25. Flashback

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Desci para a sala. O Marcos ainda estava a tentar convencer os meus pais a deixarem-no fazer a festa no fim-de-semana.

Marcos – Va lá!? Eu prometo que a casa fica inteira!

Jéssica – Nem pensar! Da última vez que te deixamos fazer cá em casa uma festa, tu apareceste bêbado, e metade da minha loiça estava partida!

Marcos – Mas isso não irá voltar a acontecer. Prometo!

João – As tuas promessas já não resultam. Tu já prometeste tantas coisas que nunca fizeste.

O Marcos olhou para mim com uma cara de desespero.

Diana – Ok! Pai...Mãe! O Marcos nunca foi uma pessoa em que se pudesse confiar a casa, mas ele está a tentar mudar.

Jéssica – E isso quer dizer...

Diana – Que se alguma coisa acontecer com a casa que eu também serei culpada.

João – Tens a certeza que queres fazer isso? É a tua festa de aniversário que está em jogo.

Diana – Eu sei! Mas também sei que o Marcos quando promete sempre cumpre... Ok! Está frase saiu-me ao lado.

Os meus pais riram-se, depois olharam um para o outro e disseram.

Jéssica – Ok! Convenceram-nos. Poderão fazer a festa cá em casa. Mas com cinco condições. Primeira, não quero chegar em casa e vela toda desaromada e suja. Segunda, não quero que façam coisas impropriadas, se me faço entender...

Marcos e Diana – (Ao mesmo tempo) Nós entendemos.

Jéssica – Terceira, não quero bebidas alcoólicas, mas caso haja, quero que se livrem delas e não quero que as tuas irmãs bebam...

Diana – Isso é injusto!

João – És menor de Idade!

Diana – (Com um sorriso forçado na cara) Pois é!

Jéssica – Ok! E para terminar, a quarta condição é que a casa fique inteira e vocês também! E por fim quero-te de olho nas tuas irmãs, não quero que façam nada impropriado nem que bebam. Mas tu estás a ouvir-me?

Marcos – Claro, Mãe! Eu não irei deixar nenhum rapaz chegarem perto delas, nem pegarem em nenhum copo com álcool. Satisfeita?

Jéssica – Muito!

Diana – Ok! Vamos lá a ter calma. Ok? Pois eu vou falar.

O Marcos revirou os olhos e os meus pais ficaram com um sorriso na cara.

Diana – Em primeiro lugar, eu sei-me controlar quando bebo, em segundo lugar, eu fico com quem eu quiser pois sou uma rapariga difícil, ou seja, não é qualquer um que vem para cima de mim, e em terceiro lugar eu defendo-me, não preciso de guarda-costas.

João – Tens toda a razão! Tu és a nossa filha exemplar!

Marcos – Mas... mas...

Jéssica – Calado!

Eu sorri com um ar de malvada, depois conversamos mais um pouco até as 2 horas da manhã, depois fui para o meu quarto descansas, mas havia uma coisa que não me saia da cabeça. Era a minha primeira vez com o Tomaz que não me saia da cabeça.                                       Aconteceu tudo na última festa que o Marcos organizou cá em casa.

*Inicio do Flashback*

Tomaz – Oi!

Diana – Oi! Não devias de estar lá dentro com o Marcos?

Tomaz – Não! Ele está agarrado a uma menina e eu não quero interromper o que eles estão a fazer.

Diana – Ok! Muita informação!

Eu ri-me e ele também estávamos do lado de fora da casa, na parte da piscina.

Tomaz – E onde está o teu namorado? Não devias de estar com ele?

Diana – Não! Nós acabamos. Já fazes duas semanas.

Naquele momento veio-me as lagrimas aos olhos.

Tomaz – Meu Deus! Desculpa Diana, a serio!

Diana – Desculpa porquê? A culpa não foi tua.

E acabou por me cair a primeira lagrima.

Tomaz – O que aconteceu?

Diana – Nos fomos a uma festa, e eu fiquei conversando com as minhas amigas, fui a casa de banho e quando voltei, ele... ele estava beijando outra.

Tomaz – Di!

Diana – Quando ele reparou que eu estava lá, tentou-se explicar, mas eu não dei-lhe oportunidade, e... e dei-lhe um estalo e sai de lá.

Tomaz – Que idiota!

Diana – No dia seguinte ele veio a minha casa para se desculpar, mas o Marcos já sabia, portanto quando viu o Miguel, o Marcos não se controlou e andou ao soco. O que valeu foi o meu pai e o Cristiano que os separaram.

Tomaz – Eu estava de férias, por isso nem soube!

Ele abraçou-me e murmurou ao meu ouvido.

Tomaz – Vai correr tudo bem. Prometo-te!

Ele afastou-se um pouco e ficou a olhar para mim, e depois beijo-me. Eu não o afastei pois eu também queria o beijar há já muito tempo, eu acho que desde que o conheci.

Acho que ficamos nos beijando durante uns 3 minutos, até que ele parou.

Tomaz – Desculpa!

Diana – Porquê?

Tomaz – Eu... eu...

Beijei-o de novo.

Diana – Eu digo-te porque é que te beijei. Porque eu gosto de ti. E tu?

Tomaz – Di! Eu também gosto de ti desde o dia em que te conheci. Mas e o Marcos?

Diana – Deixa o Marcos. Agora somos só nós.

Continuamos a beijarmo-nos, e ele foi-me puxando para dentro de casa, acabamos no meu quarto. Não era que eu quisesse muito faze-lo, mas acabou por acontecer e foi com ele.       Acho que aquela festa foi a melhor da minha vida. Isto é claro até ao dia seguinte.                 Ele veio ter com o Marcos e quando chegou eu estava sentada no sofá com a Lili assistindo há um filme.

Tomaz – Di! Podemos falar?

Diana – Claro!

Fomos para a cozinha conversar.

Diana – E o que é que se passa?

Tomaz – Não pode haver nada entre nós.

Diana – E porquê?

Tomaz – Porque o teu irmão não iria aceitar. Ele não quer nenhum dos seus amigos namorando as suas irmãs. Por isso por mais que eu queira ficar contigo não posso.

Diana – Tu só podes estar de gozo comigo!

Tomaz – Desculpa!

Diana – Eu devia de saber que aquilo que estavas a falar ontem era tudo mentira. Porque raios irias tu ficar comigo. Afinal não passas de um mentiroso como os outros.

Sai de lá e fui para o meu quarto. Aquele dia foi oficialmente o pior da minha vida.

*Final do Flashback*



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