazo dado para o resultado do teste de paternidade que fizemos, nina estava no segundo mês de gestação.

K: Fernando, Gerusa , camélia? O que fazem aqui ? Tá tudo bem com a Nina ? ( Preocupada e confusa )

F: queria muito falar com você..

K: claro , claro... Entrem ! ( Entramos em sua sala ) O que houve? To preocupada!

F: o exame de DNA sai hoje né ?

K: sim , chega às nove, daqui a pouco...

F: queria te pedir uma coisa...

K: se tiver ao meu alcance...

F: queria te pedir pra falsificar o teste , caso dê negativo para mim...

K: falsificar? ( Assustada )

F: sim , estou disposto a cuidar do bebê caso não seja meu , Nina não está bem , não quero que ela piore , e Deus livre dela fazer qualquer besteira..

K: Fernando, falsificar exames vai contra o juramento que fiz em minha formatura, contra tudo... É antiético, é crime !

F: eu sei... Eu sei... ( Ficamos em silêncio)

G: e tudo muito errado , a gente sabe...

C: só estamos com medo de Nina recusar a criança, ou fazer qualquer bobeira, que Deus o livre !

Silêncio novamente...

K: eu falsifico....( A olhamos com esperanças ) se esse é o custo para Nina voltar a ser a mesma de antes... Eu faço, nem que pra isso eu  tenha que quebrar todos os meus princípios, ou até mesmo perder meu diploma ou ser presa...( Rir cabisbaixa)

C: mas vai dar positivo, se Deus quiser...( Junta as mãos em oração)

G: você não recebeu nada, Kaká ?

K: não, tia , vem direto pra quem solicitou! ( A pota é batida) Entre...

Enfermeiro: o exame de paternidade que a senhora mandou entregar aqui...( Mostra o envelope em suas mãos e nos olhando)

K: pode dá a ele , é deles...( Me entrega e logo sai)

F: não sei se tenho coragem pra abrir...

K: nem eu que tenho costume não consigo amigo...

C: me dá, eu vejo ! ( Pega de minhas mãos )

O clima era de silêncio absoluto, o único som era do papel sendo rasgado e aberto, o silêncio era tanto que esse simples ato fazia um barulho alto. Não vou mentir que naquele momento eu senti medo, sei que é uma criança, e que independente de qualquer coisa não tem culpa, mas eu estava descuido a mentir pela saúde de Nina , eu a amava , isso era inegável e esse bebê seria nosso , apesar de mil sentimentos em meu coração e mente , eu estava disposto a tudo e apesar de lembrar das dores que passei em saber que Nina estava com outro, eu iria me esforçar ao máximo para amar esse bebê caso seja dele e não meu... Mas confesso que pedia a Deus internamente para que seja meu , e não dele, nem eu e nem nenhuma das outras mulheres, queremos viver o resto da vida com essa possível culpa da mentira, me agonia a ideia de mentir durante todo um fim de vida... Mentir pra ela, mentir pra minhas preciosas filhas, mentir pra todos ao nosso redor , que gostamos , ou seja, mentir por toda uma longa jornada, por toda uma longa vida... E todos sabemos que mentira tem perna curta, e se um dia ela viesse descobrir seria a pior coisa desse mundo... Seria uma dor imensurável para ela saber que seu amor (eu) , suas duas mães, até porque ela considera minha mãe como sua e a ama na mesma proporção, então imagina que se possivelmente ela venha descobrir toda essa mentira... Se esse papel tivesse o nome negativo, seria nossa sentença para uma vida de mentira, para uma vida com culpa e se um dia ela viesse a descobrir... Seria o fim de uma família montada em confiança e lealdade... O medo tinha em todos ali. Mamãe abriu o envelope, e aquilo foi em segundos, mas parecia que tudo estava em câmera lenta...

C: meu Deus...

...

Continua...

Aí gente...

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