Capítulo 10 - Rota de Fuga

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A sorte às vezes não está ao meu favor.
Estávamos na metade do caminho quando os meus olhos começaram a fechar. O céu se tornara completamente escuro, com nuvens cinzentas cobrindo todos os astros do cosmos.
Não havia o que falar. Steve conduzia a limusine pelas rodovias tranquilas, Kota olhava pensativamente pela janela, e eu descansava a cabeça em seu ombro. Eu cedi a exaustão de ficar remoendo a última hora em minha mente, e a deixei divagar. Tudo estava tranquilo, em paz, até as luzes chegarem.
Aconteceu em menos de um minuto. Uma SUV passou a locomover-se atrás da limusine, perto demais. Kota olhou para trás, para em seguida pedir a Steve que acelerasse. A limusine saiu em disparada pela rodovia, porém a SUV manteve o ritmo, sem ficar para trás.
-- O que está acontecendo? -- todo o meu sono se dissipou no ar, e o pânico começou a se instalar no meu ser, vivo.
Kota soltou o meu cinto e me levou para a parte da frente da limusine, próxima de Steve.
-- Fique abaixada-- ordenou.
Eu me encolhi contra o banco de couro, enquanto Kota voltava para olhar para janela à procura da SUV. Porém tudo havia voltado ao normal. Sem nenhum sinal do carro que estava nos perseguindo. A limousine seguia solitária na rodovia, mas eu não me convenci disso.
-- Kota...? --sussurrei. Algo estava errado, podia sentir. Kota continuou a procurar a SUV Preta, como se não estivesse me ouvindo. Por fim, ele se moveu até o interfone e chamou Steve.
-- Você consegue ver?
-- Não ,senhor. Eu acho que...
E o inferno começou. Um par de faróis chegou cada vez mais perto da limousine, em uma velocidade absurda. O carro acelerou ainda mais, ficando lado a lado com a limousine. A fim de ver o motorista, eu me ergui em um súbito e infeliz momento, exatamente quando o motorista da SUV jogou seu carro para cima do nosso, fazendo a limousine sair da estrada, e começar a capotar.
Um grito ficou preso na minha garganta enquanto eu era jogada de um lado para o outro dentro da cabine, tentando desesperadamente me segurar em alguma coisa. Achando que nunca iria acabar, fechei fortemente os olhos.
E então, paramos.
A limousine se instalou de cabeça para baixo, e eu caí em cima dos cacos de vidro que antes eram as taças e o champanhe. O meu corpo inteiro doía e, quando levantei a cabeça, uma forte dor me atingiu, fazendo com que pontos negros surgissem em minha visão. Não via Kota em lugar algum.
-- Kota. -- tentei chamar.
E meu mundo mergulhou na escuridão.

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E eu voltei ! Yeah!!
E por quê? Porque vocês me pediram muito e formou-se uma nuvem de criatividade em cima de mim. E não parava de chover.
Este capítulo ficou pequeno, sim. Porque eu sou má. E não teria todo o efeito que eu queria se fosse maior.
Enfim. Espero que gostem.
Espero também que não me matem, haha.
Em breve tem capítulo novinho para vocês...
Comentem, votem, e... Ah, vocês sabem o resto.

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