Cap. 113

1.8K 113 4
                                    

Chegamos no hospital. Respirei fundo e sai do carro, assim como Lucca, Nathan, e Diego com Brenda nos braços. Tudo indicava que a ambulância já havia chegado à um tempo e que Jade estava lá dentro. Entramos no mesmo e caminhamos até a recepção.

- Er... - respiro fundo, eu ainda estava desnorteado. - Minha namorada foi baleada, queria saber se já tem notícias. - passo as mãos pelos cabelos.

- Como é o nome dela?

- Jade Williams. Ela é idêntica àquela ali. - olho para trás. - Elas tem mais uma irmã, são trigêmeas.

- Jake Dornan, certo? - deve ter visto na minha farda o nome.

- Sim.

- Quantos anos?

- Vinte e dois.

- E a garota?

- 20.

- Está com documentos?

- Um momento, vou pegar no carro. - fui até o carro, ainda estava chovendo, mas parecia estar parando. Era inevitável não respirar profundamente para tentar não descontar em algo ou alguém. E foi assim até chegar no carro. Meu rosto já estava vermelho e inchado, com toda a certeza. Abri a porta do passageiro, onde eu deixava a carteira no porta-luvas e peguei a mesma. Abri ela, peguei meu RG e guardei no meu bolso perto onde havia meu nome na farda. - Aqui está. - boto no balcão e ela pega e analisa.

- Tem os documentos da garota aqui, com você?

- Não, mas posso pedir mais tarde para a outra irmã dela trazer.

- Não, tudo bem. Ainda não temos e nem podemos disponibilizar informações por enquanto, a única coisa que sabemos e podemos dizer é que ela está na sala de cirurgia para a retirada da bala. - assinto e me sento em um dos bancos da sala de espera.

Diego já não estava com Brenda nos braços. Imaginei que já tivessem levado ela para fazer alguns exames.

- Levaram Brenda?

- Sim, ela foi fazer alguns exames. - Nathan responde.

- Já volto, vou ligar para Cecília trazer os documentos dela e de Jade. - Lucca informa.

- Isso que eu ia falar para você fazer, a moça acabou de pedir os documentos de Jade.

- Licença.

E lá vai ele para o outro lado da sala inciar uma ligação. Fui beber água, acho que eu precisava pelo tanto que eu me desidratei hoje. Após terminar de beber todo o líquido transparente do copó descartável e joga-lo na lata de lixo ao lado do filtro meu celular começou à tocar. Peguei ele no bolso, olhei o retrovisor e era meu pai.

- Filho?

- Oi, pai. - respondo cabisbaixo.

- O que aconteceu? Onde você está? Sua mãe e eu estamos preocupados, já era para vocês terem chegado dessa invasão à muito tempo.

- Sim, ocorreu um imprevisto.

- Que imprevisto?

- Jade levou um tiro. - digo com a voz falha.

- Mas ela não estava de colete?

- Não, pai. Eu não sei o que aconteceu mas ela não estava de colete. Acho que esqueceu, não sei, mas só sei que ela veio para o hospital muito fraca, já desacordada. Eu não sei o que fazer, pai. Eu amo essa garota, ela não pode me deixar. - volto a chorar lembrando dela.

O Capitão 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora