50. E dentro deste grupo não existem nem segredos, nem mentiras

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Jéssica – Nãooooooooooooooooooooooo!

Ouvi a minha mãe a gritar, o que me assustou. Corri até ao quarto da Diana e não podia acreditar.

A Diana estava deitada numa poça de sangue, ela tinha cortado os dois pulsos e estava de olhos fechados.

Jéssica – (A chorar) Não! Não! Nãooooooooo!

A minha mãe estava sentada no chão, e no seu colo estava a Diana, completamente sem reação. O meu pai chegou ao quarto e ficou na porta a olhar para a Diana e para a minha mãe com os olhos cheios de lagrimas.

Jéssica – (A chorar) Porquê? Estava tudo a correr tão bem agora. Porque é que fizeste isto, Diana?

Os paramédicos chegaram e logo levaram a Diana, também veio um médico ver a minha mãe, pois ela está grávida e este choque podia ter feito alguma coisa ao bebé.

Jéssica – PAREM! PAREM! EU QUERO IR COM A MINHA FILHA.

A minha mãe gritava para a largarem. A Tia Mimi tentava acalmar a minha mãe e o meu pai tinha ido no INEM com a Diana. Eu estava completamente destroçada, será que a Diana tinha feito aquilo por causa do que ela fez? Ou será que fez aquilo por causa de eu ter saído do seu quarto sem dizer nada? A Verdade era que eu não sabia já mais o que fazer, se contar agora para os meus pais o que realmente tinha acontecido naquele quarto, ou se simplesmente ficar quieta no meu canto. A Tia Mimi mandou-me para o meu quarto e eu obedeci. A Bianca e o Francisco não estavam em casa pois tinham ido passar um tempo com o seu pai, que vive em Buenos Aires. Quando estava a passar em frente ao quarto do Marcos vejo-o sentado no lado da cama no chão, este também sem reação.

Lili – Marcos? Marcos?

Marcos – Diz.

Ele olhou para mim e depois abraçou-me. Neste momento nós tínhamos de estar para a família.

*Liliana Off*

Ok. Agora o que realmente aconteceu.

Depois da Liliana sair do quarto eu não aguentei aquela dor que estava a sentir no meu peito, foi quando vi uma pequena lamina em cima da secretaria, peguei nela e devagar fui espetando-a no meu pulso, sentei-me no chão e comecei a furar ainda mais fundo. Quando acabei de furar os dois pulsos comecei a ver tudo andar a volta, a minha visão ficou destorcida, até que ficou tudo preto.

Ai vocês já sabem o resto, os paramédicos vieram, o meu pai foi comigo e a minha mãe ficou a ser assistida por um médico em casa.

Agora o que aconteceu depois de chega-mos no Hospital.

XXXX – Frequência cardíaca?

XXXX – 70 por minuto.

XXXX – Quero está menina já para dentro de uma sala operatória. É nova de mais para morrer já.

XXXX – Intendido Doutora.

João – Doutora?

Doutora – Sim?

João – A minha filha... vai sobreviver?

Doutora – Tal como eu disse. Está menina é nova de mais para morrer. Se depender de mim vou salvar a sua filha. Mas para isso preciso que ela colabore comigo.

João – Intendi.

Doutora – Sabe o motivo de ela ter feito isto?

João – Não. Estava tudo bem até...

O Colega Novo - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora