No dia seguinte me levantei ás seis e quinze e logo desci para tomar café. Precisaria estar pronta para sair para a escola ás sete horas, horário que Barry saía. Mamãe tinha acabado de chegar na cozinha e ainda estava começando a fazer o desjejum. Ajudei ela com torradas e derretendo a manteiga de amendoim em banho-maria.
Mamãe estranhou eu estar de pé tão cedo. Acabei inventando que iria me encontrar com Mandy na casa dela e que iríamos pegar o ônibus juntas. Como ela não sabia que eu tinha me encontrado com Barry na tarde anterior, seria estranho se eu falasse de cara da carona. Menos mal que mamãe não criou caso com aquilo.
Saí de casa ás sete em ponto e vi que a garagem da casa de Barry estava aberta e ele estava lá dentro colocando algumas coisas no maverick. Atravessei a rua e fui até lá. Quando me viu, ele abriu aquele sorriso. Pronto, meu dia tinha começado!
- Bom dia – falei ainda do lado de fora.
- Bom dia. Como passou a noite?
- Muito bem, obrigada. E você?
Ele coçou a barba e fez uma cara engraçada:
- É, eu dormi bem...
Não entendi aquilo, mas não tive tempo de perguntar nada.
- Está pronta? – perguntou ele entrando no carro.
- Sim, estou – respondi dando a volta no carro e entrando.
Assim que eu fechei a porta olhei para Barry e ele estava sorrindo. Sorri de volta e fiz cara de quem iria fazer uma pergunta, mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele colocou um dedo na frente da minha boca e olhou pelo retrovisor analiticamente, como quem estava procurando alguma coisa.
Quando não viu nada nem ninguém, se aproximou de meu rosto e me deu um beijo. Um beijo que me fez terminar de despertar. Mais que o normal até, eu diria.
- Agora sim, estou pronto – disse ele ligando o motor de Bret e saindo da garagem.
Corei com aquilo, mas não vou negar que amei!
Saímos pela Courtland e viramos para norte na Washington, onde seguimos até a Jefferson à oeste, até virarmos na North Section, onde seguimos direto até a escola.
Chegando lá desci do carro e me limitei a segurar a mão de Barry, já que na escola não dava para ter qualquer intimidade sem causar um escândalo. De qualquer forma, o toque dele era tão doce, tão gentil, tão perfeito que era uma espécie de intimidade. Como tudo vindo de Barry, foi maravilhoso, e foi o bastante para me deixar ansiosa pela hora da saída.
Fui para a entrada dos alunos e logo estava andando nos corredores da Kingsland High School. Cheguei até meu armário e peguei os livros que eu iria precisar para os primeiros períodos. Depois fui até o pátio externo e me sentei á sombra de uma árvore. Ali, peguei meu trabalho que ainda precisava ser revisado e comecei a ler.
Por volta de sete e quarenta e cinco ouvi a voz de Mandy. Ela estava sendo parabenizada por algumas meninas que foram ao baile de sábado por conta da decoração maravilhosa do salão comunitário. Depois de agradecer às meninas, ela veio até mim.
- Bom dia, Mandy!
- Bom dia, amor! Chegou cedo, hein? – seu tom era irônico.
- Tenho meus motivos, meu bem – respondi no mesmo tom, o que fez ambas darmos risadas.
- Vou sentir sua falta no ônibus, mas vai ser melhor pra você ir com... – ela olhou em volta antes de continuar – Sua carona... Né?
- É, isso mesmo – ri.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Rosa Para Barry
RomanceCansada de sua rotina, Jullienne Mitchell vivia na esperança de ter uma reviravolta em sua vida. Quando Barry Vercetti chega à cidade, a última coisa que ela imagina é que aquele homem intrigante fosse ser o estopim para essa grande mudança. Dividid...