O Capitão 1 (Concluído)

Cap. 10

Acordo às 07h, faço minhas higienes e me arrumo para se encontrar com o delegado no Batalhão. Pego a roupa que eu tinha escolhido ontem à noite, e tomo um banho. Sofro um pouco, pois o tempo estava fechado. Pego uma bolsa de lado — que eu tinha trago na mala — e peço um táxi. Não demorou muito, logo ele estava em frente ao hotel. Entrei no mesmo e informei o endereço, que por incrível que pareça, era bem popular por aqui. As pessoas daqui eram bem simpáticas, pelo menos nas minhas experiências. Paguei e me dei de cara com o enorme Batalhão. Era lindo. Bem diferente... Digamos assim.

— Oi... — olho para trás com a sobrancelha arqueada e vejo uma viatura com mais ou menos uns quatro policiais.

— Oi. — dei um fraco sorriso.

— Jade, certo?!

— Sim, como sabe? — sorri.

— Ah, você é a policial mais falada do Rio. — um dos policiais que estavam atrás aparece no vidro e responde.

— Na verdade, o delegado também anda falando muito de você. Ficamos sabendo da proposta, e pelo visto você aceitou. — sorriu o que havia falado comigo e que estava dirigindo.

— Espero que tenha falado bem, né?! — risos.

— E falou. — acompanhou a risada.

— Onde é a sala dele?

— Espera aí. — ele manobra o carro, estacionando. Todos saíram do carro e ele faz um sinal para eu acompanha-lô.

Segui ele até uma porta e ele bateu na mesma, obtendo uma resposta positiva. Ele abriu a porta, me dando espaço e logo se retirou.

— Sra. Williams!!! — se levanta e me abraça.

— Prazer em conhecê-lo, Sr. Sidney. — sorri.

— O prazer é todo meu. — retribui o sorriso.

— Bom, se quiser começar hoje...

— Hoje? — abri meu melhor sorriso.

— Claro. Seu uniforme está pronto. — diz pegando uma sacola de cima do armário dele e me entregando.

Abri a mesma e peguei o uniforme. Era bem estilo militar, já com meu nome. Sorri ao ver aquilo, era muito lindo.

— Aiin, obrigada Sr. Sidney.

— Eu que agradeço por ter aceitado a minha proposta. Bom, sente-se. Vamos conversar sobre seu cargo e o que tiver dúvidas. — se sentamos. — Então, o capitão foi mandado embora por justa causa. Ele bebeu e veio ao trabalho. — levantei as sobrancelhas como forma de surpresa, me mantendo séria e atenta. — Não tinha quase ninguém que pudesse substituí-lo. Foi aí que fiquei sabendo da sua suspensão, e claro, não perdi tempo. Me disseram que você é melhor que muitos policiais juntos. — sorriu.

— Que isso. — risos.

— Aliás, a famosa Jade Williams, uma das poucas e melhores policiais do Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro... Isso me impressionou. Quero que aceite o cargo de capitã. — fez cara de satisfação.

Abri a boca num perfeito "O" e não consegui falar mais nada. Eu fiquei chocada!

— Meu Deus... Eu não sei nem o que dizer, Sr. Sidney.

— Não me diga. — sorri. — Vamos, irei te apresentar à todos do Batalhão.

Se levantamos e seguimos até a quadra, o que também me impressionou. Estava lotada! Era bem grande também, assim como a do BPM.

Mano, não sei o que me deu, mas eu fiquei com uma put* vergonha.

— Bom, essa aqui é Jade Williams. — todos fizeram um "Ooooo" e eu fiquei com mais vergonha ainda. — Ela será a nova capitã. — não sei descrever a expressão que todos tiveram, mas basicamente, vários queixos caídos.

Depois de falar mais algumas palavras, logo ele se retira. Me deixando ali. SOZINHA. Sabe os meninos que vi na entrada? Eles vieram até mim.

— Oi, de novo. — o que me guiou até a sala do delegado, fala.

— Oi. — sorri.

— Prazer, Alef.

— O meu você já sabe, né?! — dei risada. Aquilo era muito óbvio.

— Sebastian.

— Bruno.

— Fernando.

— Prazer, meninos. — falei gentilmente.

— Então quer dizer que essa jade que está à nossa frente, é aquela famosinha...?! — Bruno começa com piadinha.

— Aff, gente. — risos. — Não sei onde vocês estão​ vendo essa famosinha. — reviro os olhos.

— É essa aqui. — Alef aponta para mim. — Ela tem cabelos loiros, uns 1,67 de altura, está toda de preto, é capitã... Quer mais?

— Aff. — risos.

Ficamos a tarde inteira conversando, hoje seria meu primeiro plantão aqui. Estava tudo indo muito bem. Quase que eu estava esquecendo do outro Batalhão.

• Jake Dornan (O Capitão)

Acordo, pego o celular na cômoda e vejo que já são 08h. Putz, tô muitooo atrasado. Levanto rapidamente, escovo os dentes, dou uma breve penteada no cabelo, pego minha pasta e meus materiais, tranco o apartamento e vou à mil para o Batalhão. Estaciono, deixo algumas coisas no carro e entro na minha sala. Vejo no sistema, e graças a uma benção do senhor, não teve nenhuma ação até agora. Matheus e Lucca batem na porta e os deixo entrar.

— Ei, quem é essa mina que saiu do BPM? — Lucca pergunta.

— Ãn?

— Parece que era uma tal de Jade... Não lembro o sobrenome...

— Williams. — Lucca completa.

— Que... — após lembrar de quem se tratava, fiquei totalmente desesperado. — COMO ASSIM ELA SAIU?

— Hum... Se apaixonou, né?! — Matheus brinca.

— Caramba, parem de brincar! Vocês estão no Batalhão da Polícia Militar. Será que não dá para serem sérios por um instante?

— Tá, mas quem é essa Jade? — Lucca começou a falar sério.

— Ela era uma ajudante minha. Sei lá... O delegado deu uma suspensão de duas semanas para ela, por ter amassado a cada de uma mina daqui do BPM. Fiquei puto. E estou ainda mais, com essa notícia. — passo a mão na testa, tentando me acalmar. — Como descobriram isso? — olho para eles esperando uma resposta.

— Hoje de manhã. O delegado falou que estava preocupado em quem colocar de ajudante para você. Aí perguntamos porque e ele explicou que essa tal de Jade foi morar em Brasília, para trabalhar no BPF. — Matheus explica. 

— Que saco! — bato na mesa. — Não é possível!

— Mas ela era tão boa assim? — Lucca indaga.

— Sim. Nós não nos dávamos tão bem, mas ela era a melhor daqui. Tenho que admitir. Ela era melhor do que dez policiais juntos.

— Nossa... — Matheus fala surpreso.

— Teve uma operação que eu estava dirigindo uma viatura, ela no meu lado, e do nada ela abre a porta, dá uma cambalhota no asfalto, retira a arma do cinto da calça e mira no pé de um bandido, e assim que ele caiu, ela correu até ele e o algemou. — eles me olhavam sem acreditar. — Mas ela também não era tão importante assim...

— Para de tirar o mérito dela. — Lucca dá risada, percebendo que eu não estava falando a verdade.

— Tá, vocês venceram. — reviro os olhos.