Cap. 09

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Peguei uma mala grande e uma pequena, de mão mesmo. Coloquei as roupas que mais me fariam falta, os sapatos mais usados e importantes, alguns acessórios, e logo fechei a primeiro mala. Coloquei algumas algumas coisas na mala pequena e as coloquei tudo no carro. Disquei o número do delegado e logo ele atendeu.

— Jade? E aí? Pensou na minha proposta?

— Sim. Eu aceito me transferir.

— Que ótimo!! Se quiser pode vir hoje ou manhã de manhã se preferir.

— Não, eu vou hoje mesmo. Já arrumei minhas malas. Só precisava te avisar.

— Que bom que tenha aceitado, aqui será muito bem vinda.

Ficamos conversando por um tempo, assim, encerrando a ligação. Escrevi uma carta para as meninas, colocando ela em cima da bancada da cozinha. Comprei a viagem pela internet e fui pro aeroporto. Um pouco menos de duas horas, eu já estava no aeroporto de Brasília. Pedi para Diego pegar meu carro no aeroporto do Rio, já que eu não precisaria tanto de carro aqui. Eu acho...

É tão bom respirar novos ares, estar num lugar diferente... Sempre quis vir para Brasília. Sempre adimirei bastante a cidade. Mas fazer o que aqui? Agora eu tenho um real motivo para estar aqui.

Pedi para Diego pegar minha transferência no BPM, com o delegado, e ele deu uma passadinha lá em casa, antes de eu ir. Comi um lanche em uma das lanchonetes do aeroporto, pedi um táxi pelo aplicativo e fui para a entrada, esperar por ele. Em alguns minutos ele parou na minha frente. O caminho foi bem tranquilo, perguntei para ele se ele sabia qual era o hotel mais perto do batalhão e ele me falou que não ficava tão longe do aeroporto. Assim que cheguei no hotel que ele me indicou, paguei o taxista e entrei. Fui até a recepcionista, perguntei sobre preço, quartos, e etc. Até que o preço não estava tão caro, era acessível. Mesmo não sendo um hotel tão luxuoso, ele ainda sim, era bonito, bem ajeitadinho, móveis modernos e aconchegante.

Tinha tudo incluído, café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Se eu soubesse que Brasília tinha hotéis em conta e tudo mais, teria vindo antes. Nem coloquei as roupas no guarda-roupa, eu sabia que logo mais eu teria que arrumar um cantinho para morar e não queria ter que arrumar tudo de novo.

"E aí? Chegou?"

Diego manda uma mensagem. Sorrio e respondo.

"Sim, e gostei muito da cidade. Estou num hotel perto do batalhão daqui. A única coisa que me encomoda, é a saudade que irei sentir de você, das meninas, e até dos meninos😪"

Ele não havia respondido, deveria estar ocupado, já que respondi um pouco depois que ele me enviou a mensagem.

• Cecília Williams On

~Mais tarde...~

Como eu não tinha plantão hoje, resolvi ir mais cedo para casa. Brenda teve que ficar para fazer o plantão dela. Estacionei o carro na garagem, abri a porta de casa, peguei alguma coisa para comer e acabei nem notando que Jade não estava em casa. Estranhei e fui no quarto, nada dela. A casa tinha apenas três cômodos, o que estava mais do que óbvio, que ela não se encontrava em casa. Onde será que ela foi? Às 20h? Voltei pra cozinha e me deparei com um papel em cima da bancada. Peguei e comecei a ler o que estava escrito.

"Bom, desculpem por não ter me despedido de vocês. Vocês devem estar confusas, sem saber do que eu estou falando, ou me achando uma tremenda louca. Mas se eu fiz isso, é porque foi o melhor para mim. Espero que não fiquem decepcionadas comigo. Eu realmente não estava esperando por isso. Não quero que vocês fiquem chateadas, ou algo do tipo, algumas pessoas já ficaram, e até demais. Não quero que sejam duas delas. Tá, chega de enrolação. Hoje de manhã recebi uma ligação inesperada, de um número desconhecido. Atendi, e percebi que se tratava do delegado Sidney Custódio. Sim, o delegado do Batalhão da Polícia Federal. Ele me propôs se transferir para o Batalhão de lá. Eu aceitei. Pensei muito. Muito mesmo. Pensei em tudo que teria que deixar para trás, minhas irmãs, meus amigos, o Batalhão... Mas em compensação, seria melhor para mim. Eu ganharia mais do que ganho, teria condições melhores em Brasília, sem falar que melhoraria minha experiência no currículo. Enfim, espero que compreendam. Qualquer coisa, falem com o Diego. Ele saberá explicar melhor. Não fiquem tristes comigo, ou desanimadas no trabalho. Por favor. Eu sei que vocês são fortes. Vão conseguir viver sem mim. Beijos...

Ass: Jade"

Eu já estava com lágrimas nos olhos, sem acreditar naquilo tudo. Não é possível que ela não vai morar mais com a gente, acordar com a gente, ir pro Batalhão com a gente...

Deixei a carta onde estava e fui para cama. Fiquei de molho, lá. Eram muitos pensamentos invadindo minha cabeça ao mesmo tempo, muita coisa vindo em vão aos meus pensamentos. Meus Deus! Como estou confusa...

• Jade Williams On

Um dos empregados do hotel trouxeram o meu jantar, e não preciso nem falar o quão educados eles foram. A comida era maravilhosa!!! Quase única. Assim que acabei de comer, procurei alguma roupa para me encontrar com o delegado no Batalhão, amanhã de manhã. Foi difícil, mas acabei optando por uma peça toda preta, uma bota preta, e alguns acessórios. Liguei a TV, fiquei assistindo alguns canais, mas logo fui dormir.

O Capitão 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora