Cap. 57

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Jake Dornan On (O Capitão)

No dia seguinte, às 13h (Consulta)

Nesse momento estou à caminho do hospital, com documentos no bolso da calça, celular apitando milhares de vezes com meus amigos me desejando boa sorte o tempo todo, a ansiedade me invadia, tudo estava tão estranho. Hoje eu acordei com um sentimento diferente, talvez com medo dos resultados desses exames. Mas enfim, acabei de chegar no hospital, agora não tem escapatória, tenho que saber o que está acontecendo comigo. Entrei na recepção, assinei alguns papéis marcando presença na consulta marcada, e depois disso uma enfermeira me levou até a sala do doutor que iria me atender.

— Boa tarde, sente-se, Sr. Dornan.

— Boa tarde. — respondo meio apreensivo, logo se sentando.

— Bom, me explique o que anda sentindo ultimamente.

— Eu tenho muitas dores de cabeça fortes, desmaios...

— Desmaios? — fica sério.

— Sim. Mas na minha opinião é por causa da profissão. Ser policial não não fácil, é muita cobrança.

— Jake, isso nunca é normal. Em hipótese alguma! Mais algum sintoma?

— Bom, ontem, quando eu estava no meu escritório lá no Batalhão, junto à minha namorada, senti fortes dores na barriga. Pareciam facadas. Ela me ajudou fazendo uma massagem na região. Algumas vezes andei vomitando, às vezes, falta de apetite...

— Vou pedir um exame de sangue, ressonância magnética e tomografia computadorizada da cabeça.

— É grave?

— Olha, Jake, não posso dizer antes dos exames, até porque, eu posso estar errado. Mas parece que é algo mais sério do que parece.

— E posso começar os exames hoje?

— Sim, quando sair daqui você vai na recepção com o papel que irei anotar todos os exames e te levarão para as as salas. Quando você começou a sentir os sintomas?

— Ah, já faz mais ou menos um mês.

— Você já notou qualquer gatilho comum, como o estresse ou fome?

— O estresse. A fome, talvez. Me causa um pouco de fadiga no final do dia.

— Seus sintomas são contínuos ou ocasionais?

— Os dois.

— Quantas vezes você tem dores de cabeça?

— Umas seis vezes na semana. Às vezes duas vezes ao dia.

— Quanto tempo dura cada dor de cabeça?

— Umas quatro à cinco horas.

— O que, se alguma coisa, parece melhorar seus sintomas?

— Nada.

— Tem alguma coisa que avisa que a dor iniciará, por exemplo, alteração visual?

— Algumas fracas pontadas na testa, na nuca, na lateral da cabeça... Às vezes fadiga, corpo mole.

— A luz, barulho, cheiro incomodam?

— Demais.

— Então, Jake, como eu pensei, seu caso não é tão simples. Vamos analisar nos exames direitinho quando você fazê-los.

— Tá.

— Apenas mantenha uma dieta saudável, com frutas, vegetais, vitaminas...

[...]

Fiz todos os exames, acabei de chegar em casa, o Delegado me liberou mais cedo. Ainda não vi Jade hoje, mas ela mandou uma mensagem perguntando como foi no médico e que quando eu chegasse em casa era para eu avisar porque ela ia para lá. Respondi que já tinha chegado, e em poucos minutos ela estava batendo na porta. Abro a mesma e sou surpreendido por um beijo gostoso, cheio de amor. Logo em seguida um abraço, o abraço mais aconchegante do mundo.

— E aí? Como foi lá?

— Ah, o doutor disse que eu tinha que fazer uns exames.

— E você fez?

— Sim, o resultado vai sair na próxima sexta.

— Você está nervoso?

— Muito, ele disse que parece ser algo sério. Isso porque foi antes dos exames, apenas com diagnósticos.

— Calma amor, vai dar tudo certo.

— Eu espero. Mas agora que isso não sai da minha cabeça. E se for algo que eu tenha que ficar de repouso ou sair do Batalhão? Eu me mato de vez.

— Não fale uma coisa dessas. Se você tiver alguma coisa, eu estarei aqui com você. E vou rezar por você não ter nada. — me envolve num abraço.

— Obrigado por abrir meus olhos. Eu poderia deixar isso se agravar e não cuidar, deixando algo grave tomando conta de meu corpo, talvez, me levando até à morte.

— Não fale isso. Eu sempre estarei aqui. E se Deus quiser não vai ser nada grave.

— Eu espero.

Ficamos a tarde inteira juntos, foi o melhor dia da minha vida. Juntinhos, assistindo à filmes, comendo, se divertindo, rindo... Eu não consigo pensar na possibilidade de ser alguma doença grave e eu ter que deixar Jade, meus irmãos...

Ela foi embora em torno das 19h30 da noite. Me causando saudade após passar por aquela porta. Lucca e Matheus chegaram ainda agora, estão na cozinha fazendo algo para comer. Enquanto eu, mais uma vez, estou encostado na parede do banheiro, no chão, passando mal. Se isso for grave, eu nunca vou me perdoar por não ter consultado um médico antes. Já vomitei várias vezes, mesmo não tendo nada em meu estômago. Não sei o que está acontecendo comigo. Hoje foi o dia que os sintomas mais se agravaram.

— Jake, abre essa porta. O que está acontecendo com você? — Lucca bate na mesma.

— Nada, só estou passando um pouco mal.

— Um pouco? Você está aí desde que chegamos, praticamente.

— O que eu posso fazer? Seja lá o que eu tenha, está me causando vários sintomas.

Depois disso não ouvi mais nada. Nenhuma conversa, nenhuma palavra... Melhor assim. Eles estão se preocupando demais comigo, eu sei que é bom ter alguém com que se preocupar contigo e tals, mas eles estão me assustando ao mesmo tempo. Do jeito que eles falam parece que eu não fico um minuto sem passar mal. Peraí, será que não? Uma coisa eu sei, não vou conseguir ficar afastado do BPM por um tempo indeterminado que eu sei que o médico vai propor. O Batalhão é minha vida, minha história, minha carreira e profissão, o que eu farei sem isso tudo? Meus amigos, as operações que já fiz... Não consigo me imaginar fora disso sem eu querer.

Será que essa doença ou seja lá o que tenha, é grave mesmo? Será que corro o risco de ficar sem Jade, as pessoas que amo, as coisas que amo, somente por causa disso? Não, não posso. Sem isso eu não sou nada. Quem é o Jake que conquistou os jornais de TV do Rio de Janeiro com sua história e suas operações surpreendentes? Quem será eu quando tudo isso começar? Quando eu descobrir essa maldita causa dos meus sintomas?

Jade Williams On

Não vou mentir, estou super preocupada com a situação de Jake. Nunca vi nada igual. Mas eu espero que não seja nada grave. Jake se tornou uma pessoa muito especial para mim, da qual eu não me imagino sem.

NA💔

Bom, os exames já foram feitos, resta saber se o que Jake tem é grave😔💔 Comentem bastante para eu saber que estão gostando e assim trazer mais capítulos. Como sempre falo, gosto muito de conversar com vocês e saber o que estão achando.

O Capitão 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora