Tomei um banho caprichado e escolhi uma roupa confortável, mas bonita. Optei por uma calça estampada e uma camiseta de manga curta. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo alto e passei um lápis de olho sutil.
Me olhei no espelho para ter certeza de que estava bem e gostei do que vi. Calcei um par de sapatilhas simples e desci para esperar nosso convidado de honra.
Quando passei pela porta do banheiro ouvi o chuveiro ligado. Papai estava banhando. Fui então até a cozinha para ver como estavam os preparativos.
Mamãe ainda estava preparando o jantar. Ela havia planejado filé com molho de mostarda e brócolis com alho. Ofereci minha ajuda e ela me orientou a cortar o champignon para o molho.
Alguns minutos depois ouvimos batidas na porta. Meu coração disparou. Soltei a vasilha onde estava misturando os temperos para mamãe e falei:
- Eu atendo.
Antes de abrir a porta passei a mão no cabelo e conferi meu hálito. Estava parecendo uma criança. Abri a porta com um sorriso no rosto e senti meu coração palpitar quando vi o professor Vercetti.
Ele estava vestido, como de costume, todo de preto. Usava uma camisa social de manga comprida, uma calça também social e um casaco preto bastante elegante. Na cabeça, seu típico boné estilo antigo. Quando me viu, abriu aquele sorriso de canto que quase me enfartou.
- Boa noite, senhorita Mitchell – falou ele tirando o boné.
- Boa noite, professor Vercetti – falei retribuindo e implorando aos céus para não corar – entre, por favor.
Ele entrou em casa e eu fechei a porta.
- O jantar logo estará pronto – disse eu enquanto encaminhava nosso convidado para a sala de estar – como o senhor está?
- Estou ótimo, obrigado – disse ele tirando o casaco – e a senhorita?
- Muito bem também. Aqui, deixe-me pegar isso – falei pegando o casaco e o boné dele – vou colocar no armário para o senhor.
Minha mãe veio da cozinha e estendeu a mão para nosso vizinho:
- Boa noite, senhor Vercetti!
- Senhora Mitchell, como vai?
- Muito bem, obrigada. Com sua licença, vou me retirar para terminar os preparativos.
- Fique á vontade – respondeu o professor.
Nesse momento papai apareceu e cumprimentou Barry com animação:
- Senhor Vercetti! Que bom que veio!
- Eu agradeço muito pelo convite, senhor Mitchell.
- Ora, deixa disso, homem! – falou papai balançando a mão – Você é nosso convidado, em nossa casa, me chame de Jack!
- Só se você me chamar de Barry – retrucou nosso convidado.
- Fechado – os dois apertaram as mãos e sorriram – sente-se, sente-se, vamos conversar enquanto o jantar não sai.
- Com licença – falei com um sorriso enquanto ia para a cozinha.
Mamãe tirou o filé do forno e posicionou no prato junto com o brócolis. Quando faltava apenas o molho para finalizar, ela pediu que eu terminasse de prepará-lo e foi trocar de roupa.
Fiquei na cozinha mexendo o molho até dar o ponto enquanto ouvia papai e o professor Vercetti conversando na sala. Não sei do que conversavam, mas a cada pouco eu ouvia papai rindo ruidosamente. Aparentemente os dois se deram muito bem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Rosa Para Barry
RomanceCansada de sua rotina, Jullienne Mitchell vivia na esperança de ter uma reviravolta em sua vida. Quando Barry Vercetti chega à cidade, a última coisa que ela imagina é que aquele homem intrigante fosse ser o estopim para essa grande mudança. Dividid...