Capítulo 21

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Pouco mais de cinco minutos se passaram quando ouvi a buzina do carro da mãe de Mandy. Beijei mamãe e saí. Minha amiga estava dirigindo e Jeff estava sentado no lado do carona. Cumprimentei os dois quando entrei no carro.

Jeff me perguntou sobre a noite anterior, disse que não tinha entendido porque eu saí e depois não entendeu onde eu estava quando chegaram lá para me dar o casaco. Desconversei, disse que tinha saído pelos fundos, inventei uma desculpa esfarrapada. Aparentemente ele acreditou.

Nós três conversamos sobre a faculdade dele, sobre trabalho, expectativas de futuro e até do casamento de Mandy e Jeff, que, segundo eles, seria assim que ele terminasse a faculdade. Sem que pudéssemos perceber, chegamos em Stewartville pelo sul da 63.

O Subway ficava entre a 1st Street e a 2nd Street, na mesma rodovia 63. Ao chegarmos lá, Mandy parou o carro e eu desci rapidamente. Pedi que ela me ligasse quando saíssem do aeroporto, que ficava a dois quilômetros dali. Jeff não entendeu porque eu desci do carro ali, mas se despediu de mim naturalmente.

Olhei para o estacionamento e vi a Harley estacionada. É, ele estava ali. Entrei na lanchonete e Barry estava sentado ao lado de uma janela com um copo de refrigerante na mesa. Quando me viu, ele deu aquele sorriso e se levantou. Senti meu coração disparar e caminhei até ele.

Ele estava vestindo uma calça jeans azul escura, uma camiseta cinza e um casaco de couro, sem falar, é claro, de seu boné. Gostei de vê-lo com outras roupas que não as todas pretas. Ao me aproximar dele senti seu perfume inebriante invadir minhas narinas e bagunçar meus sentidos. Dei-lhe um beijo rápido e um abraço apertado demorado.

A sensação de ter ido encontrá-lo como uma espécie de encontro foi muito gostosa. Nem me preocupei de olhar em volta para me certificar que não tinha nenhum conhecido ali, mesmo porque eu não conhecia ninguém daquela cidade. Mas especialmente, eu queria tanto dar aquele abraço e aquele beijo que só pensei em Barry.

- Você está linda – disse ele me olhando nos olhos.

- Obrigada – respondi sem graça – você também está.

- Quer alguma coisa? – perguntou ele apontando par ao menu de lanches.

Escolhi um sanduíche e um refrigerante, assim como ele. Com o lanche na bandeja, nos sentamos no mesmo lugar onde ele estava quando cheguei.

- Desculpe ter feito você vir até aqui para me encontrar... – falei assim que nos sentamos – Eu não queria te dar todo esse trabalho...

- Não é trabalho nenhum, Jullienne...

- De qualquer forma, eu gostaria de poder ir até sua casa, seria mais fácil para nós dois.

- Isso é verdade – disse ele sorrindo.

- O problema é que eu acabei de terminar um namoro de quase dois anos, sabe? Acho meio cedo para ser vista com outra pessoa em Spring Valley...

- Eu te entendo, Jullienne, é complicado mesmo. Quero dizer, a cidade é pequena, todo mundo comenta essas coisas.

- É... Mas eu não quero que você me entenda mal, eu gosto de você e quero ficar com você, é só que... Eu ainda não quero contar para ninguém.

Ele me olhou analiticamente. Fiquei um tanto assustada.

- Isso é um... Problema? – perguntei com cautela.

Demorou dois segundos, mas Barry sorriu aquele sorriso que me queimava por dentro:

- Para você é um problema a gente se encontrar ás escondidas?

- Acho que não, quero dizer... Eu nunca fiz isso antes, mas acho que deve ser... Divertido, talvez?

Uma Rosa Para BarryOnde histórias criam vida. Descubra agora