Cap. 84

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- Aí!! Que água fria. - diz com os olhos fechados.

- Isso que dá beber todas.

- Eu? Bebendo? - risos. Ela realmente está sob efeito de álcool.

Eu não respondia nada do que ela falava, eu sabia que mais tarde ela não lembraria nem da pergunta. Após das um banho nela, e depois dela reclamar muito também, envolvo ela na toalha e à levo para o quarto. Visto a camisa e a cueca nela, como eu imaginava, a camisa ficou perfeita no corpo dela. Pra falar a verdade, até realçava seus traços e deixava seu corpo mais... Gostoso. Não deu nem tempo de oferecer água ou algo do tipo, ela já caiu na cama e dormiu. De qualquer jeito mesmo. Até sorri quando entrei no quarto e vi aquela cena, ela era simplesmente linda, até bêbada.

Já se passava das 01h40 da manhã, eu estava morrendo de sono, apaguei todas as luzes e Me deitei na cama. É, dei meu jeito, ajustei Jade à puxando mais para cima, onde estava o travesseiro, deitei, e a coloquei no meu peito, assim como sempre fazíamos.

No dia seguinte...

08/06

À cada dez minutos Jade acordava de madrugada e vomitava no banheiro ou chorava com dor ou algo do tipo, eu confesso que estava preocupado, o tanto de bebida alcoólica que ela consumiu não é para qualquer um, ainda mais ela, que não é acostumada. Amanheceu, quando acordei ela não estava na cama. Arqueio as sobrancelhas e vejo a mesma deitada no chão após eu me levantar. Vou até ela, levo-a para a cama novamente, indo escovar os dentes para comer as coisas que comprei ontem e não comi. Assim que vou para a cozinha no caminho vejo Lucca entrando pela porta da sala com a maior cara de sono, aliás, eram 05h30 da manhã.

- Estava na casa das meninas? - pergunto comendo um pão de queijo e me apoiando na bancada com os cotovelos.

- Que? - pergunta meio sonolento. - Ah, não, plantão. - se joga no sofá e fecha os olhos tentando recuperar as energias.

- Não era para você ficar lá, então?

- O Delegado deixou eu ficar uma hora em casa.

- Comprei algumas coisas ontem à noite, pega aí.

Matheus chegou um tempo depois. Quando estávamos comendo na mesa ouço o barulho da porta do meu quarto e logo após um mini grito de Jade. Se entreolhamos e me levanto para ver o que era. Chego lá, ela estava sentada encostada na parede em que tinha a porta com a mão na cabeça, olhando para baixo e os cabelos cobrindo seu rosto.

- Está tudo bem? - ela levanta seu olhar para mim.

- Como vim parar aqui?

- Você estava bêbada num beco. - reviro os olhos.

Ela ficou meio... Pasma? E logo se levantou. Deu uma cambaleada mas seguro seus pulsos, impedindo-a de cair.

- Eu tenho que ir embora, eu devo estar atrasada... Aí que dor. - coloca a mão na cabeça.

- Você não está em condições de trabalhar. Se eles fizerem o bafômetro em você no mínimo é uma expulsão.

- Eu... Só estou com ressaca. - quando ela olha bem nos meus olhos, percebo o quão vermelho estão os seus.

- O Delegado vai perceber.

- Não, não vai. Agora tchau, tenho que ir. Não sei nem porque me trouxe para a sua casa, eu poderia muito bem ter ido para a minha sozinha.

- Ah, claro. No mínimo ia ser estuprada antes.

- Me deixa. - faz cara feia e sai andando até a porta.

- Jade, volta aqui, você não está em... - bumm!! A porta fecha na minha cara.

- Iiii, DR ao vivo. - eles começam a dar risada. Reviro os olhos, pego minhas pastas e vou para o Batalhão, eu precisava de um pouco de paz.

Jade Williams On

Como que eu fui me embebedar? Meu Deus, realmente estou me deixando levar muito fácil com meus problemas. Eu estou desistindo muito fácil, não pode ser assim. Não, Jade, você é mais forte do que pensa! Como ele me trouxe para a casa dele? Estamos "brigados"... Peguei um ônibus que ia para a minha casa, peguei meu uniforme, já que Cecília e Brenda não estavam mais em casa não tive que dar detalhes da noite passada. Tirei meu carro da garagem e fui para o Batalhão, eu deveria estar uns dez minutos atrasada. Cheguei lá, o Delegado já pediu que fizéssemos uma operação de última hora. Parece que estavam fazendo uma garota de refém porque o pai estava individado com um traficante. Pois é, cada história.

Vesti o colete, peguei minha arma no carro, havia esquecido ela lá. Me encontrei com os soldados escolhidos para a ação no portão e fomos até o local. Na viatura que eu estava dirigindo estava, Ítalo, Max, Hugo e Jonas. Nós não trocamos nenhuma palavra a viagem toda, eles sabiam tanto quanto qualquer um que eu não queria lembrar dos meus dois melhores amigos e que estava sendo difícil trabalhar em meio à tantos problemas mal resolvidos. Chegamos no local, deixamos as viaturas de lado e saímos de supetão para não assustar as vítimas e o criminoso passando a acontecer algo pior mais tarde.

- Calma, muita calma... - Jake diz tomando frente da situação.

- Jade, é a...

- Sim, Max, é a Lydia. - ele estava muito nervoso, a respiração descompassada. - Calma, vamos salvar ela.

- E se...

- Na nossa profissão não existe "E se..."!

O criminoso era alto, um pouco mais que Lydia. Segurava uma arma apontada para a mesma com sua mão direita enquanto a outra estava enforcando-a. O seu "pai" estava olhando a situação e falando ao telefone, "preocupado".

- O pai dela não tem nada à ver com ela, né? - Jonas fala somente para nós ouvirmos.

- Estranho... - Max diz pensativo.

- Até porque, Lydia não tem pai. - digo e em movimentos rápidos saio do meio da multidão de policiais e dou dois tiros nos braços dos criminosos. Eles caem de joelhos e rapidamente algemo os mesmos. - Você está bem, miga? - ela respira fundo e olha para mim, ainda em choque.

- Estou sim.

Os policiais começaram a falar da operação e Jonas, Max, Hugo e Ítalo se aproximam.

- Então você não tem pai? - Max pergunta.

- Na verdade sim, mas não considero. Ele abandonou minha mãe quando estava grávida do meu irmão mais novo, sumiu, voltou pedindo dinheiro, hoje em dia ele está viajando por aí, sozinho.

- Nossa. - todos respondem... Chocados, talvez.

- Se não fosse jade nós teríamos acreditado que aquele era seu pai desde o início.

- Na verdade não, ele não tem nada ver com você.

- É, também percebi isso. - ela ri.

Jake ficou me olhando o tempo todo, eu não dei a mínima, assim como no enterro ontem à noite. Max e eu fizemos algumas perguntas para as pessoas do condomínio e as que passavam por ali na hora exata do crime.

O Capitão 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora