Cap. 32

3.8K 220 9
                                    

Vou no banheiro retocar a maquiagem.

— Ok.

Vou ao banheiro que era como aqueles de shopping, fiquei ali, na frente do espelho retocando toda a maquiagem. Até que ouço uma voz familiar dentro de uma cabine.

— Sim, depois do baile eu vou pra ir. Você sabe que eu te amo. Não, eu não te amo por você ser o dono do morro... Nada a ver... Você sabe que é o único homem da minha vida. Chegar aí vamos brincar a noite toda. Meus amigos policiais? Tudo um bando de lixo. Só estou lá até hoje pra colher informações pra ti, senão já tinha vazado faz tempo. Tem uma mina que eu não gosto lá, também... O nome? Jade. Jade Williams. É, aquela loirinha que sempre invade os morros. Não, vai ser pior. Tem certeza? Tabom então.

Há essa hora eu já estava vermelha, a raiva me consumia por completo. Que piranha desgraçada! Eu sabia que ela não estava no Batalhão por gosto. Assim que ela saiu da cabine com um sorriso no rosto, o mesmo se desfez e ela pareceu ficar em choque.

— Surpresa? — sem resposta. — SURPRESA, SUA VAGABA? — chuto uma porta, assustando-a.

— É isso mesmo, vocês são todos um bando de trouxas. Acreditar na idéia da morena que sonhava em ser policial se tornar realidade. — risos. — Só vocês mesmo.

— Como você teve coragem? Estar lá só para colher informações para um traficante que à qualquer hora pode dar um basta nessa relação e deixar você sem cabelo por aí... — falo incrédula.

— Ele nunca irá me largar, porque eu não sou igual você.

— Claro, porque se você fosse um terço do que eu sou, já seria lucro da sua parte.

— E quem disse que eu queria ser você? Uma coitada que faz um movimento brusco e todos já batem palmas.

— Verdade, é melhor fazer um movimento brusco e receber palmas do que receber tapas na cara de um traficante. — sorrio.

— Er... — fica sem palavras. — Você não tem o direito de falar assim comigo, sua puta.

— Eu? Puta? — dei muita risada. — #RindoEternamente.

— Vem aqui. — dá uns tapinhas na bochecha. — Bater que é bom, você não bate.

— Certeza? — dei um chute no seu peito, fazendo ela ficar totalmente sem ar e logo em seguida um soco na cara.

Começou a tocar "E Aê Malandra - MC GB".

— Olha, sua música, fofa. — sorrio e dou mais um chute nela, fazendo a mesma ser empurrada para longe.

Saí do banheiro e vi que continuava tudo normal lá fora.

Foi turistar no banheiro? — ele pergunta com irônia.

E se eu te falar que tinha uma pessoa traindo nós? — reviro os olhos.

— Quem? Tá louca?

— Aline, acredita?! Pois é, fiel do dono do morro.

— O QUE? ALINE?

— Sim. E sabe o que estava fazendo lá no Batalhão? Colhendo informações para o queridinho dela. Isso pode dar B.O, você sabe.

— Tá... Vê se consegue localizar mais alguém aí.

Estava andando em direção ao camarote quando alguém passa a mão na minha bunda. Olho para trás mas já me perco na multidão. Se sento numa mesa da área VIP e não demora muito para vir homens para cima de mim.

O Capitão 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora