Acordei na quarta-feira mais bem disposta. Depois de me alimentar bem no dia anterior e me deitar cedo para dormir, minha cabeça sequer incomodou com o despertador. Claro que ver Barry no dia anterior também ajudou. E muito!
Não consegui falar com Mandy, ela voltou de Rochester à noite e só me mandou uma mensagem para falar que chegou e que, se a mãe dela não a matasse por ter voltado tão tarde, ela iria para a escola dia seguinte.
Peguei o ônibus no horário de sempre e vi Connor dentro dele conversando com uns amigos. Ele me chamou para sentar perto dele, mas fiz que não com a cabeça e fiz sinal de que conversaríamos depois. Pra variar, ele reclamou, fechou a cara, mas eu não liguei, afinal, em poucas horas eu terminaria com ele.
Não dava para terminar com ele dentro do ônibus escolar, com tanta gente em volta. E se eu fizesse isso na frente dos amigos dele, então, era capaz de ele querer me matar. Literalmente, eu acho.
Chegamos na escola logo e andei apressada para dentro, pois não teríamos tempo de conversar antes das aulas. Rapidamente fui para a sala onde eu teria a primeira aula e me sentei no meu lugar de sempre. Poucos minutos depois Mandy entrou e se sentou ao meu lado.
Ela me explicou que teve que ir até Rochester com o pessoal da decoração do baile para comprar algumas coisas e acabou demorando. Na volta, o pneu do carro do Mike Robbins furou no caminho e atrasou demais a chegada deles.
- Mas me fala, como foi ontem? – perguntou ela.
Eu sabia que ela estava falando de Barry.
- Foi normal – menti – ele entrou, tomou um café que mamãe estava passando na hora que ele chegou, a gente conversou... Nada de mais.
- Nada de mais? – seu tom era de incredulidade – Ah, Jully, vai mentir pra mim mesmo?
Ri do que ela falou:
- Tá, eu gostei de ver ele, me fez até bem, se você quer saber...
- Sabia que ele foi me procurar pra saber de você? – perguntou ela pegando uma garrafa de água na bolsa.
- Sei, ele me falou – respondi com um sorriso bobo.
- Tem noção de que o professor Bundinha estava preocupado com você?
- Tá legal – mudei um pouco meu tom, falei mais séria que o normal, mas ainda com um leve toque de descontração – pára de chamar ele assim, senão você vai se acostumar com esse apelido e qualquer hora vai soltar isso na frente dele, imagina a merda!
Mandy riu sem graça.
- É, acho que você tem razão, desculpa.
- Tudo bem. E eu achei muito legal ele se preocupar comigo, e faz todo o sentido, quero dizer, eu pegava carona com ele, ele é amigo dos meus pais, meu vizinho... Não tem nada demais ele se preocupar, é natural.
- Eu sei – falou ela com leve ironia – e também é muito normal seu namorado se preocupar com você.
- Eu sei também, mas isso vai ser por pouco tempo.
- Como assim? – perguntou ela bebendo água.
- Eu vou terminar com ele.
Mandy engasgou com o susto e cuspiu água por cima do caderno dela. Foi engraçado, metade da sala olhou pra ela na hora.
Nesse momento o sinal tocou e logo o professor entrou na sala. Deixamos o assunto de lado e prestamos atenção na aula.
Passados cinquenta minutos, minha amiga retomou o assunto enquanto saíamos da sala:
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Uma Rosa Para Barry
RomanceCansada de sua rotina, Jullienne Mitchell vivia na esperança de ter uma reviravolta em sua vida. Quando Barry Vercetti chega à cidade, a última coisa que ela imagina é que aquele homem intrigante fosse ser o estopim para essa grande mudança. Dividid...