Cap. 114 - Penúltimo Capítulo

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- Ela já pode receber visitas? - Cecília indaga outra vez.

- Sim. Acho que devem falar com a recepcionista. - respondo.

Lucca e ela foram até lá e depois vimos eles passando pelo corredor principal. Um outro médico caminhou até nós. Já imaginamos o pior, pela cara dele, realmente não era algo bom.

- Jade Williams, certo? - pergunta olhando sua prancheta e logo após para nós.

- Sim. - respondo.

- Conseguimos controlar a hemorragia interna dela e fazer a retirada da bala, mas agora temos outro problema.

- Qual? - indago frustrado.

- Ela esta precisando de sangue do tipo A+ (positivo). - abro a boca num perfeito "O". - Alguém aqui tem esse tipo de sangue? Infelizmente o hospital está sem bolsas.

Ninguém respondeu, foi quando meu mundo desabou por completo. Tinham sete pessoas ali, nenhuma era do tipo dela. E agora?

- Bom, temos algumas horas, senão... Qualquer coisa se acharem alguém com o sangue compatível com o dela procurem a enfermeira Milena, ela saberá o que fazer. - se retira.

- E agora? - passo a mão direita pelos cabelos. - Brenda não pode doar porque ainda está em estado de observação, Cecília nem pensar porque está grávida, já ouvi falar que grávidas não podem porque ao doar ocorre a perca de ferro e pode gerar problemas ao bebê, ou seja, não tem ninguém com o sangue da minha namorada e se eu perder ela eu não sei o que eu faço da minha vida. - respiro fundo após dizer tudo muito rápido e atropelando uma palavra na outra.

- Calma, Jake, iremos achar alguém com o mesmo sangue que o dela. As meninas ainda não chegaram, vai que alguma delas tem. - Max fala.

- Verdade, e ainda quando ligamos já pedimos para que elas trouxessem seus documentos. - Diego afirma.

- Tá, mas e se...

- Jake, calma, o mundo é muito pequeno, com certeza alguma delas terão. Ou se não tiverem, a gente procura por aí nem que seja perguntando de porta em porta. - Jonas se pronuncia.

Se sentei de volta na cadeira, não só triste, mas, preocupado, nervoso, chatiado... Depois de um tempo as meninas finalmente entraram por aquela porta. Nos encontraram com o olhar e vieram até nós.

- Algumas de vocês têm o sangue A+(positivo)? - me levanto rapidamente e pergunto.

- Eu. - Fernanda e Flávia levanta a mão.

- Por que? - Fernanda questiona. - Por à caso Jade está precisando? - pergunta outra vez, cabisbaixa.

- Sim. Senão... Enfim. - suspiro. - O médico falou para procurar por uma enfermeira chamada Milena, ela saberá o que fazer. - assentem e vão procurar por ela.

Minutos depois Fernanda volta sozinha. Não havia uma expressão preocupada, porém, nem tranquila.

- E aí? - pergunto ansioso, ainda sentado na cadeira.

- Eu não pude doar porque comi faz uma hora mais ou menos. Já Flávia comeu pela última vez umas seis horas atrás, ela ainda não tinha jantado. Como ela estava no tempo certo de jejum ela que vai. - se senta num sofá à minha frente. - Me expliquem o que e como aconteceu? Desde o início.

- Bom...

Contei tudo para ela, vi caras e bocas em sua face, parecia estar surpresa e ao mesmo triste pela amiga. Flávia voltou uma hora depois, parece que teve que descansar um pouco, senão a pressão dela poderia cair, etc. Deveria ser em torno das 06h30 da manhã. Eu estava muito cansado. Acho que acabei dormindo.

O Capitão 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora