29. Eu prometo

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Diana - Nãooooooooooooooooo.

Quando cheguei ao pé do local onde estava uma mancha grande de sangue eu não queria acreditar quem era. Naquele momento eu queria morrer. O Marcos correu para dentro de casa e ligou para o INEM, eu corri para ao pé do corpo e peguei-lhe na mão.

Diana - (A chorar) Calma! Calma! Vai ficar tudo bem... eu prometo!

XXXX - (A chorar) Di... Diana! Estou... com medo!

Diana - Não estejas, eu prometo que vais sair desta, como sempre sais!

Começou a tossir sangue, e cada vez mais sangue deitava o buraco por onde tinha entrado a bala. Eu peguei no meu casaco que estava enrolado a volta da minha cintura, e pressionei no sítio da bala, para que não saísse mais sangue. O Marcos veio ter comigo e disse que o INEM já estava a caminho. Ele ajoelhou-se ao pé do corpo e seguro na outra mão. Começaram também a cair varias lágrimas dos olhos do Marcos. Os meus amigos, que ainda não sabiam quem tinha levado a bala, vieram ter connosco. Eles não queriam acreditar ao ver a Liliana deitada no chão todo ensanguentado. As meninas começaram todas a chorar e os rapazes baixaram a cabeça.

Liliana - Eu... eu...

Diana - Shiuuuuuu... Não digas nada! Os médicos já estão a caminho.

Liliana - Eu... eu não consigo aguentar... estou... estou muito fraca.

O Marcos olhou para mim com uma cara assustada.

Marcos - Eu não posso perder nenhuma de vocês!

Diana - E não iras perder!

Desviei lentamente o casaco que era branco, mas por causa daquele sangue todo ele acabou por ficar vermelho. A bala estava muito funda, e eu sabia que se ela continuasse lá que a Liliana não iria aguentar. Poderia ser se calhar a maior burrice que eu ira fazer, e se calhar a Liliana até poderia morrer por minha causa. Mas como eu não a iria deixa morrer nos meus braços tomei a decisão de ir a casa de banho do meu quarto buscar a minha pinça. Desci e fui ter com eles.

Marcos - Onde é que tu foste?

Diana - Marcos! Tu lembraste daquela vez que vimos num filme um médico a tirar a bala a rapariga?

Marcos - Lembro! Mas... mas tu não vais fazer isso! Não és médica, muito menos sabes fazer isto.

Diana - (Seria) Tens duas opressões! Ou ficamos aqui a espera do INEM e vemos a Lili morrer nos nossos braços. Ou deixas-me tentar-lhe salvar a vida! É só escolheres.

Ele olhou para a Lili e viu que ela já não iria aguentar muito mais tempo.

Marcos - Ok! Podes tentar. Mas se lhe acontecer alguma coisa, tu serás a culpada.

Diana - Não esperava outra coisa.

Marcos - O que precisas?

Diana - A pinça, já tenho! Agora só preciso que me venhas buscar, duas garrafas de água, algumas toalhas e algumas compressas.

Ele saiu e o Tomaz foi com ele.

Diana - Carlota?!

Ela veio a correr e ajoelhou-se do outro lado da Liliana.

Carlota - O que precisas?

Diana - Preciso que me ajudes a salvar a minha irmã.

Carlota - E irei ajudar.

O Colega Novo - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora