Capítulo 08- Bônus!

976 52 5
                                    

E eu voltei! Hahaha
Finalmente consegui terminar as revisões do capítulo!
E digo-lhes: não foi nada fácil.
mas agora chega de conversa e aqui está a surpresa *-*
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Kota P.O.V

Quando Gisele me aceitou, eu pensei que iria explodir em felicidade. Fiquei tão radiante que poderia estar parecendo um adolescente idiota, apesar de ser longe disso. Mas nunca imaginei que o amor poderia ser tão bom. Se me contassem que eu estaria assim um mês atrás , não acreditaria.
Desde de ontem, quando voltei para casa, não há um segundo em que eu não pense nela. No sorriso, nos olhos, em seu modo de ver o mundo. Gisele é uma garota fascinante. Me pergunto se ela tem alguma noção do quanto é maravilhosa.
Mas não foi por isso que voltei.Precisava cancelar o casamento e avisar à família Lavinsk antes mesmo que retornassem, assim não poderiam fazer um estrago tão grande, o que não os impediria depois. São perigosos, não aceitam desaforos. Mas eu também não desistiria de Gisele por causa disso.
Meus dedos titubeavam na mesa de mogno polido, enquanto eu pensava no que dizer.
"Violet, o casamento está cancelado,Porque eu amo a Gisele."
Idiota.
Estava ali a horas e não houve nada em minha mente que pudesse me dar uma Luz do que seria a coisa certa a dizer. Eu também nem sabia o que fazer. Estava tão desesperado para falar com Gisele que eu nem pensei no que aconteceria depois. Eu nem mesmo teria falado com a minha irmã, se ela não tivesse me interceptado. America podia ser várias coisas, mas burra com certeza não era uma delas.
Eu queria levar Gisele para o Castelo, mas fiquei com medo de que ela achasse que tudo estava acontecendo rápido demais. Nunca estive com uma mulher por tempo suficiente para reparar no modo como elas agem. Mas de qualquer forma, Gisele não segue esse padrão. Contudo, outra questão me atormentava: e se os Lavinsk a expulssassem da mansão por ela supostamente ter pego o lugar de Violet?
Era isso. Iria busca-la.
Meus dedos discaram o número de oito dígitos. Apenas três toques para a voz rouca de Edmund Lavinsk soar do outro lado da linha.
-- Kota? Algum problema. -- Droga. Ele sabia que era eu pela identificação do telefone.
Tentei soar o mais razoável possível, porém sério.
-- Senhor Lavinsk, er... Sim. Eu creio que tenhamos um problema.
A linha do outro lado ficou muda, e após alguns instantes resolvi continuar.
-- Não posso me casar com sua filha. -- suspirei-- Nesse último mês eu pude perceber isso. Meu coração pertence a outra pessoa, é não acho que isso seria justo com nenhum de nós três.
Eu me agarrei à mesa de modo que as juntas dos meus dedos ficaram brancas. Edmund sempre foi um homem honesto e justo. Esperava que essas qualidades o influenciassem agora.
-- Como está a minha Gisele? -- ele perguntou. Pude captar carinho no modo como ele pronunciou o nome dela. -- Acha que ela vai se adaptar bem?
Meu Deus! Como ele sabia? Ugh, esse homem é bom.
-- Ela está bem, e irei fazer de tudo para mantê- la confortável, senhor.
Ele ficou em silêncio por alguns instantes, e eu o imaginei avaliando toda a situação.
-- Está bem, Meu filho. Eu apoio a sua decisão-- ele diz, por fim -- Mas não posso dar essa notícia a Violet. Você deve faze-lo pessoalmente. Não acha que seria justo?
-- Sim, senhor.
-- Certo. Tenho uma reunião agora. Voltaremos em cinco dias dias. Até lá, Kota.
-- Senhor- - me despedi.
A linha ficou muda e me permiti suspirar de alívio. Agora só precisava dar a notícia a Violet. E eu temia irracionalmente por isso.Confesso que esperava que Violet atendesse, assim poderia acabar com tudo de uma vez, mas como Edmund disse, Não era Justo.
Com um suspiro, levantei da poltrona reclinável e deixei meu escritório . Minha mente estava cheia, mas ao mesmo tempo em branco. Não queria conversar com ninguém, a não ser Gisele. O que eu realmente desejava era tê-la em meus braços. Mas também não acho que seria muito viável. Maxon me contou que America lhe pedia tempo constantemente, para que ela pudesse assimilar seus sentimentos. E eu não sei porque, mas vejo um pouco da America na Gisele. Então resolvi dar-lhe esse tempo. O dia em que os Lavinsk voltassem seria também o dia que Gisele conquistaria sua liberdade. Eu quero dar o mundo a ela.
Quando me dou conta, meus pés me levaram ao meu estúdio, repleto de esculturas inacabadas. Os meus materiais estavam espalhados pela mesa, e papéis com projetos rodeavam cada canto da sala.
Eu organizei os papéis na escrivaninha, e enfilerei minhas ferramentas ao lado do Grande bloco de mármore em cima da mesa principal, me pondo a trabalhar.
Minhas mãos se movimentavam de forma automatica, enquanto minha mente divagava, tentando decifrar como eu cheguei até aqui. America se tornou rainha, fui para o Castelo, Fiquei noivo de Violet, conheci Gisele...
O martelinho ficou suspenso no ar quando percebi que havia terminado. Três dias exaustivos esculpindo, mas me sentia como se estivesse em outra atmosfera, o espaço de tempo completamente alterado.
Ofeguei quando vi o rosto tão familiar no mármore branco.
O rosto delicado de Gisele ganhara uma expressão terna. O cabelo ondulado emoldurava-lhe a face e seus olhos traziam uma paz angelical. A linha fina do queixo era tão delicada como a própria Gisele. Acho que nunca fiz algo assim antes. Meus dedos tocaram a maçã do rosto levemente destacada.
Uma sequência de barulhos vindo do andar debaixo chamaram minha atenção. Saí apressadamente do estúdio, parando apenas para pegar a arma que guardava na cômoda da parede ao lado da escada. Desci as escadas de dois em dois degraus, fazendo o máximo de esforço para não provocar ruídos e chamar a atenção de quem quer que estivesse lá. Fiquei surpreso quando encontrei a porta principal de vidro quebrada, e, em meio aos cacos , uma pedra.
Me aproximei com cautela, atento para ver se quem quer que fosse que fez isso ainda estava por perto. Por fim, abaixei-me e peguei a pedra.
Ela tinha um peso incompatível com o seu tamanho, -- pesada demais para uma pedra relativamente média-- e um bilhete em papel cor de pergaminho pregado a ela. Retirei o bilhete e o virei em meus dedos. Não havia nada escrito, apenas um esboço de um brasão, que eu não consegui reconhecer.
Abri o bilhete, e isso foi o suficiente para a pedra mergulhar em direção ao chão, fazendo os cacos de vidro se espalharam ainda mais.
" Estou chegando. Ela é minha."

EncontradaOnde histórias criam vida. Descubra agora