Capítulo 43

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Opa, tudo bem galera?
Tio ta feliz pra caramba, to na longlist do #wattys2018!
Pra comemorar, fiz uma forcinha (forçona, na verdade rs) pra conseguir postar esse capítulo.
Ainda estou com problemas com a internet e sem previsão de regularização, mas vou fazer o possível e o impossível para conseguir voltar com as postagens semanais. Por enquanto, fiquem com esse capítulozinho. E torçam pelo Tio! Se to nessa longlist, vocês também são responsáveis!
Valeu mesmo!
Abração e até a próxima!

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Todos os anos nossa família se reunia na véspera de natal para uma ceia bastante farta. A comida preparada por minha mãe era deliciosa e nos divertíamos muito. Papai contava piadas e Harry, vez ou outra, propunha alguma brincadeira. Diferente do Ação de Graças, tradicionalmente mais celebrado com seriedade, por assim dizer, o Natal era mais regado á presentes e diversão. Assim como o réveillon, na semana seguinte, o Natal trazia consigo aquele espírito de recomeço, de vida nova. Mas naquele ano, minha vida estava perfeita. Meu namoro tinha atingido patamares maravilhosos, apesar de ainda encontrarmos dificuldade para nos relacionar em Spring Valley. Nossa vida sexual agora tiva, andava devagar. Na verdade, nossa primeira vez havia sido sua única até então. A cada dia que passava Barry e eu estávamos mais próximos, nos tornando, além de namorados e amantes, amigos. Aquele “fogo” de início de namoro ainda existia, mas agora conseguíamos nos conter mais. Estávamos mais leves, adquirimos uma cumplicidade que nos dava mais controle em determinadas situações. Nunca atingi esse patamar com Connor, apesar de ele achar que tínhamos. Para meu ex-namorado, submissão era sinal de respeito e obediência era sinal de amor. Para Barry, amor era sinal de respeito e respeito era sinal de amor. May tinha razão, moleque não se importa com sua namorada, homem de verdade sim. Connor era um moleque e Barry um homem de verdade. Naquele natal eu não precisaria de um recomeço. Barry era o meu recomeço. Aquele feriado, para mim, era apenas um evento em que reuniríamos a família toda e teríamos um almoço delicioso e diferente. Especial, para mim, seria o réveillon. Mas isso não me impediria de celebrar uma data tão bonita. Na véspera do natal Barry foi até nossa casa e colocou cinco presentes em baixo de nossa árvore, montada dois dias depois do meu aniversário. Não eram embrulhos muito grandes nem muito pomposos. Pelo que conhecia dele, ele não iria dar nada muito caro ou extravagante para ninguém. No dia de natal eu me arrumei com as roupas que ganhei no meu aniversário, a blusinha e a calça jeans dados por papai e mamãe. Acrescentei um suéter natalino que eu tinha ganhado no ano anterior e nunca usei e estava tudo certo. Claro que meu brinco de rosa fazia parte da roupa. Para falar a verdade, de tudo que eu vestia, eu não tirava aqueles mimos maravilhosos da orelha! Barry chegou em casa por volta de onze horas. Abri a porta para ele e o recepcionei com um “feliz natal” acompanhado de um abraço e um beijo. Ele era meu presente, sem dúvidas. - O que está trazendo aí? – perguntei ao reparar que ele trazia um embrulho. - Isso é um Panetone – disse ele me mostrando o que parecia ser um pão – você conhece? - O nome não me é estranho, mas nunca vi... - É um pão doce feito com ovos, frutas cristalizadas e manteiga. É de origem italiana, em alguns países é muito conhecido. - E esse negócio é bom? – perguntei fazendo uma careta. - Delicioso – ele sorriu ao responder – depois do almoço você prova. Sorri em concordância e fomos para a sala, onde todos já estavam sentados esperando meu namorado. Barry cumprimentou a todos e começou a troca de presentes tradicional. Debaixo de nossa árvore tinham trinta presentes. Era costume em nossa família comprar uma lembrancinha que fosse para cada pessoa que passasse o natal em casa. A montanha de presentes estava linda! - Esse é do Harry para você, Lorraine – disse papai entregando um embrulho vermelho com laço verde para minha mãe. Ela abriu e era uma maleta pequena, ideal para colocar esmaltes, maquiagens e essas coisas. Perfeito para o trabalho de mamãe. - É linda, meu filho, obrigada! – ela agradeceu. - Papai, esse é de Diane – falei passando-lhe um embrulho pequeno, mas muito bem feito. - Ora, essa, um boné da Seleção Americana de Futebol – disse papai com um sorriso ao abrir – obrigado, Diane, vai ser ótimo acompanhar nossa seleção nas eliminatórias da copa da Rússia... Ainda que eu ache que eles deveriam boicotar o mundial – ele sussurrou para Barry, que sorriu. - Harry, meu amor, da Jully – Diane entregou um embrulho pequeno para meu irmão. - Madeixas, não precisava se incomodar – mentiu ele descaradamente ao rasgar meu embrulho que tanto sofri para fazer. Comprei para meu irmão um jogo de canecas de cerveja, pois sabia que, apesar de ser extremamente racional quanto á bebidas, apreciava um chope no fim de semana com amigos do trabalho. - Valeu, maninha, sempre quis um desses – agora ele tinha dito a verdade. - Diane, esse é do Barry para você – mamãe entregou uma caixa retangular pequena para minha cunhada. - Ah, muito obrigada... Era uma caixa parecida com a que ele me deu os brincos de rosa. Dentro, um kit que era um cordão e dois brincos de prata que tinham o desenho de um rosto de bebê. Lindo! - Harry, olha que fofo! – ela disse mostrando para meu irmão – Nossa, adorei, Barry, muito obrigada mesmo! - Jully, querida, do seu pai – meu namorado me passou um embrulho colorido em forma de cubo. Desembrulhei animada, pois imaginava o que seria. - Um globo de neve... Com o castelo da Disney! Adorei, papai, obrigada! - Tive que levar um carregamento para Orlando, passei por lá e comprei, sei que você gosta dessas coisas, só não sei o por quê... – ele terminou fazendo uma careta para Barry. - Adoro globos de neve, tenho uma coleção deles, qualquer hora te mostro – falei sorrindo para meu namorado. - Ah... Barry, esse é da minha mãe – Harry pegou um embrulho e deu para meu namorado. - Lorraine, obrigado, de verdade – ele agradeceu com um sorriso daqueles. - Espera aí, Barry – meu pai falou – Lorraine, devemos sair da sala para ele abrir ou vai ser uma explosão contida? - Ai, pelo amor de Deus, Jack, deixa disso – mamãe brigou com ele – pode abrir, Barry... Meu namorado sorriu e desembrulhou o pacote. Era um relógio de pulso muito bonito. - Não me lembro de ter te visto usando um desses, mas espero que goste – mamãe falou. - Gosto muito, Lorraine, obrigado – ele respondeu verdadeiramente feliz – eu tinha um há muitos anos, mas quebrou recentemente e não comprei outro por preguiça... Vou colocar agora mesmo – ele colocou no punho e o admirou. - Ficou bom, cara – Harry falou – mamãe instalou um rastreador nele para saber onde você leva a Jully. Se eu pudesse, teria me escondido dentro do maior embrulho da sala. Mamãe deu um tapa no braço de meu irmão. - Menino, você... Ta vendo? Ele aprende essas coisas com você! – ela brigou com papai, que riu e cumprimentou Harry – perdão, Barry, eles... - Não se preocupe, Lorraine, eu levo numa boa... – ele sorriu. Seguimos trocando presentes até a hora do almoço, quando nos levantamos e fomos para a mesa. Só faltou o presente meu para Barry e o dele para mim, que combinamos de entregar depois do almoço, á sós. No caminho para a mesa, dei um beliscão no braço de Harry pela piada do rastreador que deixou um vergão em seu braço. Papai, por sua vez, abraçou Barry, como quem pede desculpas e foi recompensado com um abraço de volta. O almoço, para variar, estava estupendo! O pernil assado de mamãe estava suculento e comemos com muito gosto. Depois da refeição, quando voltamos para a sala, Barry pediu que eu pegasse o tal panetone e levasse para a mesa de café para cortarmos. Minha mãe e meu pai também não conheciam aquele pão. Harry disse que tinha comido uma vez na casa de um colega de trabalho e falou que era gostoso. Diane enjoou só de olhar para as frutas cristalizadas e preferiu sair da sala para ir se deitar. Coisa de grávida. Assim que Barry cortou e distribuiu os pedaços, experimentei e dei razão para meu irmão, era realmente muito gostoso. Papai e mamãe também gostaram muito e agradeceram meu namorado por ter levado aquela sobremesa diferente para nosso almoço. Depois de conversarmos um pouco, papai pediu licença para ir se deitar. Era comum ele dormir depois de comer tanto, tanto que no Ação de Graças ele capotou no sofá mesmo. Aproveitando que papai estava indo se deitar, mamãe foi com ele. Diane saiu quando Barry cortou o panetone e Harry acabou indo ver como ela estava. Ficamos Barry e eu na sala. Hora de trocar nossos presentes. Fui até a árvore e peguei uma caixinha com um embrulho de corações. Brega, eu sei, mas precisava daquilo. - Eu espero que você goste – falei entregando para ele. - Já gostei, foi você quem me deu – ele agradeceu com um beijo. Era um pequeno kit com uma carteira de couro e um cinto. Não era lá muito elegante, afinal, minhas condições financeiras não eram das melhores, mas era de coração. - Se eu te disser que eu uso a mesma carteira desde dois mil e três, você acredita? – ele falou rindo. - Mentira! – falei boquiaberta. - Ganhei ela num Amigo Secreto do meu padrasto e desde então ela carrega meus documentos... Toda vez que saio para fazer compras eu penso em comprar uma nova e nunca compro – ele sorriu. - Homens... – falei balançando a cabeça – Meu pai é igualzinho! Barry deu de ombros. - Eu gostei muito, Jullienne, muito obrigado mesmo, vou arrumar ela mais tarde, amanhã estarei com ela no bolso... Aqui está o meu para você – ele me deu um embrulho quadrado grande que me arrancou um sorriso. Desembrulhei o pacote com todo o cuidado do mundo para não rasgar o papel de presente e vi que era uma caixa daquelas com roupas dentro. Ao abrir, ri que quase gargalhei: - Uma jaqueta de couro! – exclamei contente. - Agora você tem a sua própria jaqueta para quando andarmos na... “Motoca” – ele fez as aspas com as mãos e sorriu irônico. Era um modelo muito elegante, todo preto, transpassada, com um cinto na barra e zíperes laterais. Linda, amei! - Vou usar ela quando formos para St. Paul no réveillon – falei animada – vamos de moto? Barry coçou a barba: - Fora o fato de que seu pai me mataria, eu não acho uma boa ideia, as estradas ficam muito escorregadias de manhã e moto é muito perigoso. - Ah – suspirei com desânimo – tudo bem, eu vou ter outras oportunidades. O bom desse modelo é que não é apenas para motos, posso usar casualmente, especialmente no frio que está fazendo. - Cérebro, meu bem – falou meu namorado tocando a cabeça com um dedo. Sorri e o puxei para um abraço. Agradeci de novo pelo presente e dei-lhe um beijo apaixonado, regado a carinhos no rosto e no cabelo. Um beijo que começou a querer me acender. - Será que meus pais estranhariam se eu ficasse sumida por, digamos, uma horinha na sua casa? – falei me deliciando com as carícias que Barry me fazia nas costas. - Provavelmente – ele riu – lembre-se de que seu pai falou para você se comportar para não perder o réveillon... Afundei a cara no peito dele e bufei de decepção. - Você tem razão... Mas tudo bem, vai valer a pena esperar – sorri. - Ah, com certeza vai – respondeu Barry antes de me beijar de novo. Pouco depois Harry e Diane voltaram para a sala e nos fizeram companhia depois de tirarmos os papéis de presente espalhados pelo tapete. Ficamos o resto do dia de natal em casa assistindo a infinitos especiais na televisão. No final da tarde meus pais se juntaram a nós e assistimos o tradicional “A Felicidade Não Se Compra”, que passava religiosamente todos os anos. Meu irmão até tentou fazer uma piada com Barry, pois o filme era de mil novescentos e quarenta e seis e Harry quis insinuar que meu namorado era tão velho quanto. Mas como meu pai era mais velho que nosso vizinho, meu irmão acabou levando um cascudo dele. Achei foi bem feito. Assim que o filme terminou meu namorado se despediu de todos e foi embora. Foi um natal bem divertido, gostei muito. Eu esperava que fosse um presságio do que a semana seguinte nos reservava. A semana passou sem nada de muito especial. Meu irmão e sua esposa também ficaram em Spring Valley. Harry conseguiu barganhar uns dias de recesso no trabalho e, como logo Diane estaria com a barriga enorme, não poderia fazer longas viagens. Aproveitaram então para curtir aquela semana de folga. Para não dizer que não vi meu namorado em nenhum momento naquela semana, ele ajudou Harry a tirar a neve acumulada da porta de nossa casa na quinta-feira, dia vinte e nove. Depois do serviço, ele foi até em casa e todos tomamos um chocolate quente maravilhoso que minha mãe tinha costume de fazer em dias de muita neve. Com a aproximação do fim de semana minha ansiedade aumentava. Até que chegou a véspera de ano novo, no sábado. Acordei mais empolgada do que eu gostaria, mas consegui conter a empolgação o bastante para me portar na frente da minha família. Passei o dia ajudando minha mãe e conversando com todos. Barry e eu combinamos de nos encontrar no estacionamento do aeroporto de Rochester ás seis da tarde, então eu teria que sair de casa antes das cinco e meia. Como precisaria caprichar na produção para o meu primeiro evento social com meu namorado, fui para o banho ás três horas. Usei um vestido vinho que era longo, próprio para ocasiões noturnas, mas não sem colocar uma meia calça grossa por baixo para me proteger do frio. Coloquei um casaco de pele falsa, um salto alto fechado e prendi o cabelo num coque espetado. Fiz uma maquiagem elegante para combinar com a roupa e a ocasião e, ás cinco horas eu estava pronta. Barry tinha me dito que pintores e outros artistas plásticos não se atinham à tradição de usar roupas brancas, mesmo porque no frio que fazia no Minnesota não era possível usar tais peças. Imaginei que ele iria bem tradicional ao seu estilo, todo de preto. Tinha certeza que estaria lindo. - Família, estou indo – falei ás cinco e dez – onde estão as chaves do carro? - Não sei – falou papai – Lorraine, você as viu? - Não vi, Jack, você quem dirigiu da última vez – ela respondeu. - Se não tem chave, não tem carro, então senta aí e assiste o filme com a gente – falou papai sem sequer olhar pra mim. - Concordo, Jully... Que peninha, não? – mamãe falou e virou a cara, segurando o riso. Claro que eles iriam tirar uma com a minha cara. - Sério, gente? – ri. - O quê? – papai falou – A chave sumiu, oras, como você vai? Entrei para dentro da cozinha e voltei balançando um molho de chaves grande, fazendo barulho que chamou a atenção de papai. Era a chave do caminhão dele. - Vou com esse então... Beijos, até amanhã – falei indo para a porta. - Não, não, não, espera aí! – meu pai se levanto correndo e correu para a porta rindo – ta aqui a chave, toma – ele me entregou. - Que bom que o senhor achou, papai, sabia que o incentivo certo o faria encontrar! – sorri sarcástica. - Era só uma brincadeirinha, meu amor – falou ele. - Eu sei. Não precisa se preocupar, amanhã estarei aqui, é só uma festa de réveillon. - O problema não é a festa, Madeixas – meu irmão disse. Eu sabia bem qual era o problema. - Gente, olha só... – comecei. - Jully, minha filha – me interrompeu mamãe – ta tudo bem. Sorri sem graça e continuei: - Não precisam se preocupar com... - É sério, filha – me interrompeu mamãe de novo – fala nada não, deixa queito... - Tudo bem. Boa virada de ano pra vocês todos – abracei e beijei cada um da minha família e fui para a porta. Cinco e quinze eu tinha ligado o motor do Malibu e estava em direção á Rochester. Sempre fui muito prudente dirigindo e não excedi o limite de velocidade em nenhum momento. Ainda assim, cheguei ao estacionamento do aeroporto faltando dez para ás seis. Barry já estava lá. Avistei ele de pé apoiado em Bret com os braços cruzados. Estava exuberante usando um terno todo preto com uma blusa de lã de gola alta também preta, tudo por baixo de um sobretudo preto de cair o queixo. Seu boné clássico e seu par de sapatos também pretos davam à sua aparência um toque elegante e casual. Perfeito! Estacionei o carro do lado do dele e desci com um sorriso no rosto. Me aproximei dele e o beijei. - Podemos ir? – perguntei. - Claro – respondeu ele abrindo a porta do passageiro para mim. - Oi, Bret, pronto pro passeio? – falei ao entrar em seu Maverick, o que o fez rir. Ele então deu a volta no carro e sentou no banco do motorista, fechando a porta. - Eu acho interessante como você chama ele pelo nome – disse ele – ás vezes eu faço isso, aprendi com você daquela vez, mas ver você fazer me dá muita alegria... - Alegria? – perguntei enquanto ele colocava a chave na ignição. - Eu sou louco por esse carro, tenho ele desde sempre, é quase um amigo meu – ele falou visivelmente sem graça – ver você tratando ele igual é muito bom... - Se ele é seu amigo, é meu também... Como Lou e May – respondi escondendo minha emoção de ouvir ele falar aquilo – assim como os dois, Bret conhece tantos segredos nossos, ele é quase um confidente nosso, eu diria. - Tem razão – falou ele. Então ele parou com a mão na chave a ponto de dar partida, mas ficou imóvel com ar de pensativo. - O que foi? – perguntei depois de alguns segundos. Barry me olhou com um olhar divertido e abriu a porta do carro: - Desce. Estranhei e levei a mão á maçaneta da porta para abrir, mas ele já tinha dado a volta e a abria para mim. - O que? – perguntei de novo. - Você vai levar Bret até Saint Paul hoje – ele disse com um sorriso. - Como é que é? – arregalei os olhos. - Ele é nosso amigo, você gosta dele... E tenho certeza de que você nunca dirigiu um Maverick... - Vai confiar em mim pra guiar ele tanto tempo assim? Ele respirou fundo e baixou os olhos por um segundo, depois levantou com um sorriso confiante: - Eu confio em você, Jullienne... Aquela noite prometia, porque aquele sorriso e aquela frase me aqueceram mais do que minha meia calça. Puxei ele para um beijo e dei a volta no carro, sentando-me no banco do motorista. Olhei para meu namorado e respirei fundo. Ele riu e eu dei a partida. Ouvir o ronco do motor era legal do lado do carona, mas estar dirigindo e sentir o motor tremer no volante, era uma sensação maravilhosa. - Uau – exclamei. - Ele gosta de você, eu disse – falou ele. Engatei a primeira marcha e saímos do aeroporto. Não foi fácil guiar Bret, tanto que em muitos trechos eu reduzi bem a velocidade, porque o motor é potente, mas o carro é pesado, e em alguns momentos eu senti como se ele tivesse vontade própria. Barry disse que ele queria “brincar” e que precisava de um pouco menos de liberdade, ou ele perderia o controle. Mas de modo geral me diverti muito guiando por quase cento e trinta quilômetros até chegarmos à capital do Minnesota.

Uma Rosa Para BarryOnde histórias criam vida. Descubra agora