Cap. 41

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*Notinha rápida*

Leitores fastasmas, por favor se manifestem😂 Adoro interagir com vocês❤ Lembrando que à partir dos próximos capítulos terão cenas emocionantes (espero). Ah, e o que vocês mais queriam que acontecessem, aconteceu. Agora chega, já falei demais😂😌

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Jake Dornan On (O Capitão)

Depois que ela falou aquilo eu me senti um tremendo trouxa. Por isso que dizem que não é bom demonstrar sentimentos por uma garota, nem sempre será correspondido. Desci as escadas, voltei para onde eu estava e inventei uma pequena desculpa para ir embora.

Entrei no carro e fui para casa, à essa hora o alcoólatra deve estar fora. É, eu acertei. Abri a porta de casa, vendo tudo revirado, por causa desse mesmo alcoólatra. Suspirei pesado e comecei a colocar tudo no lugar aos poucos. Após terminar de arrumar me deitei no sofá e fiquei assim por um bom tempo.

Jade Wiliams On

— Como assim ele não está aqui?

— É, Jade, ele não passou por aqui depois que dei folga à ele. — o delegado insistia em me dizer a mesma versão de sempre.

— Onde posso encontrá-lo? Você sabe onde é a casa dele?

— Olha, eu não poderia te dar esses tipos de informações, mas como você diz que é por uma boa causa... — começa a procura em alguns papéis da gaveta de sua mesa. — Aqui está. — me entrega um pequeno papel com a sua caligrafia informando o endereço.

— Obrigada, Delegado.

Saio de sua sala às pressas, entro no carro novamente e sigo o endereço do papel. Parei em frente à uma casa bonita, até, pelo endereço e o número da casa eu estava certa. Saio do carro, tendo uma visão mais ampla da casa. Andei pelos pisos de cimento de formas retangulares que eram separados pelo pequeno gramado que tinha. Ao chegar na frente da porta respirei fundo e bati. Tive que bater mais algumas vezes depois daquela, parecia que ninguém se encontrava em casa, até que ele abre a porta com a maior cara de sono possível.

— Olha, se você veio aqui... — é, eu o beijei. Eu sei, sou meio trouxa, ou totalmente, mas eu não queria desgrudar daqueles lábios nunca mais. Aquela sensação quente dele, aquela pegada que ele tinha, que só ele tinha. Ele não demonstrava emoções durante o beijo, apenas retribuía, acho que mesmo não querendo... 

O beijo foi mais demorado que o primeiro, ali sinceramente tínhamos esquecido do mundo. Ele sorri entre o beijo, fazendo eu sorrir também. Até que nos separamos. Respiramos fundo, já que aquele beijo nos deixou com falta de ar total.

— Quer namorar comigo? — sorri de lado e passa a mão no cabelo, o arrumando.

— Sim. — sorrio.

É, eu aceitei. Afinal, o que eu tenho à perder? Se ele prometer felicidade, o que eu vou perder? Eu só queria uma pessoa para me amar tanto quanto eu amo ela, uma pessoa que esteja comigo nos momentos mais importantes da minha vida, quando eu estiver mal me ajudar, e me apoiar em todas as minhas decisões.

— Bom, entra, namorada. — fala e eu dou risada.

Se sento no sofá e após fechar a porta ele se senta junto à mim.

— Peraí. — pego no maxilar dele e o beijo novamente. Cara, eu não acredito, eu tô beijando o JAKE DORNAN!!!

— Eu sei que você não aguentou ficar sem mim por muito tempo. — se gaba.

— Ah, então eu vou embora. — se levanto dando risada e ele me puxa.

Caio em cima de seu corpo e começamos mais um beijo. Também meio demorado, mas interrompido. A porta foi aberta com certa brutalidade, fazendo Jake se levantar e se por à minha frente.

— Jake Dornan... — risos. — Milagre te ver em casa, não?

— O que faz aqui? Não era para você estar em algum barzinho bebendo? — ele estava falando com o pai, com certeza.

— Você me respeita! Não devo satisfação dá minha vida para você nem ninguém.

— Que bom, porque eu também não.

— Hum, o que esconde aí atrás? Pelo visto tem pernas bonitas...

— Não é da sua conta!

Só vi Jake correndo até o centro da sala e os dois começando uma troca de socos. E agora? O que eu faço? Se levantei, fiquei falando para Jake se acalmar e parar com isso... Mas quem disse que ele ouvia?

— Vai pra lá, Jade. — Jake me afasta de leve.

— Vamos sair daqui, não precisa disso.

— Nossa, que gostosa!! Quem diria, hein... Para quem sempre foi solteiro e nunca trouxe ninguém para dentro de casa, essa valeu a pena. — fala malicioso.

Por um instante me ofendi com esse comentário nojento e irregular, mas logo esqueci e foquei na situação, que era bem mais importante. A troca de socos só piorou. Eles agora tacavam coisas um no outro ou se empurravam a ponto de um deles caírem no chão ou se apoiarem em algum móvel próximo. Foi tudo muito rápido, só vi quando Jake caiu mole no chão, virado para o lado oposto do meu. É, ele teria recebido um soco do próprio pai. Em falar nele, cadê? Pois é, caiu fora.

— JAKE?? — virei ele e percebi que o mesmo parecia meio inconsciente, também, com a boca cheia de sangue. — Jake? Você está bem? Fala comigo...

— Eu... Eu tô bem... — tociu um pouco e se levantou devagar.

— Vem aqui, temos que lavar isso. Cuidar, se não vai ficar inchado. Está me ouvindo? — seguro em seu maxilar forçando ele olhar para mim e ele apenas assente e faz uma careta, acho que sentindo dor.

Procurei o banheiro, o que não foi muito difícil, pois era um corredor depois da sala. Abri a torneira, fiz ele cuspir o sangue na pia e ir colocando água na boca e jogando fora. Depois de uns minutos fazendo isso ele apenas escovou os dentes e voltou para a sala comigo.

— Eu não sabia que a relação de vocês era tão perturbada assim.

— Você não viu nada. — diz frustrado. — Perdi minha mãe por causa dele.

— Não, não precisa lembrar disso agora...

— Eu faço questão. Me sinto bem ao seu lado. E até porque, não consigo desabafar isso com ninguém, nem mesmo para meus amigos. Tudo começou quando eu tinha uns seis anos de idade. Desde que meu pai começou a beber. Pois é, ele nunca foi esse cara. Sempre muito correto, trabalhava para sustentar a família, dava muito amor à mim, minha mãe e meus irmãos. Daí meu tio morreu vítima de bala perdida, ele não soube como suportar a dor que sentia e se entregou à bebida. Nossa vida ficou um caos depois dessa transformação dele. Ele começou a bater na minha mãe quando chegava em casa bêbado, ela sempre gritava, pedia ajuda, tentava se defender, mas nada era possível de ser feito nas condições que eu e meus irmãos se encontrávamos. Trancados no quarto, ele fazia isso justamente para nós não podermos presenciar ou até fazer algo contra suas ações. Era muito doloroso ouvir os gritos de dor dela, os pedidos de socorro, sem poder fazer exatamente nada. Minha mãe não merecia isso, sempre foi uma mulher honesta, sempre deu a educação que precisávamos, dando amor para nós, nos ensinando coisas novas... Ela não precisava ter o fim que teve. Eu me pegava falando para ela à noite, antes dela nos botar para dormir, que eu ia dar uma casa linda para ela, fazer o papai sair das condições que se encontrava no momento, iria retribuir todo o amor que ela nos proporcionou, e ia fazer ela sentir muito orgulho da gente. — sorri em meio algumas lágrimas que escorriam em seu rosto. — Matheus e Lucca concordavam sorrindo, dizendo que iriam me ajudar nessa conquista. Ela como sempre com um sorriso no rosto, feliz por ouvir aquilo dos filhos, sempre nos dava um beijo na testa, nos cobria, e antes de apagar a luz, dizia: boa noite, meus policiais. Ela sabia dessa nossa grande vontade de ser policial, era quase impossível não notar três crianças no meio da sala brincando sempre com os mesmos carrinhos e bonecos de policiais.

O Capitão 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora