Fui até Jake, que ainda se contorcia todo de dor. Tirei a parte de cima da farda dele com um pouco de dificuldade, e logo depois sua regata branca. Toquei em sua barriga, à partir daí começando uma espécie de massagem. Sei lá, talvez funcionasse. Fiquei repetindo os mesmos movimentos por um bom tempo, com todo o cuidado, delicadeza, atenção, tentando fazer de tudo para aquela dor passar. Jake apenas olhava cada movimento meu, às vezes grunhindo baixinho por conta das dores, mas agora estava bem melhor. Ele não se revirava como antes, agora só olhava os meus procedimentos, apenas sentindo "ardência" em cada toque meu.
— Está melhor?
— Muito. — suspira fechando os olhos e colocando o braço na frente dos mesmos.
— Agora vai num médico, não é? Isso também não é normal.
— Ah, deve ter sido...
— Algo que precise ser tratado no médico. — respondo seriamente.
— Aff, tabom. Eu marco uma consulta para amanhã. — revira os olhos.
— Bom mesmo, quero ver meu namorado saudável.
— Chata. — faz biquinho.
— Lindo. — beijo o biquinho. —
Saio do escritório dele e rapidamente sou chamada para exercer outra ação.
Jake Dornan On (O Capitão)
É, estou mal. Não posso mentir, tenho que procurar um médico. Liguei para aquele que fui quando levei o tiro de raspão, e marquei uma consulta para amanhã às 13h.
— Capitão, seus irmãos estão te chamando e falaram que não estavam conseguindo ligar para cá. — o Major informa ao adentrar a sala.
— Entendido, já estou indo, obrigado por avisar.
Coloco todas as tentativas de relatórios numa pasta para tentar terminar mais tarde, coloco minha regata e farda novamente, indo ao encontro dos meninos lá fora, na quadra. Lá não havia ninguém, somente eles dois nas escadas. Se sentei ao lado de Matheus e os encarei.
— O que aconteceu?
— Eu queria pedir a Brenda em namoro, mas não sei por onde começar. Então, como você conseguiu conquistar Jade, onde ambos se odiavam, achei que tivesse experiência no ramo. — dou uma fraca risada.
— Aconteceu naturalmente. — risos. — Mas como você e a Brenda já se gostam com certeza será mais fácil. Aposte em coisas que ela mais goste, talvez flores, um lugar em que ela goste, talvez um parque no meio de um piquenique... Enfim, tem uma imensidão de ideias por aí.
— Brenda uma vez me falou que gosta mais de ambientes frios, aqueles escuros. Não sei, não conheço nenhum lugar com esses aspecto. Ah, e em questão das flores, ela gosta de rosas vermelhas.
— Viu? Já está tudo perfeito. O ambiente escuro combina com uma pista de patinação, como aquela fechada, que tem no endereço ***** *******. As flores, apenas compre um buquê, quem sabe, e uma carta, ou pessoalmente mesmo, se tiver coragem e ter certeza que não vai gaguejar e travar na hora.
— Nossa, não é por nada não, mas acho que Jake Dornan viajou e deixou seu dublê aqui. — risos. — Nunca imaginei ele dando conselhos amorosos.
— Somos dois, bate aí, cara. — Lucca dá risada e os dois fazem um toque.
— Bestas. Acho que tenho mais uma operação. — olho às horas no celular. — Mais tarde te envio o endereço da pista de patinação e a floricultura que eu frequento. — assente.
Lembrei que tinha que falar ao Delegado sobre minha consulta marcada. Bati na porta de sua sala, ouvindo uma resposta positiva, entrei, fechando a mesma logo em seguida.
— Pois não, Sr. Dornan?
— Desculpa atrapalhar Delegado, é que eu precisava falar com você.
— Sente-se, me fale o que tem a me dizer.
— Então, faz um tempo que ando passando mal em horário de trabalho. Eu acho que é o estresse diário, essas cobranças normais para um policial, mas meus amigos, e principalmente Jade, ficaram me alertando sobre ir ao médico. Enfim, eu marquei uma consulta para amanhã às 13h, esqueci de perguntar se poderia.
