Capítulo 7

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Tomei um banho caprichado e escolhi uma roupa confortável, mas bonita. Optei por uma calça estampada e uma camiseta de manga curta. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo alto e passei um lápis de olho sutil.

Me olhei no espelho para ter certeza de que estava bem e gostei do que vi. Calcei um par de sapatilhas simples e desci para esperar nosso convidado de honra.

Quando passei pela porta do banheiro ouvi o chuveiro ligado. Papai estava banhando. Fui então até a cozinha para ver como estavam os preparativos.

Mamãe ainda estava preparando o jantar. Ela havia planejado filé com molho de mostarda e brócolis com alho. Ofereci minha ajuda e ela me orientou a cortar o champignon para o molho.

Alguns minutos depois ouvimos batidas na porta. Meu coração disparou. Soltei a vasilha onde estava misturando os temperos para mamãe e falei:

- Eu atendo.

Antes de abrir a porta passei a mão no cabelo e conferi meu hálito. Estava parecendo uma criança. Abri a porta com um sorriso no rosto e senti meu coração palpitar quando vi o professor Vercetti.

Ele estava vestido, como de costume, todo de preto. Usava uma camisa social de manga comprida, uma calça também social e um casaco preto bastante elegante. Na cabeça, seu típico boné estilo antigo. Quando me viu, abriu aquele sorriso de canto que quase me enfartou.

- Boa noite, senhorita Mitchell – falou ele tirando o boné.

- Boa noite, professor Vercetti – falei retribuindo e implorando aos céus para não corar – entre, por favor.

Ele entrou em casa e eu fechei a porta.

- O jantar logo estará pronto – disse eu enquanto encaminhava nosso convidado para a sala de estar – como o senhor está?

- Estou ótimo, obrigado – disse ele tirando o casaco – e a senhorita?

- Muito bem também. Aqui, deixe-me pegar isso – falei pegando o casaco e o boné dele – vou colocar no armário para o senhor.

Minha mãe veio da cozinha e estendeu a mão para nosso vizinho:

- Boa noite, senhor Vercetti!

- Senhora Mitchell, como vai?

- Muito bem, obrigada. Com sua licença, vou me retirar para terminar os preparativos.

- Fique á vontade – respondeu o professor.

Nesse momento papai apareceu e cumprimentou Barry com animação:

- Senhor Vercetti! Que bom que veio!

- Eu agradeço muito pelo convite, senhor Mitchell.

- Ora, deixa disso, homem! – falou papai balançando a mão – Você é nosso convidado, em nossa casa, me chame de Jack!

- Só se você me chamar de Barry – retrucou nosso convidado.

- Fechado – os dois apertaram as mãos e sorriram – sente-se, sente-se, vamos conversar enquanto o jantar não sai.

- Com licença – falei com um sorriso enquanto ia para a cozinha.

Mamãe tirou o filé do forno e posicionou no prato junto com o brócolis. Quando faltava apenas o molho para finalizar, ela pediu que eu terminasse de prepará-lo e foi trocar de roupa.

Fiquei na cozinha mexendo o molho até dar o ponto enquanto ouvia papai e o professor Vercetti conversando na sala. Não sei do que conversavam, mas a cada pouco eu ouvia papai rindo ruidosamente. Aparentemente os dois se deram muito bem.

Uma Rosa Para BarryOnde histórias criam vida. Descubra agora