Capítulo 4

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Ao término das aulas daquele dia fui para casa de ônibus na companhia apenas de Connor, já que Jeff apareceu na escola para buscar Mandy e os dois saíram para seu fim de semana em Detroit. Chegando lá, avisei minha mãe da festa. Como de costume, ela não se opôs.

As festas na casa de Bob Russell eram famosas. A casa era muito grande, com cinco quartos e muito espaço para todo tipo de diversão. Sem falar que eles tinham um quintal com uma piscina enorme. Mesmo com o outono chegando naquela época do ano, a festa se daria em maior parte na piscina, mas com certeza Connor iria me arrastar para um dos quartos.

Pela primeira vez desde que comecei a transar com Connor eu estava ansiosa por ir para a cama com ele. A idéia que Mandy tinha me dado de pedir que ele fizesse sexo oral em mim me deu uma nova esperança de gostar de sexo. Então, para aquela festa em especial, eu me produzi mais do que o normal.

Vesti uma blusa tomara-que-caia preta, uma saia dois dedos acima do joelho, também preta, e um par de botas pretas de cano alto que eu tinha comprado com o dinheiro que papai me deu da última vez que tinha ido para casa. Em especial para Connor, coloquei uma lingerie vermelha que fez com que eu me sentisse, admito, muito sexy.

Caprichei no penteado, deixando meus cabelos marrons soltos. Coloquei um par de brincos prateados com detalhes de pedras vermelhas, passei um batom escuro, mas não extravagante, uma maquiagem leve para acompanhar e umas pulseiras marrons, quase da cor do meu cabelo. Me olhei no espelho quando estava pronta e me achei incrivelmente linda.

- Julliene Agatha Mitchell, você está arrasando – falou minha mãe ao me ver, me deixando totalmente sem graça.

- Obrigada, mamãe.

Ela me olhou de cima a baixo.

- O que foi? – perguntei.

- Você já é uma mulher... Espero que seja tão madura quanto uma quando o assunto é... Você sabe!

Eu sabia que ela estava se referindo á sexo.

- Com certeza, dona Lorraine! Sempre!

- Então divirta-se, meu amor – ela veio até mim e me deu um beijo no rosto – a que horas você volta?

- Umas onze, eu acho.

Ouvi a buzina do carro do pai de Connor e olhei no relógio para ver a hora. Seis e meia. Com um beijo me despedi de mamãe e peguei minha bolsa.

Assim que abri a porta, vi meu namorado de pé ao lado do carro. Ele estava vestindo uma jaqueta azul, uma camiseta branca, uma calça jeans básica e tênis brancos. Seus cabelos pretos estavam bagunçados, como ele gostava de usar.

Olhei para ele, mas ele estava de lado, não viu quando saí de casa. Ele estava olhando desconfiado para o outro lado da rua, em direção á casa do professor Vercetti. Olhei também e vi que meu vizinho estava passando um pano em seu Maverick. Estava usando uma bermuda preta, uma camiseta também preta com o desenho branco de uma moto e com os cabelos penteados elegantemente de lado, sem o seu típico boné.

Caminhei lentamente até Connor, que fitava Barry intrigado.

- O que foi, amor? – perguntei.

- Esse é o cara que você falou mais cedo?

- Sim, meu novo vizinho. Por quê?

- Nada não... Só queria saber quem era mesmo...

Ele parou de olhar para o vizinho e olhou para mim.

- Vamos nessa? – perguntou ele me dando um beijo e abrindo a porta do carro para mim.

Eu nunca tive problemas com auto-estima, mas naquela noite em especial eu tinha me preparado tanto, me produzido com tanto carinho que esperava ouvir alguma coisa, mas Connor não disse nada. Confesso que fiquei um tanto desapontada, mas não deixei aquilo me desanimar.

Uma Rosa Para BarryOnde histórias criam vida. Descubra agora