— Claro, claro, sem chuva de dúvidas. Se você está passando mal e já não é de hoje, pode ir tranquilo.
— Tem alguma operação agora?
— O Tenente acabou de me informar que tem alguns policiais no meio de um tiroteio na avenida principal aqui perto, se quiser ir para ajudá-los... Você que sabe.
— Ok.
Voltei ao meu escritório, li um pouco sobre a operação que estava acontecendo para na hora não parecer desinformado, peguei a primeira viatura que vi e fui para lá. Como o Delegado disse, não era muito longe. Estacionei a viatura umas ruas antes e já saí atirando. Jade estava no meio da operação, bem focada por sinal. Era tiro pra todo lado, ninguém se arriscava a sair dos carros, certamente se fizesse isso levaria um tiro na hora. Corríamos de um lado para o outro, sempre atirando ou se defendendo. Ao final da operação, quando já havíamos pegado todos os sujeitos, no caso sete, todos se reuniram numa rodinha para se informarem de algo, ect. Vou para a rua em que deixamos as viaturas, e uma forte dor de cabeça me invade, como se estivessem enfiando uma faca aos poucos, bem no meio do crânio. Me ajoelhei no chão, coloquei as mãos na cabeça e a encostei no asfalto.
Jade Wiliams On
Estávamos conversando ao final da operação, tanto que nem percebi a ausência de Jake. Olhei por todos os lados, procurando por sua pessoa, mas nada de achá-lo.
— Vocês viram o Jake? — pergunto já desesperada.
— A última vez que o vi ele estava meio estranho, com a mão na cabeça. — Max se aproxima.
— Onde?
— Na rua que estacionamos as viaturas.
Comecei a correr até lá desesperadamente, eu estou com muito medo do que pode estar acontecendo com Jake. Sinto meu coração na boca, mas mesmo assim continuo persistindo. Jake precisa de mim, da minha ajuda. Eu sei tanto quanto qualquer um como ele está mal. Ele não quer adimitir, mas está pior do que deveria, pela profissão.
Chego ao local, dou uma supervisionada básica mas não vejo ele. Ando até o final da rua sem saída, sempre observando cada canto, até que vejo, de longe, Jake desmaiado. Corro até ele e quando chego perto do mesmo, pego em seu rosto e descontroladamente começo a chorar. O que está acontecendo com ele, meu Deus? Coloco sua cabeça em meu colo e fico ali sentada fazendo cafuné nele e jorrando lágrimas por um bom tempo. Diego e os meninos chegaram um tempo depois, assim que perceberam meu estado e a situação de Jake, correram até nós.
— Ele desmaiou de novo? — Lucca pergunta preocupado.
— Sim... Eu não sei... — solto várias lágrimas. — o que está acontecendo.
— Calma, vamos esperar ele acordar. Normalmente uma pessoa desmaiada demora de cinco à quinze minutos assim.
— O que? Diego, ele está assim muito antes de vocês chegarem. — aumento o tom de voz. — Sério, eu estou muito preocupada. Falei para ele consultar um médico, ver o que está acontecendo com ele... — começo a chorar mais ainda. — Mas ele não me ouve. O que será que ele tem?
— Não sei, mas não vamos nos desesperar. Quando ele acordar resolvemos isso.
— DIEGO! — o repreendi, por eu estar super desesperada, sem saber o que fazer, e ele totalmente sob o controle da situação.
NA❤
Desculpem por não estar postando com muita frequência, talvez muito tarde... É que estou tendo muitos trabalhos escolares para fazer, e o único tempo que tenho às vezes durmo, de tanto cansaço. Mas está aí mais um capítulo, corujinhas❤ Bom, capítulo pesado, mas não é o último. Acontecerá coisas que irá render muito choro aos personagens. O que será que é??
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O Capitão 1 (Concluído)
RomanceJade Williams acabou de ser escolhida para substituir o Capetão do BPM, como prefere chamar. Um dos mais bem falados, sucedidos, e bem de vida naquele Batalhão. Junto com suas irmãs, gêmeas, lutou e conquistou a vaga mais cobiçada do Batalhão da Pol...