Amor Inimigo 🎶 ( CONCLUIDA )

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(Antes de começar este capítulo, quero deixar claro que NUNCA estive presente em um julgamento. Então não sei como funciona.)
Capítulo dedicado a Rayssa, que fez niver onteeeem ❤

Marcela Narrando:

Chegamos no tribunal, e encontrei alguns colegas de serviço. Conversei um pouco e peguei um café pra mim. Não deixei de reparar que a Tuany estava muito nervosa, não parava de tremer a perna, ela esfregava as mãos no rosto, fechava os olhos. Aquilo já estava me dando nos nervos.

_ Tuany, calma. Vai dar tudo certo. - Falei baixo.
_ To com muito medo - Ela suspirou.
_ Confia em mim. Mas antes de tudo, confie em Deus - Apontei o dedo pro alto.
_ Marcela, o Dodo era a pessoa que mais te odiava no mundo. Mas por favor cara, não desconta isso - Ela Riu.
_ Oshi, nem lembro dessas coisas - Falei e Rimos irônica.
_ Quem diria. Você aqui comigo, me dando forças, e daqui a pouco vai lá, defender meu homem - Balançou a cabeça negativamente.
_ A vida é engraçada demais - Falei jogando o copo descartável no lixo.

Fui até o banheiro, retoquei o meu batom, ajeitei meu cabelo, fiz xixi e voltei pra sala de espera.
Quando cheguei na mesma, vi a Tuany em um abraço super apertado com uma mulher loira. A Tuany chorava e a outra apenas consolava.
Elas desfizeram o abraço e então a Loira me olhou. Seus olhos fixaram em mim, e eu senti uma sensação horrível.

_ O que essa vagabunda está fazendo aqui ? - Falou baixo entre dentes.
_ Opa, quem é você ? - Arqueei a sobrancelha.
_ Carol, eu nem tive tempo de falar. A Marcela, ela é advogada do Dodo - Tuany Coçou a nuca.
_ Oque ? - Deu um grito.
_ Gente, o que tá acontecendo? Quem é você ? - Me aproximei.
_ Tu tá doida é? - Colocou as mãos na cintura.
_ Carol, ela perdeu a memória. Depois que você foi embora aconteceram tantas coisas. Você sumiu. - Tuany gesticulou.
_ Sumi não, essa daí que se meteu com meu homem - Falou. E finalmente minha ficha caiu, era a tal mulher do Alex.
_ Nossa, que situação - Passei a mão no rosto.
_ Você acabou com a minha vida - Falou.
_ Podemos conversa depois da audiência? - A medi.
_ Eu não tenho nada pra falar contigo - Disse em tom de grosseria.
_ Mas eu tenho. - Falei.

Ela não me respondeu. Apenas se assentou ao lado de Tuany e eu fiquei em pé, andando de um lado pro outro, diante de toda aquela situação.
O relógio marcou 13:45 e a porta da sala foi aberta.
_ Vai lá, e reza por nós - Segurei a mão de Tuany.
_ Pode deixar, estarei transmitindo boas vibrações. Boa sorte pra vocês - Me apertou em um abraço e elas entraram.

Entrei pra sala onde ficavam os advogados. O nervosismo tomava conta de mim. Que dia cheio de surpresas, não sei nem se estou preparada pra atuar nesse julgamento.
Bateu 13:55 e um policial abriu a porta da sala, que dava na sala onde seria a audiência.
Respirei fundo, peguei a minha pasta e fui saindo, sem olhar pro lado. Olhando sempre reto, mas mesmo olhando fixamente pra frente, eu conseguia perceber de banda o quanto estava lotado. Ouvi alguns cochichos, mas cochichos baixos.

Me sentei onde era o meu lugar e então o Juiz deu ordem para que entrassem com ele.
A porta se abriu, meu coração acelerou tanto, que cheguei a pensar que iria saltar para fora. Logo saíram dois policiais e atrás deles, surgiu ele, de cabeça baixa, atrás dele, mais dois polícias.
Ele levantou a cabeça e olhou em minha direção. Seus olhos se arregalaram tanto, que pareciam pular pra fora.
E em seus lábios conseguir ler um " Você? " ele continuo caminhando sendo guiado pelos policiais, mas seus olhos estavam presos em mim.

Colocaram ele de pé ao lado da cadeira que seria pra ele e então o Juiz se colocou de pé também, eu fiz o mesmo, e todos naquele tribunal.

_ Comece assim abertos os trabalhos de ação Penal Subsidiará da Pública, processo nº 1788. Onde o réu Douglas da Silva Machado é acusado por tráfico ilegal de drogas. Passo a palavra a advogada de defesa para que ela apresente suas alegações orais pelo tempo de 20 minutos. Com a palavra a defesa. - Falou o Juiz.