Capítulo 2

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- Eu vou mostrar ao senhor o que é ser agressiva! – ergueu o tom de voz e deu um tapa no rosto do homem. Este ergueu o braço para bater em Bruna e parou. – Vai, bate se o senhor tem coragem! – o olhou desafiadora, o nariz empinado. Parecia aqueles galos de briga, dando a cara a tapa. - Senhora Santos e senhor Martinez, controlem-se! - Desculpe-me dona Olívia – Bruna soltou o ar pela boca, afastou-se do homem – Esse senhor...- apontou para o homem. - Essa mulher é louca! Completamente desequilibrada... – ele falou com raiva, Bruna deu dois passos se aproximando novamente, ergueu o joelho e bateu em seu membro. O homem dobrou o tronco com a mão sobre o membro o protegendo. - Mulherzinha petulante! – falou a mulher do Senhor Martinez. Bruna deu um sorriso sínico a ela. - Senhora Santos, por favor, controle-se. - Mais uma vez, desculpas. – sorriu para a diretora, lançou um olhar gélido a cada um dos pais que estavam na sala e parou ao lado do filho – Do que falávamos? – sorriu falsamente. - Como eu lhes disse, as crianças se envolveram em uma briga. Bruno Martinez, Raul Lopes Palácios e Théo Maia Santos... Eu gostaria de saber de cada um deles o que aconteceu... - Eu e o Raul estávamos brincando quando o Théo – apontou para o menino – pediu para brincar com a gente. Eu não deixei porque era uma brincadeira para duas pessoas e aí ele nos bateu... – falou dengoso.

Bruna apertou as duas mãos na alça da bolsa. Tinha absoluta certeza de que aquele menino estava mentindo. Théo não agredia nem a uma mosca, e se fez, algo muito grave aconteceu. Seu instinto maternal dizia que tinha algo muito forte para que agisse de tal forma. - É mentira! – Théo gritou, pulando da cadeira ficando em pé. – Você me chamou de... – se calou. Discretamente um dos meninos o ameaçou fazendo um sinal de briga. - De que o menino lhe chamou meu amor? – Bruna pediu carinhosa, enxugou a lágrima que caiu no rosto do filho.  - Me chamou de... – o pequeno olhou para os meninos, depois para a diretora e por último para a mãe. – de burro... Eu fiquei bravo e bati neles... – falou o final quase em um sussurro e baixou a cabeça, não poderia olhar para a mãe, pois ela saberia que ele estava mentindo. - Eu disse que era inocente pai! – Bruno falou convencido. - Esse...- pausou, olhou para Bruna que trincou os dentes e ele achou melhor não desafiar aquela mulher, não gostaria de receber um chute em seus documentos como o outro – Essa criança merece ser afastada da escola... - Eu pago muito caro para que meu filho tenha um bom estudo e segurança nessa escola! Também exijo que esse menino seja expulso! – a mulher arrogante se pronunciou mais uma vez. Bruna controlou a sua vontade de voar no pescoço dela. - Eu também pago muito caro pra manter os meus filhos aqui... Tenho os mesmos direitos que vocês. E bem, acho que se os dois insultaram meu filho, também devem merecer o mesmo castigo... – Bruna falou decidida. Iniciou-se uma discussão entre eles, um falava mais alto que o outro. A diretora chamava e ninguém ouvia. Ela então subiu em sua cadeira e apelou para um grito. - SENHORES! – a diretora Olívia gritou, um silêncio pairou na sala – Podemos entrar em um acordo?

Eu nasci para amar você (2º temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora