cap 106

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Narrado por Fernando

Tia Gerusa entra no cômodo devastada , junto com ela seu marido , ela nitidamente não tinha mais forças pra chorar...

G: tive que dopar ela, de novo...( Chora e seu marido a abraça aéreo também ) Eu não aguento mais... ( Chorando)

C: ohh minha amiga...( As duas se abraçam) Vai passar , vai passar... ( Consolando a melhor amiga )

O silêncio fica estrondoso no ambiente , ouvindo apenas o choro das mulheres.. 

F: se o exame de paternidade der negativo pra mim eu peço a Kaká pra falsificar o exame...( Engulo a seco ) Eu assumo o bebê , e a gente diz a ela que é meu... ( Em meio ao silêncio eu falo e todos me olham ) Eu não posso dar mais um motivo pra ela se culpar e se odiar tanto....( Respiro fundo controlando o choro, o qual eu não consegui e afundo o rosto em minhas mãos ) Eu não posso, eu não posso...

C: filho... (Senta ao meu lado e me abraça, e sinto o abraço de tia Gerusa em meu outro lado )

G: a tia te ama tanto...( Um choro de gratidão e amor e a abraço )

F: independente de qualquer coisa, eu assumo o bebê... Pronto , está decidido, liguem pra Kaká , mandem ela vim fazer um ultrassom em casa, expliquem a ela ! ( Levanto saindo dali e indo para o quarto)

Nina dormia , não era um sono calmo , era um sono forçado , vê-la assim era a pior dor pra mim , não posso dar essa dor a ela, se esse bebê for do William ela vai ficar péssima, eu tenho certeza.. 

N: minhas...fi,filha...( Dopada me pergunta mal conseguindo me olhar )

F: estão na escola, eu vim pra saber se você também deixava a Sophia ir pra em um passeio da escola, no sábado...

N: umrum...de..deixa.. ela...se... Divertir...( Dopada )

F: tá bom ... Desça, nosso bebê precisa ficar bem...( Era estranho passar a mão em seu ventre com aquela dúvida, mas não importa... Apesar de doer muito a ideia, estou decidido que apesar de qualquer resultado, esse bebê será nosso)

N: fica... aqui...comigo... ( Mal conseguia falar, deito com ela e fico ali ao seu lado )

Fico ali ate ouvir a chegada de Kaká , então saio, eles estavam na cozinha.

K: ohh amigo ! ( Me abraça) Que loucura! ( Pietro estava junto )

P: como vai meu irmão... ( Me abraça também)

F: bem difícil...

K: gente, Nina parou de falar comigo a meses, me bloqueou de tudo , tentei conversar com ela mas nunca conseguia...

P: a mim também...

G: minha filha passou por maus tempo, se cegou e agora que voltou a enxergar não quer mais viver...  ( Dolorosa)

C: mas vai ficar tudo bem... ( Abraça minha tia )

F: vamos , vamos vê o bebê...

Entramos no quarto e Kaká montou seu equipamento e iríamos acordar ela.

G: filha... ( Chama com cuidado) Filha... ( Nina abre os olhos pesadamente)

K: amiga...( Saudosa toca em Nina )

N: não... Não quero....( Ainda zonza ) Não quero... ( Tenta manter os olhos abertos) Não quero! ( Põe a mão na barriga a tampando)

F: Nina...( Ela me procurava mas não achava com os olhos e sento ao seu lado ) Aqui... ( Seguro com cuidado seu cabeça e ela me fita ainda zonza ) A gente precisa vê o bebê....

N: não , não quero... Não quero vê...não quero...( Começa a chorar )

G: amor , e seu filho...

F: vamos vê o bebê sim ! ( Digo cuidadoso e levanto sua blusa e Kaká abaixa seu short do baby doll)

O olhar de Kaká era doloroso, ao vê a amiga assim...

N: por favor...( Chorando)

Seguro com cuidado as mãos dela e Kaká começa vê o bebê , e sorri triste.

G: o que houve ? ( Preocupada)

A: o bebê tá bem ? ( Também preocupado)

K: ele tá aqui sim, ainda...

F: como assim ainda ? ( Me preocupo)

K: muita coisa pra uma gravidez, o bebê baixou...( Nós mostra na tela ) Nina precisa ficar em total repouso, nada de ficar sentada ou em pé , apenas para banho e pra comer... Ou então...

C: ou então o que ? ( Preocupada)

K: ela pode perder o bebê...

G: Deus o livre...( Preocupada)

N: eu... Não vou..ser...uma boa mãe...( Fala turvo ainda dopada )

F: vai sim , você é uma ótima mãe, não diga isso... ( Falo em baixo para ela escutar e a sinto procurar minha mão e a pego e ela segura filme e chora )

K: Nina , vamos escutar o coraçãozinho do bebê?

N: não... Não quero...( Não seria uma gravidez fácil)

K: ela está em estado de renegação do bebê... É muito difícil... ( Fala preocupada )

G: aí minha virgem maria... ( Chorosa segurando a mão de Nina que dormia )

F: põe o coração do bebê , quero ouvir... Quem sabe quando ela escutar fique feliz... ( Ela põe e o som sai, sorrimos e sorrio também) Nina , escuta... ( A acordo e ela sonolenta escuta )

N: sai ! Não quero...( Passa a mão na barriga, empurrando o aparelho e o gel que tinha em sua barriga)

G: calma filha...

N: eu não quero... Não quero....( Começa chorar)

G: shiii ,shiii...( A acalma e quando ela dorme novamente Kaká termina o exame rápido, a deixamos dormindo e saímos pra fora )

K: aí que horrível ver Nina assim... ( Dolorosa e Pietro lhe conforta ) Ela não pode se esforçar, ela não pode levantar... Ela precisa ficar um mês sem esforços, e qualquer coisa vocês precisam levar elas as pressas pra mim ta ?! ( Concordamos ) Recomendaria vocês irem pra cidade , e mais perto...

F: a viagem não seria perigosa ?

K: deixem ela confortável no banco e vão de vagar para o carro não balançar tanto, estando lá e mais perto caso ela sinta alguma dor , alguma coisa...

C: a gente vai e ponto ! ( Fala descidida )

G: obrigada amiga ! ( Grata segura a mão da mamãe )

A: vamos , e vamos agora , vamos arrumar as coisas, aproveita que ela está dopada...

K: vou passar um calmante adequando, para as crises dela... ( Concordamos agradecidos ) Precisam de ajuda ? A gente já vai também...

P: o Edu tá doente, ficou com a irmã...

F: não precisa, obrigado! ( Abraços os dois )

Arrumamos tudo e colocamos nos carros , seria uma longa temporada, mas estávamos juntos. Vou até o quarto, e a pego no colo com cuidado, seu corpo era mole , dopado , sedado . A deito no banco com cuidado e tia Gerusa foi comigo, e logo chegamos na nossa antiga casa , ma casa dela... Era estranho entrar aqui , mas meu coração sentia algo tão bom...

Mamãe e tia mudam rapidamente os panos de cama e a deito com cuidado, a aconchegando na cama , que saudades daquela cama... A gente sabia que se deixamos ela só, quando acordasse iria levantar e sair andando, então entreguei a chave de minha casa a minha mãe e ao meu pai e falei pra pegaram algumas coisas lá , minhas e das meninas, teríamos que ficar juntos durante esse mês, também pedi pra pegarem as meninas na volta , e fiquei com ela a vigiando, não era nada bom vê-la assim , em um certo "coma"

...

Continua...

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