Cap. 33

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Eu estava sempre na frente, entrando pelas entradas, vendo quem se encontrava no local. Aquele lugar estava praticamente vazio, pelo menos ao meu ver, aquilo estava parecendo uma armadilha. Quando me senti afastado dos demais policiais entrei numa porta no final do corredor. Me parece suspeita, então não custa ir ver o que tem lá dentro. Girei a maçaneta e... Merda, tá trancada! Só resta arrombar. E foi o que eu fiz. Em poucos segundos a porta parou no chão, causando uma cortina de poeira e um barulho estridente. Assim que a poeira abaixou, vi Jade jogada num canto do quarto, parecia inconsciente. Corri até ela mas um certo ser me interrompeu com uma enorme fuzil na frente.

— Achava que seria fácil assim? — risos.

— Solta ela. — ordeno.

— Porque? O que vai fazer? Atirar em mim com essa Carabina? — gargalhou.

Ouvi o som dos sapatos dos outros policiais entrarem no quarto e pararem na porta, enquanto mais traficantes daquele apareciam.

— E agora? Vai querer lutar com seis? — debochou.

— Quer tentar? — digo.

— Tenta a sorte, Jake Dornan. — falou em tom de irônia.

Chutei a barriga de um comparsa dele, logo em seguida, o nariz de um outro. Em poucos minutos todos já estavam desmaiados e ele me olhou desacreditado. Rapidamente ele levantou Jade, que estava meio tonta, e começou a enforcá-la com o movimento chave de braço. Murmurei alguma coisa, mas nada saía da minha boca. Eu estava totalmente desnorteado. Jade abaixou a cabeça e os braços, ficando mole, dando a entender que já não estava em sã consciência.

— Solta ela ou eu meto uma bala no seu peito, você escolhe.

— Tipo assim...? — atira no meu ombro sem eu perceber que tinha uma arma apontada para mim. Meu ombro, na hora, ficou dormente. A bala que se alojou lá dentro incomodava. Mas permaneci em pé, mesmo que esteja com meu peso todo concentrado em uma só parte do corpo.

— É, tipo assim. — mirei minha arma em sua direção e atirei bem no peito. No mesmo instante ele já caiu no chão, borbulhando no próprio sangue. Jade também caiu para seu lado oposto, ainda desacordada.

Corri até ela, dessa vez sem ninguém para me atrapalhar, e puxei o corpo dela, que estava de lado. Segurei em rosto com as duas mãos e fiquei observando seu estado. Ela se encontrava com alguns arranhões, mas nada demais. Em poucos segundos ela abre os olhos lentamente e olha bem no fundo dos meus olhos, assim como eu fazia com ela.

Se levanto e estendo a mão para ela se levantar mas ela continua me olhando profundamente nos olhos. É, ela ainda está inconsciente. Peguei ela no colo e falei para os policiais algemarem os traficantes. Entramos no carro e fomos para o Batalhão. Hoje o dia foi cheio...

— Como ela está?? — Cecília e Brenda se aproximam assim que volto a carregar Jade no colo, após termos chegado no Batalhão.

— Não sei, mas acredito que só esteja inconsciente.

Meu braço já estava latejando, cada gota de sangue que pingava na minha roupa era como se fosse mais um tiro. Aquilo doía, mas não era o que mais me preocupava, nem minha prioridade no momento.

— Leva ela para a enfermaria... — Hugo se aproxima enquanto os outros se encarregavam de olhar os sujeitos.

Assinto e levo ela para lá. Quando chego a doutora não se encontra na sala, só então percebo que hoje não era plantão dela e que o outro doutor não chegou ainda. Coloco ela na cama e me sento no sofá ao lado. Não sei bem o que houve comigo, mas comecei a ficar com uma tontura forte. Olhei para o chão e tudo girava. Coloquei minhas mãos na frente, vendo mais de onze dedos. E foi quando ficou tudo preto.

[...]

Diego On

Após os outros policiais virem buscar os sujeitos para levarem para a delegacia eu entrei no Batalhão e fui procurar informações sobre Jake ou Jade. Falaram que eles estavam na enfermemaria, e foi para onde eu fui. Vi Jake desmaiado no chão e Jade desamaida na cama. Saí correndo para chamar o doutor, que acabará de chegar e estava à conversar com o delegado.

— Doutor, Sr. Dornan e Sra. Williams estão desmaiados na enfermaria, poderia tirar um pouco do seu tempo para ver o que houve com eles? — falo tentando manter a calma.

— Oh, claro. Vamos lá. — ele me acompanhou até a enfermaria e após chegar lá ele viu o estado deles.

Começou a checar o pulso, abrir os olhos deles e colocar uma lanterninha em cima, viu os batimentos cardíacos, entre outros exames.

— Vou ter que fazer uma mini cirurgia em Jake. Parece que levou um tiro, certo? — assinto. — Irei deixar Jade descansar, ela parece ter batido a cabeça.

Se sentou ao lado dela na cama e fico fazendo cafuné na mesma. Vi todo o procedimento que o doutor fez em Jake. Injetou a anestesia, mesmo desacordado, segundo ele, Jake poderia acordar no meio da cirurgia e sentir dores. Fez um pequeno corte com o bisturi, enfiou uma pinça e tirou a bala com toda a atenção e cuidado. Pouco tempo depois vejo ele fechando com alguns pontos.

— Prontinho. — tira as luvas, joga elas fora e coloca soro no Jake.

Senti Jade se mexer e vejo que ela estava acordando.

— Está tudo bem? — sussuro.

— Uhum. — responde sonolenta.

— Está sentindo dores, Sra. Wiliams?

— Um pouco de dor de cabeça. — coloca a mão na testa.

— Vou te colocar no soro. Você deve ter batido a cabeça em algo muito duro e pesado para ter ficado inconsciente. — forma linha reta com os lábios.

Depois de colocar o soro nela e tirar o de Jake, que já havia acabado, ele senta na sua cadeira e fica mexendo em alguns papéis bagunçados da mesa.

— Ele está bem? — pergunta num sussurro, olhando para ele.

— O doutor disse que sim.

— Está chegando seu aniversário. — sorri.

— Sim. Mas nunca é bom ficar velho. — respondo frustrado.

— 21, né?

— Para de lembrar. — empurro-a de leve.

Ficamos um bom tempo conversando. Ela levou alta, mas Jake continuava desacordado. O doutor disse que era por causa do tiro, que o enfraqueceu, mas que logo, logo, ele já estava de pé de novo.

NA❤

Hello, Hello, corujinhas de plantão!!!! Bom, como prometido, aqui está a maratona. Primeiramente, desculpa não ter feito capítulos super fodas como imaginavam que seria essa operação. É que fiz tudo muito rápido, um dia e meio pra ser exata😧. Mas eu não queria desapontar vocês, então trouxe quatro capítulos como resultado da maratona prometida. Não se preocupem, provavelmente, mais pra frente eu faça mais uma, ou duas, quantas quiserem kkkk. Espero que tenham gostado, beijão ❤

O Capitão 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora