O Capitão 1 (Concluído)

Cap. 03

Coloquei ele no porta-malas e todos os policiais que estavam na ação saíram dos outros carros me olhando sem acreditar. Bom, nesse momento me senti veterana no BPM, mas tive que manter a postura. Sem falar nada com ninguém, apenas entrei no carro novamente, esperando pelo Capitão.

Dessa vez foi diferente. Ele não estava tão focado na estrada. Pelo contrário. Toda hora eu era o seu ponto de vista. Me sentia até constrangida às vezes. Mas algo me martelava por dentro; o quê será que os outros PM's acharam de mim?

— Parabéns, Jade Williams!!! — olhei para trás e vi todos os outros policiais e o Delegado na frente, enquanto eu pegava o sujeito no porta-malas.

— Obrigada — sorri e voltei a lidar com o homem algemado.

— Vimos tudo pelas câmeras dos carros, você simplesmente foi esperta e habilidosa em suas ações. Por isso, venha até minha sala. Quero lhe dar algo como recompensa — sorriu.

Olhei para os outros, a maioria me olhava de cara feia, menos os meus "amigos", se é que já posso chamar eles assim. O Capitão virou o rosto para o lado oposto do meu, até dei risada. Segui o Delegado até sua sala e me sentei na cadeira. O Delegado caminhou até um armário da sua sala, pegando algo de dentro. Mas, peraí, esse não é o armário de medalhas e conquistas?

OMG, EU VOU GANHAR UMA MEDALHA!!!!!!!

— Quero que aceite pelo seu bom trabalho. Continue assim, Sra. Williams. Você vai longe — coloca a medalha no meu pescoço e me entrega outras duas na mão. — Essas são para suas irmãs. Hoje elas fizeram uma ação legível em um tiroteiro. Fale para elas que foram muito bem — sorrimos.

— Obrigada, Delegado. Não sei nem o que lhe dizer. Obrigada, mesmo — saí de lá, toda feliz.

Fui até minhas irmãs, que estavam conversando com nossos amigos.

— Eu ganhei!!!! — eles me olhavam estranho, mas dando risada.

— O quê? — Nathan questiona.

— Isso — levantei a medalha. Eles arregalaram os olhos e abriram a boca como se fosse rasgar.

— MEU DEUS, VOCÊ GANHOU A MEDALHA DE HABILIDADES EM AÇÃO!!!!!! — Ítalo fala sem acreditar.

— Caraca, tinha que ser minha maninha — Ceci se gaba.

— E não é só isso. O Delegado também deu essas aqui para vocês. Ele falou que vocês foram muito bem hoje — sorri e entreguei as medalhas delas.

As mesmas deram um pulo e comemoraram. O dia passou super rápido, quando vi já era noite.

Depois de trocar de roupa, pegar minha pasta com relatórios, papéis relacionados a operação de hoje e minha jacketa de couro preta, fui andando pelas ruas escuras e sem muita movimentação com rumo a minha casa. Cecília e Brenda pediram para irem com meu carro, já que eu ficaria até mais tarde. Eu deixei, mas agora estou um pouco arrependida.

O caminho até minha casa estava bem tranquilo, até. Não tive nenhum problema. Pelo menos, até um carro todo preto, baixinho, mas com uma extensão grande e vidros totalmente escuros começar a andar ao meu lado na mesma velocidade que eu. Por um momento, achei ser um algum tipo de sequestrador, mas a pessoa que estava dirigindo abre o vidro, causando em mim uma grande raiva.

— DIEGO! — reviro os olhos, revoltada.

— Calma — risos. — Está sozinha?

— Uhum.

— Entra aí, te levo até sua casa.

— Mas... — ele revirou os olhos e então eu entrei.