Capítulo 45 - Ligados

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Oi gente! Sim, eu voltei!
Me desculpem por esse transtorno de ficar meses sem postar, mas a minha vida ficou uma loucura. O ENEM está chegando e tudo o que venho fazendo ultimamente é enfiar a cara nos livros. Então, por favor, me perdoem. Agora que as férias chegaram e o ritmo abrandou um pouquinho, vou fazer o máximo para postar mais capítulos.

Esse aqui eu considero um dos mais importantes da história. Espero que gostem!

Não se esqueçam de votar e deixar sua opinião nos comentários.

Um beijo!

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Violet, Kota e Declan Velásquez

Ele a viu dobrar uma folha grande repetidas vezes, até que o papel se tornou um pequeno e gordo pedaço, para em seguida guardá-lo no cós da calça, o formato sendo delineado pela blusa fina de cetim. Perguntaria a ela o que significava aquilo, mas preferiu guardar para depois.

Velásquez raspou as botas de couro no chão de pedra, olhando para o teto escuro e para o corredor sem iluminação e com cheiro de poeira diante dele.

-- O que é aqui? -- Perguntou Kota

-- Passagens -- respondeu o general. -- Estão por todo o Palácio. Foram construídas séculos antes, antes de a Guerra Civil começar. Era uma rota de fuga para a família real caso o Palácio fosse invadido. Não aconteceu e, depois disso, foram esquecidas.

-- E como você sabe sobre isso? -- inquiriu Violet.

-- Fui o general do Rei Magnus. Tudo que dizia respeito à segurança dele interessava a mim.

Violet virou os olhos com ironia, mordendo a língua para não soltar um pouco de veneno.

-- O que Gisele poderia querer com passagens abandonadas?

Velásquez franziu os olhos para Violet, como se ele soubesse que, de alguma forma, a duquesa tinha informações a mais. Felizmente, a luz vinda do quarto deixava suas feições escondidas, de forma que o General não a viu engolir em seco.

-- Garanto que vou descobrir.

***

Eles andaram por horas. Era estranho o silêncio forçado entre eles. Até mesmo Violet, que Kota pensara que reclamaria por ter que andar pelas passagens, permanecia quieta, atrás do grupo composto pelos dois homens e mais um conjunto de cinco guardas. A cabeça do ruivo doía fortemente e o sangue seco na têmpora esquerda incomodava, mas ele se recusou a deixar Violet seguir sozinha cercada de homens que não conhecia e, por mais que tentasse negar, a verdadeira razão que o levara até ali é a possibilidade de aquela ser a pista de Gisele para eles. Kota pensara ser capaz de decifrar a princesa da Espanha, a garota que o inundou com amor e abalou o seu mundo, mas a ilusão caiu por terra quando percebeu a realidade, em que Violet salvava o dia, afinal de contas, e não ele.

Os túneis eram estreitos, e em situações periódicas eles davam para uma câmara circular, onde várias outras passagens eram reveladas. Não havia instruções ou qualquer outra coisa que pudesse indicar o caminho, de forma que o grupo andava às cegas. Violet observou o general à dianteira, concentrado em analisar cada centímetro de pedra, como se elas contassem um segredo. Todos pareciam perdidos em pensamentos, ou estavam incomodados demais para falar alguma coisa. A garota prendeu a lanterna que segurava entre os dentes para conseguir pegar a planta de Amélia. O desenho do cais mudava à medida em que ela o ajustava à luz, linhas se sobrepondo às outras, formando novos desenhos. Ela traçou o caminho que fizeram até ali através das linhas do mapa. Descida íngreme e reta, passagem da extrema direita e depois a da esquerda, duas vezes seguidas.

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