Opaaaaa! Olha quem apareceu! Tudo bem, galera?
Foi mal pelo atraso nas postagens, mas muita coisa aconteceu desde o último capítulo e isso me atrapalhou um pouco... Atrapalhou muito, na verdade, mas enfim...
Meu segundo filho nasceu, Isaque Luiz, e um recém nascido é tipo trabalho pra caramba rs, mas eu estou muito feliz 😃😃😃
Vou tentar manter um ritmo de postagem, conforme for possível.
Dedico esse capítulo pra MaySabatini, que dia 21 de dezembro me deu meu terceiro maior presente da vida!
É isso, espero que gostem!
Abração!************
Acordei com mamãe colocando uma coberta sobre mim. No susto, acabei me levantando. Ela pediu desculpas por me acordar, mas foi bom ela ter me acordado, afinal estava quase começando a anoitecer.
Ainda sonolenta e me sentindo pesada pelas três fatias da Lasanha Vercetti que comi no almoço, fui até o banheiro e tomei um banho quente. Quando saí fui para meu quarto ligar para Barry, mas o telefone deu ocupado. Então conferi meus deveres da escola da manhã seguinte e, com tudo certo, deitei na cama e fiquei trocando mensagens com Mandy.
Acabei pegando no sono de novo por volta de nove da noite. Acordei ás cinco e meia e me levantei. Adiantei o café para mamãe e, assim que ela acordou, comemos juntas.
Às sete e meia fui para a casa de Barry. Como de costume, ele já estava terminando de arrumar as coisas no carro.
- Bom dia – falei quando entrei na garagem.
- Oh, bom dia, Jullienne – respondeu ele com um sorriso – como passou a noite?
- Mais ou menos – falei com tom de desânimo – tentei te ligar á noite, mas deu ocupado, fiquei frustrada por não falar com você...
Barry abriu um sorriso e coçou a barba, sem graça. Lindo!
- Eu estava falando com Lou, pedindo pra ele... Fazer algumas coisas pra mim antes de vir pra cá.
- Ah, ta... – respondi conformada.
- Você pode me ajudar com uma coisa aqui dentro, por favor? – ele pediu me apontando a porta lateral.
Segui ele porta adentro e, quando entramos em sua casa, ele se virou para mim, me abraçou com ternura e me deu um beijo longo e amoroso que me tirou o chão. Quando nos separamos eu olhei para ele e sorri confusa:
- Ajuda?
- Na verdade só queria te dar um beijo desses desde ontem e não pude, então... – ele terminou com uma careta apaixonante e coçou a barba, o que o deixou ainda mais atraente.
- Nesse caso eu também preciso de sua ajuda – falei e o puxei para outro daqueles beijos incendiadores.
Com minhas partes íntimas pegando fogo e meu cérebro necessitando urgentemente de oxigênio, nos separamos e voltamos para a garagem. Lá, entramos em Bret e ganhamos as ruas de Spring Valley em direção à Kingsland.
- Então amanhã está tudo certo para irmos à Rochester? – perguntou ele.
- Sim, com certeza. Minha mãe vai trabalhar o dia todo e não tenho pressa para chegar em casa – terminei com um sorriso e segurando seu braço de maneira discreta.
- Gostei disso... Assim podemos lanchar em Rochester sem pressa, eu gosto muito de uma lanchonete chamada Culver's, eles servem um hambúrguer sensacional... E fica perto da Michael's, a loja que iremos.
- E é em Rochester – completei com um sorriso – podemos ficar um pouco mais á vontade, não é?
- Gostei ainda mais disso...
Ele pegou minha mão e, sem se preocupar se alguém estava vendo alguma coisa, levou aos lábios e a beijou rapidamente. Como se eu precisasse daquilo para pegar ainda mais fogo!
Chegamos á escola rapidamente e nos despedimos cordialmente. Fui para a aula e o dia passou rápido. Consegui me sentar longe de Connor nas aulas que ele tinha comigo e perto de Mandy nas aulas que eu tinha com ela. Meu ex ainda estava com aquele gesso enorme no braço, mas agora estava todo rabiscado.
Como Barry tinha antecipado, a senhora Oxford passou em todas as salas para avisar das atividades. Muitos alunos gostaram da ideia, pois com excessão do time de futebol da escola, o Kingsland Knights, nada era oferecido aos alunos. Aquelas aulas supririam uma grande necessidade.
Ao término das aulas fui direto para o estacionamento, onde esperei pouco mais de dois minutos esperando meu namorado chegar. Entramos em Bret e voltamos para casa.
Como Barry não podia carregar peso, entrei na casa dele levando sua bolsa, que confesso estava leve como uma pluma, e nos beijamos novamente antes de eu voltar para minha casa.
O restante da segunda-feira passou normalmente, apesar de eu ter um pouco mais de serviço em casa, já que mamãe trabalhou muito naquela semana, eu tinha que ajudar. Porém, consegui ajeitar tudo bem rápido e pude fazer meu dever de casa sem pressa, com tempo ainda para ligar para Barry e conversar com ele um pouco antes de dormir.
Na terça-feira eu acordei empolgada, afinal, iria com meu namorado para Rochester depois das aulas. Pensando no fato de que iria passar um tempo a sós com Barry, caprichei no visual e passei uma maquiagem leve, afinal eu não era espalhafatosa.
Tomei café com mamãe e tive que aturar ela tirando um sarro da minha cara por eu estar muito produzida para ir para a escola. Não que ela não soubesse que eu iria passar um tempo com Barry, mas acho que brincar com a situação foi uma forma que ela achou de tentar aceitar com mais facilidade.
Depois do café fui até a casa de Barry, onde nos cumprimentamos e nos beijamos como de costume antes de irmos para a escola. No caminho ele me elogiou, o que me deixou animada e sem graça ao mesmo tempo. Retribuí o elogio e fiquei ainda mais ansiosa por irmos logo para Rochester.
Passei as aulas empolgada conversando com Mandy quando possível, falando sobre o passeio que faria á tarde. Ela pareceu se empolgar tanto quanto eu. Eu amava a maluca da minha amiga.
Assim que as aulas acabaram fui para o carro e fiquei esperando. Diferente dos outros dias, tive que esperar um pouco mais.
- Desculpe a demora – disse ele assim que entramos em Bret – fui pegar os dados da escola com a senhora Oxford, assim eu faço as compras em nome da escola e tenho reembolso do que eu for gastar.
- Sem problemas – falei sorrindo.
- Normalmente é a escola quem compra os materiais, mas como as aulas vão começar logo, eu me ofereci para ir á Rochester e comprar tudo.
- Sim, você é um gênio – falei no automático.
Quando me dei conta do que tinha dito olhei para Barry e ele estava olhando para mim e sorrindo. Fiquei sem graça e escondi o rosto atrás do cabelo.
- Eu já te disse isso hoje de manhã – falou ele – mas hoje você está ainda mais linda que de costume.
Corei de novo.
- Obrigada... E se eu disser que fiz isso pra você?
Ele arqueou uma sobrancelha e sorriu aquele sorriso de canto que me fazia querer morder ele todo:
- Para mim? Nossa, assim eu vou ficar me achando...
Ri da brincadeira dele e me inclinei na sua direção, beijando seu rosto, já que estávamos á essa altura saindo de Spring Valley.
- E então... – falei mudando de assunto – Lou e May chegam que horas amanhã?
- Eles vão pegar o vôo no JFK depois do almoço, devem chegar aqui por volta de quatro ou cinco horas da tarde... Inclusive nós vamos sair para comer pizza á noite, vê com sua mãe se você pode ir com a gente.
- Vou falar com ela, mas acho que ela vai deixar sim.
- Ótimo! – ele sorriu.
Então me lembrei do que ele tinha dito para minha mãe sobre o jogo de sábado, que eles iriam no carro de Lou. Estranhei, já que ele viria para Minessota de avião.
- Você disse que eles vão pegar um vôo?
- Sim, eles sempre vêm pra cá de avião.
- Mas você disse pra mamãe que vocês vão para Saint Paul no carro de Lou... Aquela BMW branca, não é?
Barry riu e coçou a barba:
- Lou tem uma BMW branca em Nova York. Quando vem pra cá ele aluga um carro no aeroporto. Coincidentemente é sempre uma BMW branca, o mesmo modelo da que ele tem em casa...
- Entendi – respondi sorrindo.
- Quando eu morava em Los Angeles ele sempre fazia isso, ia de avião e alugava um modelo de carro igual ao que ele tinha, então acabei me acostumando a chamar de carro dele, mas na verdade é alugado... Apesar de ser igual ao dele... – ele terminou com um sorriso confuso.
- Inteligente da parte dele – observei.
- Excêntrico da parte dele, você quis dizer – ele riu – mas é uma forma de se evitar desconforto ao dirigir um carro alugado. Eu não posso me dar a esse luxo, por exemplo.
- Por que não?
- Não acredito que exista uma empresa de aluguel de veículos que tenha um Maverick 1977 para alugar...
- É, faz sentido – sorri – e quanto á sua casa, já ta pronta pra receber eles?
- Não, mas isso é coisa rápida. Eles vão ficar no escritório, que é também quarto de hóspede..
- Isso me faz pensar em uma coisa – falei enquanto estávamos chegando à Racine – sua casa tem três quartos, um no andar de baixo e dois no andar de cima, não é?
- Correto.
- Por que você escolheu o quarto do andar de baixo?
- Eu deixei o andar de cima como uma espécie de ambiente profissional. Um dos quartos é o meu ateliê e o outro é o escritório, onde tenho meu computador, meus arquivos, documentos das lojas... Quando entro lá é pra trabalhar, por assim dizer, resolvo os problemas por e-mail da loja, analiso fotos, comparo orçamentos... E o ateliê... Bem, é o meu ateliê, estou lá só pra pintar mesmo.
- Faz sentido, eu acho...
- Faz e eu vou te dizer por que – ele falou num tom sério que era bem sexy, devo admitir – quando você trabalha em casa, precisa separar um ambiente para ser única e exclusivamente para trabalho. Se você mistura trabalho e casa, não dá certo, você acaba não se concentrando em fazer o que precisa, por isso deixei o andar de cima como área profissional. Quando eu estou lá, eu consigo focar e trabalhar de maneira mais efetiva.
- Entendi... Brilhante, eu diria – sorri.
Ele sorriu de volta, aquele sorriso infeliz que me queimava as partes.
- Por falar no seu ateliê... – comecei tantando disfarçar meu suor.
- Ainda não – ele me interrompeu deduzindo onde eu iria chegar com aquele papo – eu vou te mostrar ele em breve, mas ainda não.
Fiz um bico manhoso tentando fazer ele mudar de opinião.
- Se você ficar com esse bico eu vou ser obrigado a fazer alguma coisa á respeito... – falou ele num tom brincalhão.
- O quê? – perguntei ainda fazendo o tal bico.
Sem falar nada ele se virou pra mim e me roubou um beijo estalado. No susto, arregalei os olhos e sorri.
- Isso é golpe baixo!
- Seu bico apaixonante que é, pode para com isso – brincou ele.
- Se eu for ganhar mais beijinhos estalados com esse, aí é que eu não paro mesmo – falei fazendo de novo o bico.
Ele me beijou de novo e sorriu:
- Agora é sério, deixa pra quando a gente chegar em Rochester, agora eu estou dirigindo e não quero provocar um acidente.
- Por favor, já basta o que você teve semana passada.
Ele respirou fundo e fez uma feição séria:
- Pois é...
Sorri e segurei sua mão com suavidade. Seguimos viagem tranquilamente e, meia hora depois de sairmos de Spring Valley, chegamos à Rochester.
A loja Michael's ficava na South Broadway, pouco depois do aeroporto, bem dizer na Rodovia 63, que pegávamos para ir à Rochester. Era uma loja muito legal, que oferece cursos e suprimentos para todo tipo de artesanato. Compramos alguns cavaletes, várias telas de diversos tamanhos, muitos pincéis e tubos de tinta de algumas poucas cores.
Depois de colocar tudo em Bret, com certa dificuldade, devo dizer, por conta da quantidade de itens, caminhamos de mãos dadas por alguns metros até chegarmos à Culver's, uma lanchonete que ficavano mesmo conjunto empresarial. Fizemos nosso pedido e sentamos “grudadinhos” em uma das mesas.
Comemos sem pressa e, mesmo depois de acabarmos de comer, ficamos lá namorando um pouquinho, já que o horário não era de muito movimento e ninguém iria nos incomodar para desocuparmos a mesa. Foi sensacional ter esse tempo para namorar livremente com o homem por quem eu estava apaixonada.
Eu sempre fui muito romântica. Gostava de momentos assim, de namorados. Andar de mãos dadas, namorar na lanchonete, trocar leves carícias. Nessas duas semanas de namoro com Barry eu estava realmente sentindo falta daquilo e aqueles poucos momentos que tivemos naquele dia fizeram eu me sentir realizada.
Barry percebeu que eu estava gostando daquilo e provavelmente ele também, pois assim que saímos da Culvert's, entramos em Bret e, ao invés de pegar a US63 para irmos embora, ele virou para oeste na 28th Street e, algumas curvas depois, estacionou no Elmcroft Park, que era quase uma praça para atividades esportivas ao ar livre.
Descemos do carro e, de mãos dadas, demos uma volta pelo parque, aproveitando aquele princípio de final de tarde, sentindo um vento levemente frio e observando aquelas pessoas que não se importavam com quem éramos, não sabiam que éramos professor e aluna, não ligavam para nossa diferença de idade e não sabiam que eu ainda era menor de idade. Foi uma sensação de liberdade maravilhosa.
Depois de quinze minutos caminhando, sentamos em um banco e ficamos ali namorando por mais vinte minutos. Foram trinta e cinco minutos perfeitos, onde eu me senti uma mulher realizada e repleta de alegria.
Infelizmente tivemos que ir embora. O relógio marcava quase quatro da tarde e mamãe chegaria em casa entre cinco e cinco e meia, e eu ainda tinha algumas tarefas domésticas a realizar. Então entramos em Bret e voltamos para Spring Valley.
Entramos na Courtland Street quatro e meia. Barry preferiu deixar os materiais que compramos no carro mesmo, já que ele não tinha planos para sair de casa naquela noite e dia seguinte levaria tudo para a Kingsland. De qualquer forma ele tirou as tintas, para evitar que pudessem aquecer muito dentro do carro fechado, mas acho que foi um pretexto para eu entrar com ele em sua casa e nos beijarmos para nos despedir.
Depois fui pra casa e logo fiz o que tinha para fazer. Mamãe chegou ás cinco e quinze e ainda me viu terminar de dobrar algumas peças de roupa. No fim das contas, conversamos e jantamos juntas antes de nos recolhermos. Ela, coitada, estava muito cansada, mas estava valendo a pena, já que ela estava conseguindo o dinheiro que precisava para o presente de papai.
No meu quarto, fiquei deitada na cama pensando na vida e relembrando o dia maravilhoso que tinha tido com Barry. Eu estava cada vez mais ansiosa para completar dezoito anos e ter um pouco mais de liberdade para fazer isso mais vezes com ele. Porém, naquele dia, eu me preocupei com outra coisa: dar a notícia para papai.
Por mais que Barry tinha dito que iria fazer isso e de uma forma muito inteligente, aproveitando um clima divertido e animado, eu estava preocupada com a reação final de papai. Ele poderia não gostar, poderia criar uma confusão com Barry e me proibir de vê-lo. Fiquei tensa.
Aquele fim de semana seria decisivo no meu relacionamento com Barry Vercetti.
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Uma Rosa Para Barry
RomanceCansada de sua rotina, Jullienne Mitchell vivia na esperança de ter uma reviravolta em sua vida. Quando Barry Vercetti chega à cidade, a última coisa que ela imagina é que aquele homem intrigante fosse ser o estopim para essa grande mudança. Dividid...